terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Igrejas cristãs assinalam semana de oração pela «unidade»

«Chamados a proclamar os altos feitos do Senhor» é o tema das celebrações que decorrem entre 18 e 25 de janeiro.

A Comissão Ecuménica Diocesana do Porto vai promover diversas iniciativas na semana de oração pela unidade, entre hoje e 25 de janeiro, um “tempo importante” para celebrar e testemunhar este movimento com a cidade. “As Igrejas Cristãs do Porto, com sensibilidade ecuménica, assumem a busca da unidade desejada por Jesus, como parte integrante da sua missão, desde longa data”, explica um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A Comissão Ecuménica Diocesana do Porto informa que a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com o tema ‘Chamados a proclamar os altos feitos do Senhor’, começa com a celebração na Igreja Metodista do Mirante, na Praça Coronel Pacheco, às 21h30 de hoje. Nesta celebração de abertura vai ser lançado o ‘Roteiro Ecuménico de Oração’, com propostas ecuménicas para o ano 2016, abertas a quem pretende saber mais sobre “as tradições eclesiais e suas propostas”.

Do programa preparado para esta semana na Diocese do Porto destacam-se também duas celebrações ecuménicas na quarta-feira: No Mosteiro de Bande, em Paços de Ferreira, promovida pela Irmãs Carmelitas e pela vigararia local, às 21h00; e a Oração de Taizé na igreja das Taipas, no Porto, promovida pelos jovens das Igrejas Cristãs.

A celebração ecuménica nacional é na igreja Presbiteriana da Figueira da Foz e conta com a participação dos hierarcas das Igrejas, no dia 23 de janeiro, às 15h00. ‘Chamados a proclamar os altos feitos do Senhor’ é o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristão de 2016, inspirando na Primeira Carta de S. Pedro (I Pedro 2,9).

Os textos para este Oitavário, de 18 a 25 de janeiro, foram preparados por um grupo de representantes de diversas regiões da Letônia, por iniciativa do arcebispo católico de Riga, e as palavras e expressões usadas foram retiradas da Tradução Ecuménica da Bíblia. Como introdução ao tema - Chamados a proclamar os altos feitos do Senhor – é apresentado o “mais antigo batistério” da Letónia com origem em São Meinhard, “o grande evangelizador” deste país, que agora situa-se no centro da catedral luterana de Riga, a capital, proveniente da Catedral de Ikskile.

“O local do batistério, bem perto da bela cátedra esculpida da catedral, fala com eloquência do vínculo entre batismo e pregação, assim como do chamado a proclamar os altos feitos do Senhor, dirigidos a todos os batizados”, explica o guião do Oitavário.

A Letónia apresenta-se como uma “ponte” entre as tradições católicas, protestantes e ortodoxas e seis tradições religiosas têm reconhecimento oficial, e segundo dados oficiais de 2011: 34,3% são luteranos; 25,1% católicos; batistas, 19,4% ortodoxos ou Velhos-Crentes e o judaísmo.

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos começou a celebrar-se em 1968 e teve como primeiro tema ‘Para o louvor de sua glória’ (Efésios 1,14).
Portugal preparou o material do Oitavário de 1996 que teve como tema ‘Eis que estou à porta e bato’ (Apocalipse 3, 14-22) e encontro preparatório realizou-se em Lisboa.

CB/OC - Porto, 18 jan 2016 (Ecclesia)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

“Cuidar das pessoas» é o objetivo
do Refeitório das Filhas da Caridade”

2016 - Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar

A irmã Celeste Lopes, das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, é desde maio de 2005 o rosto do serviço aos mais frágeis e menos favorecidos da sociedade no Refeitório Beata Rosália Rendu acolhendo todos os credos e culturas.


“A este refeitório chegam pessoas de todas a raças, todas as cores, todas as religiões e fazem a refeição em média 35 a 40 pessoas. Depois há um grupo de famílias que apoiamos, cerca de 25 agregados com 33 crianças até aos 19 anos”, explica a religiosa na entrevista pulicada na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA.

Este serviço social surgiu para apoiar refugiados e migrantes sem documentos quando “acabaram as grandes obras da construção civil”, em 2005, contextualiza a irmã Celeste Lopes.

Um alerta geral dado a todas as províncias da Companhia das Filhas da Caridade para que se “adaptassem às novas pobrezas”, mesmo estando na génese desta congregação a assistência aos pobres.


O refeitório Beata Rosália Rendu, no Campo Grande, em Lisboa, surgiu de um acordo com o Serviço dos Jesuítas aos Refugiados – Portugal (JRS) e o então ACIME (Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas) há 11 anos.

“Eles (JRS) tinham a missão de acompanhar a nível jurídico, médico e as religiosas ficaram com uma das partes principais, a humana, assinala a irmã Celeste Lopes. “Muitas vezes eles chegavam aqui e pareciam tudo menos pessoas humanas porque a rua é a mãe de todos os vícios e eles metem-se em muitos vícios. Muitos conseguiram recuperar”, conta.

10 anos após a sua fundação, o refeitório Beata Rosália Rendu, em 2015, serviu 49.116 refeições, mais ou menos 150 por dia. Para além das refeições quem procura o refeitório das Vicentinas pode também fazer a higiene pessoal e lavar a roupa: “Eles enchem a máquina, tiram a roupa, estendem e cuidam dela. Eu apenas coloco a máquina a lavar”.

Portugueses, migrantes e refugiados de “diferentes culturas e religiões” são os utentes do refeitório e, a irmã Celeste Lopes, “se não vierem referenciados” como muçulmanos ou hindus, por exemplo, informa-se sobre os cuidados a ter com cada um. “A partir daí respeito sempre e tenho comida feita à parte para lhes servir”, afirma, tirando a carne de porco e a de vaca da ementa de muçulmanos e hindus, respetivamente.

O regulamento está afixado na parede do refeitório e o primeiro “dever” é «zelar pela tranquilidade e não criar conflitos» mas há sempre conflitos entre raças, religiões mas ali existe uma “civilização de irmãos”.

A Assembleia da República declarou 2016 como o Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar, e recomendou ao Governo 15 medidas.


Para a irmã Celeste Lopes “devia existir” uma sensibilização “muito grande” nas escolas, colégios, restauração, e, mesmo instituições do Estado, contra o desperdício e crítica quem não dá comida a quem precisa preferindo coloca-la no lixo obrigando “as pessoas a irem lá busca-la”. “É uma forma desumana, acho que é provocar a baixeza do ser humano”,acrescenta a religiosa das irmãs de São Vicente de Paulo.


Lisboa, 15 jan 2016 (Ecclesia) – CB/OC

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Jornada da Infância Missionária 2016
lembra crianças da América Latina

As Obras Missionárias Pontifícias promovem a 6 de Janeiro (ou na quadra da Epifania) a Jornada da Infância Missionária 2016 tendo como lema ‘Com as crianças da América falamos de Jesus’, para transmitir por palavras a “experiência interior do encontro” com Cristo.



“Na festa da Epifania, com os Magos, procuramos Jesus para estar com Ele. É bom ver o ser humano à procura de Deus. É bom ver que somos capazes de escutar a voz de Deus que fala ao coração dos homens”, explicam as Obras Missionárias Pontifícias (OMP).

No guião desta iniciativa, que começou com a preparação para o Natal, esperam que o dia 6 de Janeiro possa ser vivido com “alegria” e que a “Estrela de Belém” ilumine “os caminhos de todas as crianças do mundo inteiro”. “Uma bela maneira de aprender a falar de Jesus é a oração onde aprendemos a louvar a Deus, a dizer-lhe obrigado, a agradecer e a pensar nos outros. Unidos a Jesus, procuramos o que Ele procura, amamos o que Ele ama”, desenvolve.

As OMP apelam a ajudar todas as crianças da América a “falar de Jesus” e sublinham que como os Reis Magos, que “viram uma estrela e seguiram-na”, hoje os pais são estrelas que conduzem as crianças ao encontro com Jesus.
“Eles [pai e mãe] são quem nos conduz à fé mediante a sua educação, que continuam a guiar-nos pelos caminhos do Evangelho, onde, dia a dia, aprendemos a ser ‘discípulos missionários’, onde escutamos o que Ele nos diz para depois o anunciar como convém”,assinalam as Obras Missionárias Pontifícias.

‘Com as crianças da América falamos de Jesus’, é o lema da jornada da Infância Missionária para 2016, a penúltima etapa de um périplo pelos cinco continentes que em 2017 termina na Europa depois de ser dedicado à Ásia em 2013; África em 2014 e a Oceânia em 2015. “Durante estes cinco anos vamos vivendo a experiência de Procurar Jesus; Encontrar Jesus; Seguir Jesus; Falar de Jesus e Acolher a todos como Jesus”, contextualiza o guião desta iniciativa da Infância Missionária.

O cartaz este ano usa a cor vermelha que simboliza a terra que “vai da Amazónia até a Patagónia e ao México, abarcando todo o continente americano” e que significa “paixão, energia, excitação”.
“No âmbito cristão, o vermelho é a cor do Espírito Santo e do martírio. É a cor do Amor que nos leva a falar de Jesus com entusiasmo e alegria. As crianças a transbordar de alegria anunciam, com paixão, umas às outras aquele Jesus que passa como que vindo dos seus corações e que caminha ao encontro das crianças”, desenvolvem as Obras Missionárias Pontifícias.

Lisboa, 05 jan 2016 (Ecclesia)