1. A Igreja como Povo de Deus
Entre as muitas imagens qualificativas do conceito de Igreja sobressai a de Povo de Deus, de que fazem parte os baptizados, embora nem todos nele se integrem activa e responsavelmente, uns por inércia, outros por ruptura com outros membros.
No entanto os cristãos conscientes não podem cruzar os braços ou culpabilizar quem não se integra ou perturba a comunidade. Por isso temos de nos perguntar pelos motivos da fraca visibilidade e reduzida participação de muitos cristãos na vida da Igreja diocesana, sobretudo nas comunidades paroquiais e movimentos.
Há muitos factores, uns tradicionais na vida interna do Povo de Deus, outros provenientes dos diversos meios e da cultura actual. Precisamente por esses motivos se diz da Igreja que deve estar sempre num processo de conversão e de revisão da sua vida. O concílio Vaticano II trouxe para primeiro plano alguns slogans, que, cinquenta anos depois da sua realização, andam muito esquecidos. Menciono apenas uns tantos, esperando poder comentar outros mais tarde. Por exemplo: ecclesia semper reformanda (em português: a Igreja deve estar sempre a reformar-se), aggiornamento (palavra italiana de difícil tradução, mas que, à falta de melhor palavra, traduzo por actualização), voltar às fontes, comunhão e participação de todos os baptizados na vida da Igreja, desclericalização, corresponsabilização dos leigos, missão e santificação como elementos essenciais na vida e na estrutura do Povo de Deus, etc.
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