O NOSSO TESTEMUNHO MISSIONÁRIO
“Um ROSTO, em Deixa-o-Resto, deixa um rasto!”
O tempo não pára mas as vivências deixam marcas. Foi o que nos aconteceu há pouco tempo. Por isso, queremos partilhar o que foi a nossa experiência missionária no Grupo Diocesano “ONDJOYETU” da diocese de Leiria-Fátima, no início do passado mês de Agosto.
Quem somos e porque participámos
Começamos por nos apresentar: Somos a Maria do Rosário e o Zé Marrazes, casados catolicamente, já lá vão 35 anos. Temos um filho, um neto e um outro neto, a caminho. Vivemos na Paróquia da Marinha Grande, diocese de Leiria-Fátima. Pertencemos, desde há seis meses, ao Grupo Missionário Ondjoyetu e somos do Movimento dos Cursilhos de Cristandade há quatro anos.
Na nossa paróquia, acompanhamos semanalmente uma das Irmãs da Congregação das Filhas de Santa Maria de Guadalupe (de origem mexicana) a levar a comunhão aos doentes e participamos na visita aos idosos no Lar da Marinha Grande.
Quando surgiu o convite para irmos em missão para o Alentejo, exclamámos: “Mas nós não sabemos nada, será que temos algo para dar?” Responderam-nos que sim, que todos temos algo para dar e aceitámos o desafio da missão.
Fizemos a formação, aprendemos as regras do bom missionário, e, com ajuda do Espírito Santo, lá fomos caminhando com o Grupo que ia integrar a equipa, aprendendo a teoria e preparando-nos para a prática.
Onde fica Deixa-o-Resto
Chegou o dia da partida e a pergunta mantinha-se: “O que vamos encontrar? Como será a missão em Deixa-o-Resto? (Este é o nome de uma das povoações onde se realizou a missão). Até o nome era estranho…”
Deixa-o-Resto é uma pequena povoação, de ambiente rural, caminho de passagem. Fica na freguesia de Santo André, concelho de Santiago do Cacém. Contrasta com a cidade de Santo André, composta por muitos bairros, e com uma população muito heterogénea, proveniente de muitas terras ou países. Grande parte da população activa trabalha em Sines, por turnos. É uma cidade nova, com pouca história e poucas tradições. O campo e o mar, a aldeia e a cidade, convivem de perto e mostram um vaivém de gentes e marca alguns ritmos. Foi para esta zona que fomos enviados.
Tempo e campo da Missão
No primeiro dia, 02 de Agosto, ao chegar à Igreja de Santa Maria em Santo André, já tínhamos o Padre Abílio, o pároco, à nossa espera e ficámos mais tranquilos com mais apoio. Depressa chegamos ao alojamento no antigo “FAROL” no Bairro do Pinhal e começamos a distribuição dos quartos e a partilha das tarefas. Fomos apresentados na Igreja do Bairro Azul, também em Santo André. Participámos na Eucaristia e disponibilizamo-nos para ir visitar algum doente ou alguma familia.
No domingo começou a missão no terreno com a visita ao lugar de Deixa-o-Resto. Fomos apresentados à comunidade na igreja de Santa Maria pelo Padre Agostinho, missionário vicentino e grande apoio na preparação e realização desta missão. Também estivemos na Igreja da Aldeia de Santo André onde participamos na Eucaristia e na procissão da festa local, em honra de S. Luís. Agora a Equipa já estava completa: Irmã Nancy, Cátia, Diamantino, Júlia, Cláudia e por nós, Maria do Rosário e José. O João, seminarista vicentino, também fez parte do Grupo. Dois dias depois, chegaram o P. David e o Tio Serra. Agora era só meter pés ao caminho e as mãos ao trabalho.
Na segunda-feira, dia 04, fomos ao encontro das pessoas nas ruas, nos cafés e de porta em porta, fomos sempre bem acolhidos por todos. Nos outros dias visitámos a instituição das meninas “O FAROL”, o Centro de dia com os idosos e a CERCISIAGO, ficámos muito sensibilizados com a recepção, muito carinho, alegria e boa disposição dos utentes e das funcionárias.
“Fazei o que Ele vos disser!”
Nas actividades realizadas acolhemos a imagem de Nossa Senhora peregrina das Missões em Deixa-o-Resto com a recitação do terço e falou-se sobre a espiritualidade mariana. Em outro dia, fizemos a procissão de velas que foi um dos pontos altos da Missão. Em todas as acções, a partir de Maria, estava sempre presente um Rosto, uma Pessoa: Jesus Cristo. A Mãe, mais uma vez, nos diz: “Fazei o que Ele vos disser!”.
No final da semana, fizemos a despedida de Nossa Senhora no lugar de Deixa-o-Resto e levamo-la para a Igreja paroquial de Santa Maria, onde organizámos e celebrámos uma vigília missionária. Acorreu gente dos vários lugares onde fizemos a Missão e de algumas paróquias das redondezas. “Uma Igreja missionária, milf sex
terna, pobre e para os pobres” foi o tema deste tempo de oração. Dar testemunho de Cristo, com todos os sentidos, foi o mote da reflexão, feita pelo P. David Nogueira.
terna, pobre e para os pobres” foi o tema deste tempo de oração. Dar testemunho de Cristo, com todos os sentidos, foi o mote da reflexão, feita pelo P. David Nogueira.
Nessa noite, tivemos a agradável surpresa da chegada da Irmã Susana, da Mara, da Helena e da Ana Matos. Também elas entraram na dinâmica da missão prevista para os últimos dias.
No sábado, dia 9, organizou-se uma caminhada missionária à Ermida de Nossa Senhora da Graça onde celebrámos a Eucaristia seguida do almoço partilhado. À noite fizemos a despedida em Deixa-o-Resto com a participação da comunidade na celebração eucarística e jantar partilhado, foi um dia muito positivo que marcou o final da presença naquele bairro.
Despedida e avaliação
No domingo, dia 10, foi a despedida com a celebração da Eucaristia na Igreja da Aldeia e posterior despedida na Igreja de Santa Maria, onde demos o nosso testemunho e animamos o momento do ofertório com sinais identificativos da Missão. Seguiu-se o almoço naquela que foi a nossa casa durante estes dias, nas antigas instalações da instituição “O FAROL”.
Depois de um tempo de avaliação, na presença do P. Abílio, pároco, e do P. Agostinho, responsável da animação missionária na diocese de Beja, chegou a hora da partida e do regresso a casa.
O nosso testemunho pessoal foi muito positivo, valeu a pena abdicar de uns dias da nossa casa, da família, dos amigos e tudo o mais que deixámos em prol de outros irmãos nossos que fomos encontrar e com quem vivemos dias e momentos inesquecíveis nesta Missão.
Um muito obrigado a Deus por nos permitir partilhar a nossa fé e aos que fizeram parte da organização da missão e tornaram possível esta experiência missionária.
Entre os dias 2 e 10 de Agosto o Grupo Missionário ONDJOYETU, da diocese de Leiria-Fátima, organizou em conjunto com o Centro Diocesano Missionário de Beja (CDM), as chamadas Férias Missionárias. Decorreram nas paróquias de Santo André e de Santa Maria, mais propriamente no lugar de Deixa-o-Resto. Para além do P. David Nogueira, responsável pela animação missionária da diocese de Leiria-Fátima, participaram nesta experiência pessoas de várias idades e localidades: alguns jovens, vários adultos, um casal e uma religiosa, a Irmã Nancy (mexicana). Esta semana contou ainda com a presença de dois missionários vicentinos: o padre Agostinho, que também é o director do Secretariado das Missões da diocese de Beja e coordenador das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão, e do seminarista João Soares que integrou o grupo missionário ONJDOYETU. Apesar de não ser um grupo vicentino a sua finalidade é a mesma: A Missão.
Maria, estrela da Missão
Deixa-o-Resto é um local de passagem que fica entre Santiago do Cacém e Melides e Tróia. Pertence a Santo André, distante um pouco da igreja Matriz. Na Missão Popular em 2012, nasceu lá uma Assembleia Familiar que continua a reunir nas instalações da Escola e é animada pela Irmã Conceição, das Franciscanas Missionárias de Maria. Não têm local de culto e, com alguma dificuldade, conseguiram que o espaço do antigo Centro de Saúde fosse cedido para as reuniões e encontros desta semana missionária.
O objectivo deste tempo de missão é reavivar a fé naquela comunidade e fazer com que as pessoas se envolvam e participem mais na prática religiosa. Para tal, foram desenvolvidas várias actividades para envolver a população. A Imagem peregrina da Senhora das Missões visitou esta comunidade e foi o ponto alto desta semana, sendo ela, a base de toda a missão. Pode dizer-se que esta missão apresentou um dinamismo muito mariano. Daí que todas as reflexões partiram desse pressuposto, ou seja, Nossa Senhora, o terço, a reflexão, a procissão de velas e todos os encontros. A caminhada em Missão à Ermida da Senhora da Graça (das Graças!) e a Vigília Missionária, na Igreja de santa Maria, foram momentos em que a presença da Mãe de Deus foi fulcral.
Missão: Ir ao encontro dos mais vulneráveis
No entanto, a missão não se resumiu apenas à vertente religiosa, mas também à dimensão sócio-caritativa. Daí a visita ao Centro de Acolhimento de Jovens em risco “o Farol” e ao Centro de Dia de Santo André. A primeira situação proporcionou um momento que marcou muito os missionários, pois, ninguém ficou indiferente a essa realidade. Outra situação que proporcionou bastante alegria foi a visita a Cercisiago. O contacto com estas populações, que na nossa sociedade são consideradas as mais vulneráveis, possibilitou ao grupo reflexões muito interessantes mas, sobretudo, grandes emoções.
Porta a porta, uma descoberta
A par de tanto trabalho, aconteceram momentos de convívio e esses foram possibilitados através da caminhada missionária, da partilha fraterna, no dia do encerramento, em Deixa-o-Resto e nos momentos mais folgados entre os missionários.
Tudo isto seria impossível sem o chamado porta-a-porta que, apesar de nos terem confundido com outros grupos “religiosos”, foi essencial para chamar as pessoas à missão. No entanto, esta missão já contava com um grande impulso do Pároco (P. Abílio) e de um pequeno grupo de boas vontades que já tinha anunciado e publicitado a mesma.
Avaliação positiva
Em Deixa-o-Resto, deixamos um rasto. Esta frase resume o muito que aconteceu nestes dias. Os participantes nesta acção missionária, na avaliação final, foram unânimes em afirmar que todos os esforços foram válidos e valeu a pena sair de casa e partir ao encontro de uma realidade nova. As pessoas foram muito acolhedoras, fizeram tudo para responder ao desafio proposto. Todo o Grupo, nos diversos momentos, procurou levar a Boa Nova de Jesus a todas as pessoas. Independentemente da cor, da situação pessoal de cada um, do instituto a que pertence e da formação que tem, mostrou-se coeso, unido e empenhado.
A oração diária, as reuniões de preparação e de avaliação, os momentos de convívio e a confecção das refeições criaram e fortaleceram a amizade e a inter-ajuda. Na vida pessoal e nestas experiências missionária, o importante é ter Cristo no coração e a Palavra do seu Evangelho na boca. O testemunho e a presença atenta e disponível completam o cenário de um tempo forte para quem o viveu, como grupo e para quem o acolheu, como comunidade. Mais uma vez, a semente foi lançada à terra.
A pequena Assembleia nascida na Missão Popular, de seu nome “A Seara”, já vai sendo fermento nesta comunidade. Esta acção missionária procurou espevitar toda a população. Com a boa vontade e persistência de todos, acreditamos que, em breve, este povo seja uma comunidade viva que reflecte a Palavra de Deus e celebra a sua fé, na Eucaristia.
Todos estão de parabéns! Que Nossa Senhora das Missões proteja este trabalho missionário e abençoe toda a população de Deixa-o-Resto!
João Soares,
Seminarista vicentino
Missão no Alentejo
No início de Agosto, com este nome ou outro, vários são os grupos que rumam à nossa Diocese e procuram viver momentos inesquecíveis. Uns, fazem-no pela primeira vez, outros porém, já são caras conhecidas. As motivações são idênticas, as propostas são semelhantes, o tempo de vivência varia entre oito a quinze dias e a zona de acção é variável, com incidência para o concelho de Mértola.
Depois de um tempo de preparação, com caminhada espiritual e tempo de estudo das realidades a encontrar, gente jovem do norte, do centro ou da capital, procura viver esta experiência missionária, levando às populações, tantas vezes esquecidas ou isoladas, a sua alegria de viver e a sua vontade de ser útil e prestável, a sua disponibilidade para dar um pouco de si para que outros possam ganhar ânimo, força, e capacidade para viver cada dia, com horizontes diferentes.
Alguns destes grupos estão ligados a paróquias e movimentos. Outros, por sua natureza e identidade, são grupos missionários de raiz ou estão ligados a projectos missionários. Pelas experiências passadas, a maio parte destas experiências missionárias têm o apoio dos párocos e das localidades onde decorrem e as populações acolhem estes momentos, com alegria, com abertura e com generosidade. Para muitos, são uma verdadeira bênção!
Do norte até Corte do Pinto e Santana de Cambas
As paróquias de Mértola, ao cuidado pastoral da Comunidade dos Padres do Espírito Santo (P. António Sousa e P. Aristides), acolhem dois grupos, em Missão.
Do dia 28 de Julho a nove de Agosto, cerca de 50 jovens das paróquias de Sta Maria Madalena de Sto Tirso e de S. Miguel do Couto (diocese do Porto) assentam arraiais nas comunidades de Corte do Pinto e de Santana de Cambas no concelho de Mértola. Farão a animação religiosa das comunidades, voluntariado em centros paroquiais, e visitas aos idosos mais isolados das populações. Para além deste programa têm ainda as actividades de formação espiritual e muitos momentos lúdicos que ajudam a descontrair e a descansar.
Férias Comunitárias
De 2 a 13 de Agosto, em S. Miguel do Pinheiro e em Moreanes, os jovens da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Olivais (diocese de Lisboa) viverão as suas Férias Comunitárias. Este grupo, formado por cerca de duas dezenas de jovens, todos os anos, tem feito esta experiência na área do concelho de Mértola. Várias foram as comunidades que, em anos anteriores, usufruíram da sua presença. Mesmo mudando o local de intervenção e a constituição do grupo, o espírito desta iniciativa é o mesmo desde o primeiro momento (1980) em que o grupo começou a rumar para o Alentejo. O lema é deixar as coisas do dia-a-dia, sem as quais os jovens pensam não conseguir viver. É partir em espírito de serviço, entrega e partilha. É uma oportunidade para, longe das rotinas habituais, se tentar viver um pouco mais ao jeito de Jesus Cristo. As Férias Comunitárias são antes de mais uma actividade missionária, o principal objectivo é anunciar Cristo e o Evangelho, em palavras e gestos.
Equipa d’Africa, repete experiência
Por estes dias, as paróquias de Vale de Água e de S. Domingos, uma vez mais, vão acolher o grupo Equipa d’África. Estas comunidades, desde há vários anos, mantêm uma relação estreita com esta associação. A Equipa d´ África, originária das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, desenvolve anualmente projectos de voluntariado-missionário e actividades de cooperação social e pedagógica em Moçambique e em Portugal, procurando melhorar as condições de vida das populações locais.
Tendo nascido em 1998, ao longo destes anos o grupo cresceu de 9 para 40 jovens, entre os 18 e os 30 anos de idade, que disponibilizam o seu período de férias para partir em missões com a duração de um mês e meio a dois meses em Moçambique, e de duas a quatro semanas em Portugal. Para tal, participam na formação anual que tem em vista a preparação para missão, mas principalmente o crescimento pessoal e social dos voluntários, assim como a sensibilização para os problemas sociais da actualidade e a participação nas respostas comunitárias existentes.
Ondjoyetu – Grupo missionário da diocese de Leiria-Fátima
Todos os anos, por ocasião do Verão, alguns elementos do Grupo, depois de uma formação e preparação são enviados para uma zona do Alentejo. A primeira vez, foi para S. Martinho das Amoreiras. Depois, foram para o Alto Alentejo (Crato e Ponte de Sor). Desde há três anos, voltaram para o Alentejo Litoral.
Depois de Santiago do Cacém e de Francisco da Serra, este ano é em Santo André, mais concretamente, na Aldeia de Deixa-o-Resto. Será de 2 a 10 de Agosto, que o Grupo vai viver esta nova experiência missionária. É composto por cerca de dez pessoas, tendo como dinamizadores, o P. David Nogueira, director diocesano da acção missionária, a Irmã Nancy (mexicana). De várias idades, casados e solteiros, deixaram as suas famílias e vêm até ao Alentejo Litoral para testemunhar a alegria de ser enviado a anunciar Jesus Cristo, a fonte da nossa alegria.
É o Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima. Iniciaram o seu percurso em Agosto de 1999. Este grupo tem sido o promotor da aproximação entre as dioceses de Leiria-Fátima e Sumbe (em Angola), sendo celebrada a geminação entre as duas dioceses a 25 de Março de 2006. A palavra que dá nome ao grupo – Ondjoyetu – quer dizer, em umbundo, a língua que se fala no Gungo, “A Nossa Casa”.
Acção missionária na paróquia de Santo André
A comunidade de Deixa-o-Resto, dista poucos quilómetros da cidade, e é um ponto de passagem entre Santiago de Cacém e Melides. Tem bastante população, mas não tem espaços de reunião e ainda não conseguiu criar hábitos de reunião semanal para celebração ou reflexão. Um dos objectivos desta Semana Missionária é procurar sensibilizar as pessoas para esta necessidade, envolvendo-as em várias acções.
Durante o dia, o contacto com as pessoas, nas suas casas ou nas ruas, a visita a doentes e a pessoas de idade, no Centro de Dia ou no domicílio são a actividade predominante. Com a gente nova e os adultos, à noite, no Centro de Saúde, há encontros, celebrações e Procissão de Velas. A Cercisiago também beneficiará da presença do Grupo.
No dia 8, às 21h00, na Igreja de Sta Maria há uma vigília missionária e no dia 9, às 9h00, a partir da Aldeia ou de Deixa-o-Resto há uma caminhada missionária até à Ermida da Senhora da Graça. Termina com o terço e eucaristia, às 11h00. A 10, dia encerramento, celebrar-se-á a Eucaristia na Igreja de Sta Maria e, no final, haverá um almoço-convívio.
Outros grupos ou pessoas farão a sua experiência de Missão. Nos encontros com as pessoas, o testemunho da fé e a vivência da comunidade são pontos fundamentais para a partilha. O despertar da consciência missionária em cada baptizado pretende fazer desabrochar disponibilidades para a Missão, no nosso meio ambiente ou em outras paragens.
P. Agostinho Sousa, CDM/Beja
Missão @d gentes: Itoculo – Moçambique
Os batuques voltaram a soar e cantaram-se os Aleluias
Aleluia! Aleluia! Já ressuscitou Nosso Senhor Jesus Cristo! Em Itoculo-Moçambique, não foi diferente. Aqui, o tempo quaresmal foi passado sem o toque dos batuques, com mais simplicidade e renúncia mas, sinceramente, com pouco sacrifício. E porquê? A resposta é simples: quando se faz o que se gosta não é sacrifício nenhum.
Este tempo, é aquele em que o povo mais sofre a fome e a miséria. Por isso, rezam para que a chuva vá regando as suas “machambas” para que consigam produzir algum milho, feijão e amendoim que irá ser o sustento de todo o ano.
Renunciar para outros pobres é uma obra de Deus
Esta é uma região muito pobre. Mesmo assim, as comunidades organizaram-se e a renúncia quaresmal deste ano teve como destino a República Centro Africana: Um gesto de solidariedade para quem convive com a guerra e com a pobreza todos os dias. É comovente ver pessoas que mal comem a fazer a sua renúncia para outros pobres. É verdadeiramente uma obra de Deus.
Todas as sextas-feiras fazíamos a Via-Sacra com a comunidade local por um trajecto construído, para o efeito, pelo nosso pároco. A Via Sacra da Sexta- feira Santa foi bem regada com muita chuva. Apesar de um pouco molhados, a chuva foi uma bênção para o povo.
Vivência pascal
Entretanto, numa Capela bem cheia de cristãos e iluminada por algumas lanternas, fizemos a vigília Pascal, na língua local, o Macua. No momento do Aleluia, os batuques voltaram a soar e os Aleluias cantaram-se com tanta força, tanta intensidade, que pagaram todos os Aleluias que não foram ditos em todos os cantos do mundo durante esta quaresma. Foi verdadeiramente uma celebração muito bonita e um serão muito animado.
Agora, durante o tempo Pascal, vai-se celebrando a Eucaristia, todos os domingos, em cada zona. Aí, juntam-se várias comunidades para celebrarem os diversos sacramentos para os quais se preparam nas catequeses de crianças, de adultos e de casais. Os sacramentos do Baptismo, Eucaristia/1ª Comunhão e Matrimónio são celebrados de modo bem diferente daquele que vemos fazer no nosso país. Aqui, é dada mais importância ao sacramento em si e não á festa como muitas vezes já vi acontecer, em Portugal.
Agora estamos a preparar o Pentecostes. Com muita alegria, neste mês de Maria, todos os dias se reza o terço, no dialecto local, o Macua. Cada dia é rezado na casa de uma família diferente. É tão bom este momento! Quando a lua está cheia, nem precisamos de acender a lanterna. Já consigo rezar toda a Avé Maria, em Macua. O Pai Nosso está quase sabido!… Ainda tenho 6 meses para praticar!
Um ano é pouco tempo e o trabalho é muito
Já só faltam 6 meses para regressar. A cada dia que passa, dou-me conta que um ano é muito pouco tempo. Dá para ganhar experiência, aprender muita coisa, fazer muita coisa mas, para deixar algo, é muito pouco tempo. O trabalho aqui é muito e variado. Por isso, não tenho conseguido dar notícias tão regularmente quanto gostaria.
Com a saída de uma das irmãs da equipa missionária, deram-me a responsabilidade de cuidar da direcção do Lar Feminino Eugénia Caps. É um lar que acolhe as meninas mais pobres das comunidades do interior da região de Itoculo e que não têm escola secundária. Desta forma, estando no lar, conseguem avançar um pouco mais nos estudos e terminar, pelo menos, a 10ª classe.
Este ano abrimos o Lar com a capacidade máxima: 50 meninas, entre os 14 e os 20 anos. Frequentam a 8ª, 9ª e 10ª classe na Escola secundária. É um trabalho que eu não estava a contar fazer. Tive que aprender depressa, pois é um trabalho nada fácil porque se trata de uma faixa etária muito complicada e foi preciso fazer uma adaptação a realidade bem diferente daquela que eu conhecia. Todos os dias há situações novas: problemas, doenças e dificuldades várias. Tudo isto, por vezes, me faz hesitar e pensar se realmente sou capaz de continuar. Mas, depois, penso que se foi Ele que me deu este trabalho é porque me acha capaz de o fazer. É essa a minha missão!
O quanto precisam de mim, na escola e na catequese
As meninas chamam-me de mãe, porque aqui é o que eu represento para elas. Todos os dias, a toda a hora, mãe Xana, mamã, quero, preciso… Realmente, não é fácil ser mãe e hoje, compreendo a minha. Apesar das dificuldades, ao ver o quanto aquelas meninas precisam de mim, ao ver o rosto delas a transbordar de alegria quando chego todas as manhãs, ao receber o abraço apertado e a alegria com que me recebem quando fico mais algum tempo fora, todos os gestos, todas as preocupações, todas as zangas e rugas que vou ganhando diariamente, tudo isso me faz um pouquinho mais feliz.
Para além deste trabalho no Lar tenho ainda vários outros trabalhos na paróquia. Semanalmente, dou catequese ao grupo de preparação para o Crisma, coordeno o grupo de jovens e, mensalmente, tenho encontros com os animadores de jovens das comunidades nas 3 regiões da paróquia. Estes três trabalhos são partilhados com o Dino, seminarista espiritano, membro da Equipa Missionária.
Consciencializar ao máximo as comunidades
Além destes trabalhos, estou a acompanhar o ministério de Justiça e Paz da paróquia que se debruça sobre várias questões que, para nós, são longínquas. Todavia, aqui, são bem reais e concretas: tráfico humano, feitiçarias, violência, exploração ilegal de terras e várias e muito graves violações dos direitos humanos. É um trabalho que estou a gostar muito de fazer, apesar de pouco poder ajudar.
Consciencializar ao máximo as comunidades já é um passo. As quartas-feiras de manhã são passadas na Missão, com a Irmã Augusta, no Centro de nutrição infantil. Ajudar a que aquelas crianças se consigam desenvolver não é tarefa fácil nesta terra onde o trabalho principal é consciencializar as famílias para alguma coisa.
Muitas das crianças que estão inscritas no Centro são órfãs, gémeas, portadores (elas ou/e os pais) de HIV/Sida ou filhos de mamãs com deficiência mental. Também estão muitas inscritas e o seu problema é a pobreza ou o mau cuidado dos pais. Ali, tentamos dar papinhas e ensinar as famílias a preparar as mesmas papinhas, em casa. Também não é um trabalho fácil pois as famílias não sabem cuidar dos filhos e há crianças que chegam mesmo muito desnutridas, inchadas ou esqueléticas e, muitas vezes, acabam mesmo por morrer.
No mesmo local onde funciona o Centro nutricional temos uma escolinha, um Centro pré-escolar onde a Irmã Adelaide trabalha com um grupo amoroso de crianças que, todas as manhãs, no meu caminho para o lar me dizem, em uníssono, “Bom Dia Xanaaaa” e vêm abraçar-me, fazendo logo com que o dia comece da melhor forma possível.
Grupo da Infância Missionária e outras actividades
As crianças ocupam-me todos os domingos, á tarde. O grupo da Infância Missionária reúne semanalmente. Vamos tentando seguir o nosso lema que diz “Criança Evangeliza Criança”. Fazemos diversas actividades para aprendermos a ser pequenos missionários. Além destes trabalhos, todos os domingos temos Eucaristia em língua Macua nas comunidades no interior de Itoculo. Literalmente, ficam mesmo “no meio do mato”. O povo junta-se para rezar e acolhe os missionários sempre com muita alegria e animação como só o povo africano sabe acolher.
Na Missão, temos Eucaristia diária, às segundas e quartas, em Português, só com a equipa missionária. Nos outros dias, é com o povo, na igreja paroquial, e são celebradas meio em Português e meio em Macua, o que torna a celebração ainda mais bela.
Fora da Missão, ainda sou voluntária na Escola secundária de Itoculo, como professora substituta da disciplina de Inglês. A professora, por ser uma pessoa doente, falta muitas vezes. Tenho cerca de 300 alunos, 3 turmas da 8ª e da 9ª classe e 2 turmas da 10ª classe. O nível do inglês é praticamente o mesmo, o que me facilita o trabalho. É também uma experiência interessante e os alunos até gostam da professora “branca”. Quando me sobra tempo, ou eu o faço sobrar, vou passear pelo bairro e visitar alguns doentes e algumas famílias amigas o que também é muito agradável.
Um apelo e uma mensagem
Bom, este é o resumo dos trabalhos na Missão. Já vai longo e ainda não disse o que queria mesmo dizer aqui e a todos. Quero deixar uma mensagem a todos os jovens, aliás, a todos os cristãos, a todas as pessoas que gostariam de um dia fazer uma experiência missionária: Não tenham medo! Quem tem Deus na sua vida, nada pode temer! Arrisquem e ponham um tempinho da vossa vida ao serviço de Cristo, ao serviço daqueles que mais precisam. Se todos déssemos um pouco de nós mesmos, como seria tão bom e tão belo! Há várias instituições, ONG‘s e associações que vos podem ajudar. É só pesquisar e arriscar um pouco. Há tanto a fazer e tanta gente sem fazer nada… isto faz-me confusão!
Por isso, apelo a que deixem o sofá e a televisão um pouquinho de lado e sigam o que o nosso Papa Francisco nos aponta e interpela na mensagem deste ano para o Dia Mundial da Juventude: “Ampliai os vossos corações (…) Devemos aprender a estar com os pobres. Não nos limitemos a pronunciar belas palavras sobre os pobres! Mas encontremo-los, fixemo-los olhos nos olhos, ouçamo-los. Para nós, os pobres são uma oportunidade concreta de encontrar o próprio Cristo, de tocar a sua carne sofredora. (…). Os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. Muito temos nós a aprender da sabedoria dos pobres!”
Da minha parte é tudo. Vou voltar ao trabalho. Deixo a todos uma grande saudação e que Jesus Cristo encha os vossos corações de graças e o Espírito Santo vos inspire e envie para a Missão.
Jovem leiga voluntária dos Missionários do Espirito Santo
e do Centro Diocesano Missionário/Beja
Xana Martins
Missão: “Do Coração de Jesus ao coração do Alentejo”
De 14 a 20 de Agosto, na Diocese de Beja, o Departamento de Pastoral Juvenil, organizou uma missão jovem com o tema: “Do coração de Jesus ao coração do Alentejo”, nas Paróquias de Vila Nova de São Bento, Vila Verde de Ficalho, A-do-Pinto e Sobral da Adiça. A missão teve como principais objectivos: incutir nos jovens o espírito missionário e a oração, bem como levar através da alegria dos jovens a palavra e o amor de Deus à população.
Nesta missão participaram 12 elementos, vindos das Dioceses de Beja e de Setúbal. Para alguns esta foi a primeira experiência missionária. Todos os dias começávamos com a oração de Laudes, pequeno-almoço e missa. A Liturgia era sempre preparada no dia anterior e a celebração muito sentida. A parte da manhã esteve reservada para a evangelização de rua ou porta a porta e visita aos doentes e ao lar.
Após o almoço tínhamos formação e preparação das actividades da noite. Quase todas as tardes tivemos procissões nas várias paróquias e cada noite, tivemos a oportunidade de viver sempre momentos diferentes: Oração Mariana; Tertúlia; Via Lucis; Adoração ao Santíssimo, Caminhada de Oração…
O dia terminava com a Avaliação do dia, actividade muito importante, e uma breve Oração.
Cada momento foi vivido, cada instante sentido, sempre com o objectivo de amar a Deus e transmitir esse amor aos demais à nossa volta.
Mostrar o lado jovem da Igreja
Em todas as paróquias conseguimos fazer algo que a princípio nos “assustava”: a evangelização porta-a-porta ou evangelização de rua. A verdade é que foi para todos uns dos melhores momentos de toda a missão, pois aprendemos e percebemos que assim estávamos a mostrar o amor por Deus a contagiar aquelas pessoas com os nossos cânticos e a nossa animação. Mostrámos o lado jovem da Igreja que muitas vezes passa despercebido entre a população.
Outros dos momentos especiais foram os tempos de oração e a Exposição do Santíssimo, importantíssimos para a união do grupo, para aumentar a vivência cristã de cada um e a nossa relação com Deus, complementando tudo isso com a satisfação visível das pessoas que no final, agradeciam por lhe proporcionarmos momentos em que se sentiram muito próximas de Deus.
Todos os momentos foram incríveis, criaram-se laços de amizade entre os jovens, formando como que uma família, tempos sérios de formação, de partilha, de relaxamento e brincadeiras.
Agradecimento
Fomos acolhidos pelas quatro paróquias com muito carinho e alegria. Sentimo-nos como parte integrante de cada comunidade pois ajudámos a organizar e participámos em todas as actividades.
Quero, em nome dos jovens que participaram na missão, manifestar a nossa profunda gratidão por tamanha hospitalidade. No entanto, foi imprescindível e muito reconfortante a presença do Sr. Padre Francisco, sempre atento, disponível – apesar dos muitos afazeres nestes dias –. Através da sua simpatia, simplicidade, bom humor e atenção, ficámos com a certeza de que Deus toca os corações e que os converte e que hoje, o Senhor continua a chamar jovens para que O sigam. Obrigada, Pe. Francisco: É para nós um exemplo. A missão teve um balanço muito positivo, no inicio do que será uma actividade para repetir por muitas paróquias da nossa amada Diocese, com o objectivo de incentivar os jovens a fazer parte da Igreja e de serem eles o futuro para levar a Palavra do Senhor a todo o mundo, serem eles a semear na Terra a semente de Jesus Cristo.
Miguel, Pastoral JuvenilOdemira
Vale de Água, local de Missão
Foi no dia sete de Agosto que um grupo de cinco jovens da Associação Equipa d’África se dirigiu para Vale de Água para aí ficar quinze dias.
O principal objectivo desta missão era estar, ser acolhido e poder viver em comunidade, ajudando e servindo no que fosse preciso.
Foi com muito carinho e amizade que toda a comunidade de Vale de Água nos acolheu e ajudou a nossa integração, disponibilizando-se para tudo o que precisássemos.
Assim sendo, o nosso trabalho consistiu nas idas aos domicílios, animação no Centro de Dia, apoio e animação com as crianças de Vale de Água e integração na comunidade.
Nas idas aos domicílios, fomos sempre acompanhados pelas auxiliares do Centro de Dia de Vale de Água e São Domingos, que nos demonstraram a verdadeira dedicação que dispõem para cada pessoa. A cada doente que visitámos, tentámos ajudar na higiene pessoal, na arrumação da casa, e, essencialmente, trocámos palavras de carinho e ouvimos todas as experiências que tinham para nos contar.
No Centro de Dia de Vale de Água fizemos, também, muitos amigos. Os utentes estavam sempre prontos para poder conversar um pouco connosco e transmitir a sua alegria por nos terem lá. Com eles jogámos cartas, fizemos aulas de culinária e de ginástica, pintámos e estivemos, lado a lado, a escutar.
Objectivo da Missão: estar, acolher, viver em comunidade, ajudar, servir
Com o objectivo de tentar mudar um pouco os hábitos de saúde e alimentares da população, dedicámos um dia à Saúde em S. Domingos e Vale de Água. Deste modo, disponibilizámos consultas com uma nutricionista, onde se mediu a tensão, pesou-se e mediu-se a altura.
Como já seria de esperar, o nosso impacto nas crianças e nos jovens foi notório. Com eles corremos, passeámos de bicicleta, caminhámos, acampámos e brincámos.
Toda a comunidade podia sentir a nossa presença e nós, de certeza, sentimos a presença de todos, pois fomos muito acarinhados.
Foi bom passear pela rua e termos as portas sempre abertas para nós, para podermos entrar e estar com cada pessoa.
Também pudemos integrar algumas actividades Pastorais. Participámos na Eucaristia e, em Santiago do Cacém, com o apoio do Padre Agostinho, pudemos conhecer outros grupos missionários e dar testemunho da Equipa d’África e da sua missão.
Hoje, já em Lisboa, recordamos o tempo que passámos com muita saudade e carinho. Recordamos cada pessoa, cada refeição, cada brincadeira, cada casa. Recordamos essa bela comunidade, recordamos Vale de Água!
Marta Carvalho
Equipa d’África
05 de Setembro 2012
Testemunho dos missionários do Grupo Ondjoyetu da Diocese de Leiria-Fátima
A semana missionária em Santiago do Cacém (de 5 a 12 de Agosto) foi uma missão muito intensa que nos fez descobrir novos sentimentos missionários. A Missão não se focou somente em Santiago, mas também em algumas paróquias vizinhas (Santa Cruz, Abela e S. Bartolomeu). Nesses dias contámos sempre com o apoio incansável dos Padres Vicentinos, de modo especial, o Pe. Agostinho e o Pe. Azevedo, presentes naquela semana. Tivemos vários momentos de partilha com as comunidades, desde a Eucaristia Dominical e diária, visita a lares e doentes, Vigília Missionária, reuniões com grupos paroquiais a serões de convívio. Os momentos que mais nos marcaram de modo particular foram as visitas a idosos e doentes, sobretudo aos lares, onde encontrámos pessoas que, apesar de marcadas por fortes experiências de vida, sempre tiveram um sorriso ou um gesto de carinho para connosco. Este encontro com as pessoas fez-nos pensar em como serão as gerações vindouras, nascidas numa sociedade mais intelectual e materialista...
A visita à CERCISIAGO foi muito especial. Aqueles jovens emocionaram-nos com a alegria e doçura dos seus gestos e aprendemos que para sermos felizes temos de ver a vida como ela é, bela!
Apesar de ter sido uma semana que exigiu de nós algum esforço físico, sentimos sempre a presença do nosso Pai do Céu em todos os momentos, dando-nos ânimo missionário. Como diz o nome do nosso grupo “Ondjoyetu”, em língua umbundo, que significa “A nossa casa”, também nos sentimos como em nossa casa, acolhidos de maneira muito especial e fraterna por estas comunidades que levamos para sempre no nosso coração.
Demos um pouco de nós mas também recebemos muito. Uma das marcas desta missão é que foi um dar e receber recíprocos. Um grande bem-haja a todos os que nos acolheram e retribuíram o pouco que demos.
Pelo Grupo Missionário
Rita e Diogo
As Férias Comunitárias
As Férias Comunitárias são uma actividade de Verão do grupo de jovens da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Olivais Sul, em Lisboa, que teve o seu início em 1979. Desde há cerca de 20 anos, esta actividade tem vindo a desenvolver-se quase exclusivamente nas aldeias do concelho de Mértola e também na própria vila de Mértola.
Qual é o objectivo das Férias Comunitárias? No essencial, resume-se a viver uma semana ao estilo simples e desprendido de Jesus Cristo e das primeiras comunidades cristãs, como tão bem está descrito, no capítulo 2 dos Actos dos Apóstolos, versículos 42 a 47.
Mas a vivência em comunidade e em partilha alerta-nos para outro aspecto fulcral dos ensinamentos de Cristo: o serviço e a disponibilidade para os irmãos. E esta é a outra vertente essencial das Férias Comunitárias: colocarmo-nos à disposição do outro que está ao nosso lado. E o serviço e a disponibilidade para o outro podem encontrar-se em coisas tão variadas como seja uma simples conversa com alguém, ou ajudar na preparação de uma festa na comunidade que nos acolhe. Utilizando uma frase bem conhecida das pessoas que participam nesta actividade: “As Férias Comunitárias são para estar com as pessoas”.
Palavra e Oração
E de facto, sentimos que é nesses pequenos momentos que realmente se vê a presença de Cristo, pois a escuta atenta de alguém que nos dá a conhecer a sua vida e que mostra a sua gratidão por termos estado ali a escutá-la, é de facto uma verdadeira prova de disponibilidade e de serviço ao próximo, tal como Cristo o fez.
Mas, como “nem só de pão vive o homem”, a nossa semana não ficaria completa se não tivéssemos sempre presente a Palavra, guia da nossa actividade e complemento indispensável no crescimento da nossa fé, Palavra que é meditada e reflectida em temas preparados de acordo um tema geral, que no presente ano foi “Vive para o outro”.
Também a oração é um vector fundamental da nossa actividade, sendo, aliás, um dos pontos altos da mesma, devido ao facto de em cada dia haver duas orações: uma, para o grupo que participa nas Férias Comunitárias e outra, que é preparada para a comunidade. Através delas, somos levados a reflectir na Palavra que Deus tem para nos oferecer, ao mesmo tempo que mostramos e damos a conhecer a nossa fé àqueles que nos acolhem.
Experiência transformadora
As Férias Comunitárias são, sem dúvida, uma experiência transformadora, no sentido em que nelas somos chamados a abdicar dos nossos confortos e rotinas, para passarmos uma semana à disposição e ao serviço da comunidade. Vamos ao encontro do outro: das crianças, dos idosos, de quem tem muito, de quem tem pouco, do amigo de longa data ou do recém-conhecido. Aprendemos a viver a nossa fé em comunidade, com alegria, com oração, com serviço. Temos também a possibilidade de viver, duma forma simples, aquilo que captamos do Evangelho: a partilha, a oração, o trabalho, a solidariedade, a reflexão... Crescemos assim com os outros, tudo por que abrimos a nossa vida a Deus.
Damo-nos aos outros, mas sempre recebemos muito mais e regressamos de Mértola realizados e mais maduros na nossa fé e mais próximos na nossa relação com Deus e os outros.
Se bem que muito mais houvesse para dizer, concluímos com uma frase bem demonstrativa do impacto que as Férias Comunitárias provocam em quem nelas participa: “As Férias Comunitárias não se explicam, vivem-se e sentem-se.”
Manuel Maggessi,
Grupo de jovens da Paróquia
de Nossa Senhora da Conceição
de Olivais Sul-Lisboa
De 3 a 14 de Agosto
As Férias Comunitárias, em Mértola, aconteceram nas aldeias de Moreanes e de Corte Gafo de Cima, de 3 a 14 de Agosto. Um Grupo de 16 Jovens da paróquia de Olivais Sul-Lisboa, após um tempo de preparação intensa, desceu até às margens do Guadiana, à vila histórica de Mértola, para concretizar mais uma etapa marcante do seu viver. Alguns, vieram pela primeira vez, outros, eram repetentes neste desafio sempre novo e cheio de descobertas. Divididos em dois grupos, em lugares distintos, viveram uma semana, em dedicação incansável, às gentes e terras que os acolheram.
Visitei-os quase no fim desta experiência. Estavam todos juntos, na Casa Paroquial de Mértola, para uma avaliação pessoal e comunitária deste tempo de missão. O encontro começou com uma oração de acção de graças. Além destes jovens, também estava presente um punhado de gente nova de Corte Gafo que quiseram viver este momento de fé e de comunhão. O P. David, vigário paroquial de Olivais Sul e a Irmã Fátima, missionária comboniana, e que acompanham o grupo na paróquia lisboeta, também marcaram presença nesta ocasião. A Ana Cristina Colaço, catequista de Mértola e que, ano a ano, colabora na preparação das Férias Comunitárias e é a ponte entre o Grupo, as comunidades onde decorre a acção missionária e a paróquia de Mértola, marcou presença, deu o seu testemunho e mostrou o caminho feito ao longo dos anos nas aldeias onde acontecem estes momentos, sempre esperados pelas populações.
Um a um, foram partilhando o seu sentir e as suas vivências e todos expressaram o quanto foi bom viver esta experiência que superou, em muito, as expectativas que traziam. Os pequenos gestos, os encontros, os tempos de oração, deixaram marcas e todos com um brilho nos olhos e a alegria estampada no rosto, repetiam que “as Férias Comunitárias não se explicam, vivem-se e sentem-se”, pois as palavras não chegavam para transmitir o que lhes estava na alma e no coração.
Pelo que vi e ouvi, pelos testemunhos que foram feitos, acredito que vale bem a pena partir ao encontro dos outros e com eles partilhar a alegria de viver, o amor de Jesus Cristo, a esperança num mundo melhor para todos.
Uma palavra de estímulo e gratidão ao Grupo de Jovens de Olivais-Sul, à Ana Cristina, aos jovens e comunidades de Moreanes e Corte Gafo de Cima. São bons estes momentos de encontro, de partilha, de comunhão. Que os frutos destas Férias Comunitárias permaneçam e que todos e em toda a parte, possamos dar testemunho do ideal que nos anima e do Senhor que nos envia!
P. Agostinho Sousa/CDMBeja
Férias Missionárias
Viver para compreender
Decidi passar uma semana de Verão diferente. Coloquei uma pausa nas férias, virei costas à praia, e decidi dar um pouco do meu tempo a quem precisa, e muito, de alguém. Desde encontrar algumas pessoas bem conhecidas até conhecer novas caras que sem dúvida não vou esquecer, esta semana foi uma experiência espectacular!
No final do primeiro dia, muito cansado, pensei que iria chegar ao final da semana de rastos se todos os dias fossem assim. Mas não. No final da semana tinha ainda mais energias, mais alegria, mais vida, do que quando cheguei. Tudo isto pela gratificação que é ver alguém usufruir do nosso trabalho. Desde os mais pequeninos que ainda mal se apoiam, aos emigrantes, e aos idosos, mesmo “pagando” a nossa dedicação apenas com um simples sorriso, todos eles fizeram-me sentir a necessidade de cada vez dar mais.
É muito difícil colocar por palavras as vivências e emoções que tive durante a minha estadia no Externato, é algo tão único, tão gratificante, que penso que é preciso vivê-la para realmente entender esta alegria que é ver Deus especialmente em quem precisa de nós.
Por isso espero que todos tenham a vontade e a oportunidade, assim como S. Vicente de Paulo, de aceitar este grande desafio, que é entregarmo-nos cada vez mais ao próximo.
Tiago Gamito Viegas Gonçalves
JMV-Santiago do Cacém
http://jmvsantiago.blogspot.pt/
Nota importante:
O Tiago Gamito fez a sua experiência missionária, no Campo Grande-Lisboa, na Casa das Filhas da Caridade (Irmãs Vicentinas). Com jovens da JMV, vindos de várias localidades, de 16 a 22 de Julho, foi ao encontro de muitas pessoas, de várias idades e proveniências, nas diversas valências daquela Casa: crianças (na creche e jardim de infância), idosos (lares) e emigrantes (centro de apoio a emigrantes). Na semana seguinte, a Isabel, da JMV de Santiago do Cacém, partiu para uma experiência idêntica, na mesma Instituição.
Grupos de outras dioceses descem até ao Alentejo (diocese de Beja) e fazem experiências missionárias nesta ou naquela zona; em grupo ou de forma individual, jovens das nossas paróquias, vão ao encontro de outros campos de missão, noutras paragens e noutros ambientes.
Missão, é partir, é ir ao encontro…É dar-se aos irmãos, em nome do Senhor Jesus.
P. Agostinho Sousa, CDM/Beja
Leiria-Fátima: Grupo missionário Ondjoyetu
promove semana de evangelização no Alentejo
Projeto procura dinamizar populações «descristianizadas» da região e conta com a participação de sete leigos, duas religiosas e um sacerdote
Leiria, 07 ago 2012 (Ecclesia) – O grupo missionário Ondjoyetu, da diocese de Leiria-Fátima, está a promover uma semana de evangelização junto das paróquias de Santiago do Cacém, Abela, S. Bartolomeu e Ademas, na região alentejana.
Em declarações ao gabinete de informação e comunicação diocesano, hoje enviadas à Agência ECCLESIA, o padre David Nogueira realça que o objetivo do projeto passa por “estar atento às necessidades do próximo e fazer algo por ele, neste caso pelas populações envelhecidas e algo descristianizadas do Alentejo”.
O sacerdote, que acompanha um grupo formado ainda por sete leigos e duas religiosas, acrescenta que a iniciativa pretende mostrar que Portugal também é “terra de missão” e que o esforço de evangelização e solidariedade não deve ser apenas canalizado para os países tradicionalmente mais carenciados, como Angola ou Cabo Verde.
A viagem dos missionários, que começou no último sábado e se vai prolongar até dia 12 de agosto, tem como lema “Chamados a fazer brilhar a Palavra de Verdade” e como subtema “Ser Missionário na Paróquia”.
Para além de corresponder a uma iniciativa já habitual no calendário do Grupo Ondjoyetu, a semana de evangelização comunga do tema que animou a diocese de Leiria-Fátima durante este ano pastoral, intitulado “Testemunhas de Cristo no Mundo”.
De acordo com o padre David Nogueira, a experiência permitirá ao grupo reforçar o seu “dinamismo” e “aumentar a sua capacidade de resposta aos problemas dos outros”, em território nacional e além-fronteiras.
Os sete missionários leigos são provenientes de diversas paróquias da Diocese de Leiria-Fátima, enquanto as duas religiosas integram a comunidade das Filhas de Santa Maria de Guadalupe, na Marinha Grande.
Entre os elementos, destaque para a presença de Libânia Cruz, uma leiga de 83 anos, que é “carinhosamente” tratada como a “avó” do grupo.
As quatro paróquias-alvo de evangelização, Santiago do Cacém, Abela, S. Bartolomeu e Santa Cruz, estão neste momento a ser acompanhadas por três sacerdotes vicentinos.
Os missionários do Grupo Ondjoyetu querem complementar e enriquecer o trabalho dos párocos através da promoção de diversos eventos, como visitas domiciliárias e aos lares, animação das celebrações, encontros de formação e ações de rua.
GIC/JCP
Férias Missionária no Lar dos idosos
de Vilar Formoso e Aldeia da Ponte
Decorreu, entre os dias 21 a 31 de Julho, mais um trabalho de voluntariado, organizado pelo grupo Diálogos – Leigos SVD para a missão, em Lares de Terceira Idade no Concelho de Sabugal e Almeida, distrito da Guarda. Partiram em missão quinze voluntários com idades compreendidas entre os 16 e 60 anos e provenientes de diversos pontos do país: Almodôvar, Guimarães, Fátima, Caldas da Rainha, Santarém e Lisboa, localidades onde trabalham comunidades dos Padres do Verbo Divino (SVD).
Durante dez dias o grupo de voluntários dividiu-se pelos lares de Vilar Formoso (Concelho de Almeida) e Aldeia da Ponte (Concelho de Sabugal), desenvolvendo diversas actividades com os idosos o que lhes permitiu quebrar a rotina. Inicialmente, num primeiro contacto, fomos ao encontro dos idosos de modo a que estes nos conhecessem e nós os conhecêssemos a eles, permitindo assim que, posteriormente, conseguíssemos comunicar mais facilmente com eles. As actividades postas em prática passaram por desenvolver jogos tradicionais com os idosos, tais como quatro em linha, dominó e sueca, mas também na concretização de actividades lúdicas que envolveram trabalhos manuais como pintura e colagens, resultando daí flores, bases em cortiça para panelas e castiçais. Ao início alguns dos idosos estavam reticentes quanto à realização desses trabalhos, porém foi nosso papel demonstrar que estes eram capazes de realizar as actividades, sendo que uns necessitaram mais do nosso auxílio que outros. Também ajudámos a alimentar os utentes dependentes, e participámos nas eucaristias, momento este que os idosos gostavam bastante.
Em resumo, esta missão de voluntariado permitiu-nos ver com outra perspectiva o quotidiano daqueles idosos, conhecendo aquilo que são e aquilo que foram. Foi uma grande aprendizagem conviver com aquelas pessoas, mostrando que bastam simples gestos da nossa parte para que aqueles indivíduos tenham dias melhores e sintam que ainda são importantes. “Nasceram crianças, cresceram e muitos deles são novamente crianças”, necessitando de toda a nossa atenção e afecto, de “pequenos gestos que se tornaram grandes atitudes”. O momento mais difícil foi a despedida, pois, apesar de serem poucos dias, acabamos por nos afeiçoar a estas pessoas, mas, mesmo assim “trazemos o coração cheio de amor e dos sorrisos dos que nos acolheram nos Lares da Aldeia da Ponte e Vilar Formoso”.
Ana Sofia Correia
Jovem da Paróquia de Almodôvar – diocese de Beja
Voluntariado: Missão muda vida de futuro engenheiro
Francisco Oliveira está com a Equipa d’África há dois anos e destaca os exemplos «impressionantes» de dedicação ao próximo
O contacto com a obra missionária, através da organização Equipa d’África, mudou a vida de Francisco Oliveira, que passou do objectivo de fazer carreira no mundo empresarial para o sonho de ajudar quem mais precisa.
Em entrevista ao Programa ECCLESIA na Antena 1, o estudante de gestão e engenharia industrial revela alguns dos aspectos que, a partir de 2011, transformaram o voluntariado missionário numa “parte importantíssima” do seu plano de futuro.
“No princípio não me identificava muito, era só mesmo trabalhar, juntar dinheiro para depois partir, e ao longo do ano fui mudando um pouco a minha forma de estar”, confidencia o jovem de 21 anos.
Criada em 1998, a partir das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, a Equipa d’África é uma organização não-governamental para o desenvolvimento que promove anualmente projectos solidários junto de comunidades carenciadas em Portugal e Moçambique.
A primeira característica que cativou Francisco Oliveira, na fase de preparação para a missão, foi a oportunidade de tomar parte num plano de formação que privilegia não só a parte teórica mas também o trabalho de campo, junto de contextos sociais mais difíceis, como por exemplo o Bairro 6 de Maio, na Amadora, arredores de Lisboa.
“A formação que fazemos fica para a vida e mais tarde podemos contribuir para a sociedade de outra maneira”, salienta o futuro engenheiro.
Outro aspecto “marcante” foi o convívio com os membros da Equipa d’África e o testemunho daqueles que regressavam da missão, que mostraram que, quer em território nacional quer junto das comunidades lusófonas, durante muito ou pouco tempo, é mesmo possível “fazer a diferença”.
Os exemplos “impressionantes” de dedicação ao próximo, de pessoas que se entregam ao serviço sem pedirem nada em troca, “mudaram” os objectivos profissionais do aluno universitário, que quer agora “fazer algo ligado à área humanitária”.
Alteraram também a forma como o jovem gere o seu tempo e estabelece as suas prioridades, que vão hoje em dia muito mais ao encontro das necessidades dos outros.
“Este ano não estava a pensar ir, porque vou estudar para fora mas vale a pena o sacrifício”, reforça.
Depois de um mês e meio no nordeste de Moçambique, em Cabo Delgado, província situada a cerca de 2600 km de Maputo, o missionário lisboeta vai agora para a cidade de Cuamba, na província do Niassa.
Juntamente com outros colegas, Francisco Oliveira vai tentar abrir novos horizontes às pessoas mais pobres daquela região e mostrar-lhes que podem também participar na construção de um futuro mais risonho para o país.
“Se conseguirmos que dois ou três miúdos mudem um pouco os seus ideais e possam contribuir para a sociedade moçambicana, ficamos bem”, conclui o voluntário.
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PRE/JCP
(In Ecclesia – 27JUL2012)
Em tempo:
Equipa d’Africa, estará em Vale de Água (Santiago do Cacém), de 5 a 21 de Agosto
Pela 3ª vez consecutiva, Equipa d’ África estará, nesta Diocese de Beja, mais concretamente, em Vale de Água, nas primeiras semanas de Agosto. Para melhor conhecermos o seu projecto, para estes dias, podemos ler partes do relatório que foi feito após a vivência de 2011.
“O primeiro contacto com Vale de Água, teve como objectivo o levantamento de necessidades existentes na comunidade, e a nível institucional, através do projecto desenvolvido por um grupo de voluntários da Equipa d’ África, em 2010, que proporcionou o novo contacto devido às necessidades diagnosticadas.
Através do contacto com a comunidade, com a Junta de Freguesia de Vale de Água, o Centro de Dia, Associação de Moradores e a Casa do Povo de São Domingos, foi possível depreender que a intervenção, no seio da comunidade, remete para a melhoria da oferta ocupacional da comunidade, promovendo o envelhecimento activo e a juventude activa.
Assim sendo, o projecto remete-se para a necessidade de oferecer uma alternativa ocupacional para a comunidade, especialmente para os jovens e idosos de Vale de Água, por forma a atenuar algumas carências presentes na comunidade, dirigindo-se também para uma mudança a nível social, de forma a envolver e transformar todos os agentes por ele abrangidos, em agentes activos/participantes do mesmo.”
“Este projecto foi implementado na freguesia de Vale de Água, integrada no Litoral Alentejano, no concelho de Santiago do Cacém. A população – alvo, abrangida por este projecto, foi os residentes em Vale de Água e área circundante, com especial incidência nos idosos e jovens ai residentes, e os utentes das entidades parceiras.
As actividades decorreram durante o período de projecto, previsto para a primeira quinzena de Agosto, de 2011. Decorreram semanalmente, sendo desenvolvidas quer em âmbito institucional, através das diferentes parcerias, bem como a nível comunitário, durante a semana e fim-de-semana, para que os indivíduos, grupos e comunidades estivessem em actividade, e fossem igualmente envolvidos na preparação das mesmas.
As actividades estiveram focadas em diversas áreas, como Saúde, Formação, Animação, Pastoral, entre outros.”
Em Moçambique ou no nosso país, na nossa zona ou nos locais mais diversos, se houver disponibilidade interior e espírito de doação e de entrega aos outros, e se estamos impregnados da Boa Nova de Jesus Cristo, temos que dar largueza à nossa vocação missionária. O campo é grande e tanta gente clama por nós!
CDM/Beja