terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Mensagem Quaresmal dos Bispos de Beja

A caminho da Páscoa

A Quaresma é o tempo de preparação para celebrarmos a Páscoa, que é o centro da fé cristã e da história da humanidade. Tempo oportuno para refontalizar e revigorar a nossa vida espiritual, a Quaresma chama-nos à conversão e ao seguimento dos passos de Jesus na sua paixão, morte e ressurreição.




Percurso até à Páscoa
Vamos entrar na Quaresma, tempo de preparação para celebrarmos a Páscoa que é o centro da fé cristã e da história da humanidade. Tempo oportuno para refontalizar e revigorar a nossa vida espiritual, a Quaresma chama-nos à conversão e ao seguimento dos passos de Jesus na sua paixão, morte e ressurreição. A Páscoa é a fonte da vida da Igreja e da iniciação cristã pela qual fomos enxertados em Cristo. Como ensina S. Paulo (cf. Rom 6,3-4), ao sermos batizados morremos e ressuscitamos com Ele para vivermos a sua mesma vida de Filho de Deus dia após dia, até que Ele seja tudo em nós e possamos dizer: jánão sou Eu que vivo, mas Cristo que vive em mim (Gal 2, 20). Celebramos a Páscoa para nos unirmos ao Senhor aceitando ser crucificados com Ele para também com Ele sermos glorificados e manifestarmos assim ao mundo o Seu amor e lhe comunicarmos a Sua vida divina.

Cresceram ao longo dos séculos muitas e belas expressões da vivência da Páscoa na liturgia, na arte, na música do nosso povo. Todos nós conhecemos este refrão tantas vezes repetido, de uma melodia alentejana: Além vai Jesus, que lhe queres tu? Quero ir com Ele, que Ele leva a Cruz.

A Cruz revela-nos a medida do amor de Deus por nós e denuncia também o pecado, nosso e da humanidade, pecado que nos lança por caminhos de maldade, de injustiça, de egoísmo, de indiferença em relação ao sofrimento do próximo. A globalização da indiferença é precisamente aquilo que o Papa acentua na sua mensagem quaresmal deste ano, e convida-nos a convertermo-nos para não cairmos na indiferença para com Deus e o próximo, fechando-se cada qual em si mesmo. A Igreja é comunhão fraterna e porta de entrada para a vida no amor. Não fiquemos indiferentes a tanta indiferença, mesmo que para isso tenhamos de sofrer e de completar no nosso corpo o que falta à paixão de Cristo (Col 1,24), como escreveu S. Paulo.

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

“Como eu vos fiz, fazei vós também“

Tendo bem presente a Carta dos Bispos portugueses, “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”, datada de Junho de 2010, reuniram-se em Fátima, na Casa da Senhora das Dores, no dia 16 de Fevereiro, os Directores diocesanos das OMP. Estiveram representadas 12 dioceses.
Da ordem de trabalhos constava a avaliação das Jornadas Missionárias de 2014, do Outubro Missionário e da Jornada da Infância Missionária. Um a um os directores analisaram estes três eventos, quer a nível nacional quer a nível diocesanas, partilhando as iniciativas e as dificuldades na entrega e uso do material disponível para a vivência destes momentos significativos e marcantes da vida das comunidades. Também foi assinalado caminho que se está a fazer para a implementação da Infância Missionária, caminho que é longo e que tem encontrado algumas dificuldades e resistências.



Foi apontado o lema para as Jornadas Missionárias de 2015:“Com sabor a MISSÃO: … dizer Missão é dizer mais além!” – Missão ad gentes e Igrejas particulares. Este ano, as Jornadas não terão a parceria do Departamento da Pastoral Juvenil e acontecerão nos dias 19 e 20 de Setembro, em Fátima.
Entre outros assuntos falou-se das iniciativas a ter, nas dioceses, para celebrar o 5º aniversário das Carta dos Bispo “Assim como Eu vos fiz”, bem como do Curso e Directores Diocesanos das Missões, dos países lusófonos, em Roma, de 6 a 18 de Julho. Também foram abordados outros temas: listagem actualizada do material a requisitar (Mês de Outubro e Infância Missionária), missionários Ad Gentes de cada diocese e a entrega dos ofertórios (Missões e Infância Missionária) e projectos apoiados pelos mesmos. O director nacional, P. António Lopes, SVD, animou todos os presentes a criar grupos missionários paroquiais e alargar horizontes na dinamização missionária das dioceses de modo a sermos “Igreja em saída” e com um “rosto missionário”.

Levar o Evangelho a todos os lugares, levar alegria aos outros

No dia 17 de Fevereiro, pela manhã, acorreram a Fátima, a convite do Director Nacional das OMP, algumas dezenas de pessoas, vindas de paróquias de várias dioceses ou pertencendo a movimentos ligados a Institutos de Vida Apostólica. A maior parte dos participantes eram leigos ligados aos Secretariados diocesanos, e decidiram-se a reflectir sobre o espírito que deve presidir à Missão, no nosso tempo.

D. António Couto foi o orador convidado e apresentou alguns princípios que orientam os animadores da missão. Na sua exposição, rica e animada, fez referência a alguns documentos que servem para melhor entender e reflectir sobre a missão. Um dos documentos a “Carta Pastoral” redigida pela Conferência Episcopal Portuguesa, a pedido do Congresso Missionário Nacional, é um documento base, orientador da Missão em Portugal. Aquele documento elaborado em 2010, é imprescindível hoje, uma vez que o Papa Francisco nos fala, repetidas vezes, de “ uma igreja em saída”.


Nos últimos tempos, a igreja mudou muito da sua cultura e do seu pensamento. Levar o Evangelho a todos os lugares da terra é um desafio que o Papa nos lança. E pode começar pela paróquia, renovar e modernizar, onde as pessoas se multipliquem, visitando, confortando, escutando e, sobretudo, orando. Levar alegria aos outros e paz é tarefa do “missionário”.
É preciso fazer como Jesus. O modo como se organizam as tarefas, a atitude, a maneira de fazer é que conta, num estilo de comunhão cordial, discipular, que transmita o fundamental: a bondade de Jesus.
A liderança cristã é centrada em Cristo, orientada para o serviço, não para o autoritarismo, status e poder. Liderar não é exercer o poder, mas sim, capacitar as pessoas (dar-lhe poder) para alcançarem resultados. Esta é a missão dos leigos. Implementar a Missão na paróquia é fundamental, a missão abre horizontes, não fecha.
Ser missionário é um dever de todo o batizado. É preciso anunciar que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-lO.
O tempo correu e não foi possível escutar toda a “lição” do pastor e irmão-bispo, D. António Couto que, na homilia, brindou os presentes ao falar do único Pão que sacia e dá Vida.
A tarde, foi preenchida com a coordenação do Director Nacional que foi expondo vários assuntos, interpelando os presentes para uma partilha e testemunho das iniciativas feitas nas várias dioceses e aos vários níveis. Foi salutar este momento de troca de experiências e de actividades.
No final, para além de apontar as datas mais significativas (Curso de Missiologia-Agosto, Jornadas-Setembro, Missões-Outubro e I. Missionária), o P. Lopes interpelou os presentes sobre a necessidade da formação e a data da mesma. Todos foram unânimes quanto à continuidade da formação e, no tocante à data, foi decidido que seja a um sábado, pois no Carnaval, não sendo feriado, muita gente está a trabalhar.
Dos testemunhos recolhidos, e citando dois participantes, ouvi:” Valeu a pena, vir a Fátima. Agora, entendo o desafio da Missão!”


                                     P. Agostinho de Sousa, CDM/Beja

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco
Quaresma 2015


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015

«Fortalecei os vossos corações» (Tg5,8)


Amados irmãos e irmãs!


Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é  sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2  Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo  tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou  primeiro»   (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós,  conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa  procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada  um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente  dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos  interessam os seus problemas, nem as tribulações  e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração  cai na indiferença: encontrando-me relativamente  bem e confortável, esqueço-me dos que não estão  bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um  mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de  enfrentar.

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Três novos diáconos ao serviço da Diocese

Na “Sintra do Alentejo” como é também conhecida, mais propriamente, na Igreja paroquial de S. Martinho das Amoreiras, foram ordenados Diáconos, Frei Adenilson, Frei Adriano e Frei Diogo. São naturais do Brasil e membros professos do Instituto Milícia de Cristo, fundado por Monsenhor Alonso Benício Leite. Para marcar a data do centenário do nascimento do Fundador – nasceu a 15 de Fevereiro de 1915 – a Comunidade dos Milicianos que trabalha em 6 paróquias do concelho de Odemira, ofereceu à Igreja e à diocese o dom do serviço e da entrega a Deus e aos irmãos, destes três missionários.




Estiveram presentes os Bispos de Beja, D. António Vitalino e D. João Marcos, bem como representantes do Seminário de Évora, alguns sacerdotes diocesanos, diáconos e seminaristas, sacerdotes e irmãs, membros de institutos de vida consagrada a trabalhar na diocese, representantes e membros das autarquias e colectividades locais. O P. Cartageno, dirigiu o coro que solenizou a Eucaristia. Uma vasta assembleia de fiéis, composta por gentes das ‘paróquias milicianas’ e de paróquias vizinhas, acompanhou a solene celebração de ordenação, algo inédito, nestas paragens.

Sucederam-se os ritos, desde a chamada dos candidatos até ao momento sempre singular da prostração. A promessa de obediência, a imposição das mãos, o revestir-se das vestes próprias e o abraço da paz, tocaram o coração dos novos diáconos, mas também de todos os que testemunharam a sua decisão, o seu Sim.

A Eucaristia foi muito bem vivida e participada e, no final, o P. Reuber, em nome do Superior Geral, P. Ayrola, agradeceu a Deus, a todos os presentes, pela amizade, colaboração, pelo trabalho e por tudo o que neste dia aconteceu. Terminada a celebração, muitos dos presentes saudaram os novos diáconos e continuar a festa na refeição-partilha, servida na ADESMA.



Em nota de rodapé, foi interessante ver presentes na celebração os novos diáconos que, nos últimos meses participaram activamente nas Missões Populares, bem como outros três que, em lugares diferentes, também já viveram esta experiência. Na Assembleia, eram visíveis, muitos rostos que foram membros dinamizadores da experiência missionária que se viveu em muitas das paróquias do Arciprestado de Odemira.

Que este momento feliz, vivido em S. Martinho das Amoreiras, seja um marcante na vida de quantos nele participaram e a todos impulsione dar um rosto missionário à nossa Diocese e a toda a Igreja!

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Testemunho


Um Ano de Voluntariado Missionário

Chegada de Itoculo- Moçambique, à algum tempo, só agora me sinto capaz de vos transmitir algo do que foi, sem dúvida, a melhor experiência da minha vida.
O regresso não é fácil como parece. O facto de deixarmos de dar tanto o quanto dávamos, de perder aquele efeito surpresa, de não receber aquela alegria todos os dias, afecta muito o regresso. Ainda assim, a vida continua e, por enquanto, em Portugal. Ele há-de saber o resto do meu caminho!



Uma experiência de voluntariado Missionário como a que realizei durante um ano em Itoculo, Moçambique, é o que aconselho vivamente a todos.

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mudança e atualização

1. Interpelações da mudança
De 26 a 29 de janeiro, em Albufeira, o clero das dioceses de Évora, Beja e Algarve realizou as oitavas Jornadas de Atualização, promovidas pelo Instituto Superior de Teologia de Évora, subordinadas ao Tema - Que pastores para a Igreja no mundo atual? Há cinquenta anos atrás o concílio Vaticano II, convocado pelo bom Papa João XXIII, agora proclamado santo, refletiu sobre quase todos os aspetos da doutrina e vida da Igreja sob o prisma do seu significado para o mundo, fenómeno que ficou conhecido pela palavra italiana aggiornamento, que podemos traduzir por por-se em dia, atualizar-se.



Para uns isso foi um escândalo e para outros um sinal de primavera, de rejuvenescimento. Como pode Deus e a revelação da sua vontade atualizar-se? Não será antes a humanidade que tem de adaptar-se? Por outro lado, como tornar significante hoje o que foi expresso numa cultura do passado? Afinal, quem tem de adaptar-se?

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