sábado, 31 de maio de 2014

Missão @d gentes: Itoculo – Moçambique

Os batuques voltaram a soar e cantaram-se os Aleluias

Aleluia! Aleluia! Já ressuscitou Nosso Senhor Jesus Cristo! Em Itoculo-Moçambique, não foi diferente. Aqui, o tempo quaresmal foi passado sem o toque dos batuques, com mais simplicidade e renúncia mas, sinceramente, com pouco sacrifício. E porquê? A resposta é simples: quando se faz o que se gosta não é sacrifício nenhum.
Este tempo, é aquele em que o povo mais sofre a fome e a miséria. Por isso, rezam para que a chuva vá regando as suas “machambas” para que consigam produzir algum milho, feijão e amendoim que irá ser o sustento de todo o ano.


Renunciar para outros pobres é uma obra de Deus
Esta é uma região muito pobre. Mesmo assim, as comunidades organizaram-se e a renúncia quaresmal deste ano teve como destino a República Centro Africana: Um gesto de solidariedade para quem convive com a guerra e com a pobreza todos os dias. É comovente ver pessoas que mal comem a fazer a sua renúncia para outros pobres. É verdadeiramente uma obra de Deus.
Todas as sextas-feiras fazíamos a Via-Sacra com a comunidade local por um trajecto construído, para o efeito, pelo nosso pároco. A Via Sacra da Sexta- feira Santa foi bem regada com muita chuva. Apesar de um pouco molhados, a chuva foi uma bênção para o povo. 

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sexta-feira, 30 de maio de 2014

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS


«Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»
Queridos irmãos e irmãs,

Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Prontos a ouvir e a aprender uns dos outros
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.



No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tempos da Missão e seus desafios


- Paróquias confiadas aos Milicianos de Cristo -

As paróquias de Santa Luzia e de S. Martinho das Amoreirasestão a viver o tempo forte da Missão Popular. O facto de serem duas paróquias e de S. Marinho das Amoreiras ter três comunidades com igreja própria e ritmo celebrativo, exige um desdobrar permanente de programas e faz com que a equipa missionária se envolva em trabalhos diferentes e complementares.


A visita da imagem de Nossa Senhora das Missões às várias comunidades tem proporcionado momentos muito intensos de oração e de interioridade. Permanecendo quatro dias em cada localidade, a Senhora, Estrela da Missão, ajuda a criar ambiente para as celebrações temáticas (Palavra, Igreja, Família), para momentos de encontro com doentes e crianças e abre caminho para o início e fortalecimento das Assembleias familiares.
Em Santa Luzia estão a funcionar duas, com nomes sugestivos: ‘Pedras Vivas’ e ‘Um só coração e uma só alma’. Em Amoreiras-Gare, iniciaram o estudo da Palavra, duas comunidades. A pouco e pouco, em momentos e ritmos diferentes, cada lugar faz a experiência das comunidades dos Actos dos Apóstolos.
A visita a cada casa, com tempo de oração e bênção, tem-se tornado um momento forte de encontro e de descoberta. As histórias de vida, as experiências de fé e os caminhos percorridos pelas pessoas são dignos de registo e de reflexão.
A passagem da Imagem peregrina tem criado um dinamismo de comunhão e de partilha. As pessoas não só se deslocam de um lado para o outro, como também rezam em comum, transmitem vivências e criam laços de amizade e de fé. Nota-se que cada igreja ou local de encontro é de todos e para todos. Embora não sendo um ‘milagre’ é algo que não acontecia há bem pouco tempo.
Há comunidades em pós-Missão (Colos e Relíquia), outras, estão em Missão (Santa Luzia e S. Martinho das Amoreias) e, desde o último fim-de-semana, Vale de Santigo e Bicos, encontram-se em pré-Missão. Estar em Missão, viver a Missão é desafio permanente.
Que o Espírito Santo toque o coração e a vida de todos os homens e mulheres destas seis paróquias para que se deixem modelar e impregnar pelos seus dons e frutos, construindo comunidades vivas, responsáveis e comprometidas, ao serviço de Deus e dos irmãos!


P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

terça-feira, 27 de maio de 2014

Renascer da Esperança



1. Sem verdade não há futuro
Por esta altura do ano muitos estudantes do ensino superior terminam os seus cursos em ambiente de grande festa, da qual faz parte a chamada bênção das pastas, mais propriamente bênção dos finalistas.

Desde há quinze anos que presido em Beja a essa bênção. Fico sempre com a impressão que as orações, as leituras bíblicas, os discursos e os cânticos, embora preparados com muita antecedência e fazendo parte da festa, pouco penetram na mente e no coração dos presentes. Mas fazem parte da festa.


Pela décima quinta vez fiz o meu papel no passado dia 24 e procurei não estragar a festa. A reflexão que tinha preparado foi reduzida ao mínimo, mas aqui deixo alguns dos pensamentos que gostaria de ter transmitido, mas que apenas enunciei.

Em primeiro lugar, pergunto-me pela solidez dos diferentes cursos superiores, alguns com nomes muito semelhantes, mas que pouco têm a ver com a realidade social e empresarial do nosso meio. Além disso interrogo-me se a aprendizagem cria hábitos sólidos de reflexão, de investigação, de trabalho e de construção de um mundo melhor, de relações harmoniosas entre as pessoas e a natureza.

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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Formação Bíblica – Encontro Arciprestal



No âmbito do lema diocesano para este ano pastoral, o Arciprestado de Odemira, organizou um Encontro de Formação Bíblica. Aconteceu no dia 24 de Maio e teve lugar em Amoreiras-Gare, localidade onde está a decorrer a Missão Popular. O tema“Iluminados pela Palavra: A Bíblia na vida da gente” foi tratado porFrei Gonçalo José Gomes Figueiredo, Franciscano. Embora com algumas intermitências, a assembleia chegou às cinco dezenas de participantes, a maior parte vindos de Santa Luzia, Colos, Amoreiras-Gare e S. Martinho das Amoreiras. Entre eles, também estiveram representações de Odemira e Sabóia.
O salão da Associação para o Desenvolvimento de Amoreiras-Gare (ADA), estava alindado com a frase sugestiva ‘Nós somos as Pedras Vivas’ e enriquecido com a imagem da ‘Senhora das Missões’, a Estrela da Evangelização, Aquela em cujo seio a Palavra se fez carne.
Após a oração inicial, Frei Gonçalo Figueiredo, começou a desenvolver o tema em estudo e começou por mostrar o caminho a percorrer, colocando em destaque 3 figuras – S. João XXIII, S. João Paulo II e Bento XVI – e 3 documentos: Concílio Vaticano II - Dei Verbum (DV), Catecismo da Igreja Católica (CIC) e a Exortação Apostólica “Verbum Domini”. Para criar ambiente de escuta, o conferencista pegou no texto do Livro do Deuteronómio Escuta, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (6, 4-9) e explicou palavra por palavra, atitude por atitude, o modo como escutar a Palavra de Deus.
Com uma linguagem simples e incisiva, interagindo com a assembleia e apoiado em textos projectados em ecrã, o conferencista percorreu a Dei Verbum, nomeadamente os números que falam da Revelação (DV2), da Revelação e Tradição (DV9), da inspiração Divina (DV11), da interpretação e dos géneros (DV12), da excelência do Novo Testamento (DV18), da Palavra na vida da Igreja (DV21) e da Bíblia e Teologia (DV24).
O mesmo método e dinâmica foram usados na apresentação do Catecismo da Igreja Católica (nºs 50 a 141) e da Verbum Domini. Apoiado no pensamento de S. Jerónimo “Desconhecer a Bíblia é desconhecer Cristo”, Frei Gonçalo incentivou os presentes a saborear a Palavra e a deixarem-se cultivar por ela, de modo a que a vida e o testemunho, sejam expressão visível do Amor de Deus.
Por fim, foram expostos os caminhos da “Lectio Divina”. Explicada e assumida esta forma de rezar a Palavra, os participantes neste momento forte de escuta, de meditação e de estudo, sentiram que há um caminho longo a percorrer para que, como os discípulos de Emaús, aqueçam os seus corações com a explicação da Sagrada Escritura e se deixa que ela ilumine a vida.
Esta iniciativa arciprestal, necessária e fundamental, agradou a todos. Sugeriu-se que haja mais acções de formação bíblica e que estas sejam mais divulgadas para que mais pessoas possam participar neste banquete saboroso e suculento.

P. Agostinho Sousa, CM


terça-feira, 20 de maio de 2014

Construir o futuro


1. O imediato e o futuro

Desde há 20 anos que no dia 15 de Maio se celebra o Dia Internacional da Família, instituído pelas Nações Unidas em 1993. Na semana em que isso ocorre a Igreja dedica-a à reflexão e oração pela vida. Este ano deu-lhe o título de gerar vida, construir o futuro. Isto significa que tanto a sociedade civil como a Igreja reconhecem o valor fundamental da família, embora nem sempre vista pelo mesmo prisma. Inspirando-me na iniciativa destas organizações mundiais, vou tecer algumas considerações sobre a família, a vida e o futuro da humanidade.



Vivemos muito absorvidos pelo imediato, a realização pessoal, o emprego, os prazeres individuais, a conjuntura presente de crise e temos pouca sensibilidade e disposição para enfrentar os problemas estruturais da vida e da sociedade, aqueles que terão significado no futuro da humanidade. Daí o consumo desenfreado e a exploração da natureza, sem respeito pelas futuras gerações e uma sã ecologia, necessária à qualidade de vida de todos os seres.

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

A Missão está em Santa Luzia e S. Martinho das Amoreiras



Depois de Colos e de Relíquias viverem a Missão Popular, agora é a vez das paróquias de Santa Luzia (concelho de Ourique) e de S. Martinho das Amoreias (concelho de Odemira) e suas comunidades (Amoreiras-Gare e Aldeia das Amoreiras) acolherem este tempo forte de evangelização. Em pleno tempo pascal e na segunda metade do mês de Maio, estas terras, confiadas ao cuidado pastoral da comunidade dos Milicianos de Cristo, fazem a experiência do encontro com o Senhor ressuscitado e com a Mãe da Igreja, invocada como Senhora das Missões.
A abertura da Missão aconteceu dia 17, sábado, quando a comunidade de Colos, levou a imagem da Senhora à vizinha povoação de Santa Luzia. Os sinos tocaram em tom de festa e as pessoas, reunidas à volta da igreja, acolheram “a Senhora, mais brilhante que o sol”. Após as boas-vindas, deu-se a Procissão de Velas pelas ruas principais da aldeia. Guiados pela cruz do Ressuscitado, muitos foram aqueles que fizeram o caminho da luz. Ao chegar ao Lar e Centro de Dia fez-se uma paragem. Aí, diante da ‘universidade da vida’, junto daqueles que mourejaram a vida toda e agora têm o carinho de uma casa que os acolhe, fez-se um tempo de reflexão, meditando sobre a vida e exemplo da Virgem Maria, que sempre fez a vontade do Senhor e que, nas diversas etapas do seu viver, soube estar atenta ao plano de Deus.
Homens e mulheres, rezavam e cantavam e as crianças, empunhavam uma grande e bela faixa que dizia: “Nossa Senhora, rogai por nós”. Estava dado o início da Missão Popular. Um grande grupo de pessoas encheu o templo por completo e foi desafiado a levar o anúncio a todas as casas e pessoas. A Missão estava na Rua.

Envio e visitas às casas
A Eucaristia dominical, na Igreja de Santa Luzia, foi festiva. No momento próprio, a equipa missionária composta pelas Irmãs do Bom Pastor, de Colos, pela comunidade dos Milicianos de Cristo e pelo Godfrey, de Vila Nova de Milfontes, depois da invocação do Espírito Santo e da imposição das mãos, recebeu a Cruz da Missão, como sinal de envio e de identificação neste projecto missionário. O mesmo aconteceu com uma dúzia de Animadores locais.
De tarde, em três equipas, missionários e animadores, começaram a visitar cada família, convidando a todos à oração e implorando a bênção de Deus e a protecção da Mãe de Deus. O abrir das portas, o diálogo que ajudou a explicar melhor o espírito da Missão, fez-nos ver melhor a realidade da vida das pessoas: muita gente de idade que vive sozinha, carregada de sofrimentos e dificuldades. Gente nova, não existe ou é em número reduzido. As poucas crianças que participaram na Eucaristia ou que encontramos pelo caminho, vão à escola a Garvão; jovens, quase que não os há. Vimos um ou outro, no café, porque havia jogo de futebol, na televisão.
A todos foi feito o convite para participar nos momentos comunitários da Missão. Muitos dos convidados responderam afirmativamente ao participarem no ‘Terço vivo’, à noite, na Igreja. Os missionários e os Animadores continuam este tempo de “ir ao encontro” de todos e mostram-se disponíveis para levar a notícia da Missão. Aguardam-se os próximos dias. O apelo é feito e as programações são conhecidas. Contamos com o empenho e participação de muitos nas celebrações e nas Assembleias.
As outras Aldeias estão a preparar-se para a chegada da Imagem da Senhora e, deste modo, viverem, de uma forma mais empenhada, este tempo de Missão.

Encontro de Formação sobre a Palavra de Deus
No contexto da programação do plano pastoral da Diocese e para este tempo da Missão, os párocos do Arciprestado de Odemira, propuseram um dia de reflexão bíblica, destinado a todas as Comunidades.
Será no próximo sábado, dia 24 de Maio, das 10h00 às 16h30, no Salão das Festas de Amoreiras-Gare. O tema “Iluminados pela Palavra - A Bíblia na vida da gente” será trabalhado por FreiGonçalo José Gomes Figueiredo, Franciscano.
Será um dia em cheio e ajudará todos os participantes a conhecer melhor o Livro Sagrado. S. Jerónimo deixou-nos um pensamento muito importante e desafiante: “Desconhecer a Bíblia é desconhecer Cristo”. O cristão, discípulo de Cristo, não pode desconhecer a Bíblia.
Não é todos os dias que nos é proporcionada esta oportunidade. Por isso, todos devem fazer um esforço para participar. Como missionários que somos, devemos ajudar outros a participar neste encontro: dar a conhecer, colaborar no transporte, incentivar à participação, são algumas das formas de ajudar mais alguém a aprender a saborear a Palavra de Deus, a deixar-se iluminar por ela.


P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A mulher, Fátima e os portugueses


1. A mulher e Maria
Nestes dias Fátima atraiu ao seu santuário milhares de pessoas de todo o mundo. Embora nem todas movidas pelas mesmas intenções, no entanto a grande maioria por causa da sua devoção a Nossa Senhora, Maria, a mãe de Jesus, que em 1917, na Cova da Iria, apareceu a três crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, confiando-lhes uma mensagem referente a todo mundo, então em plena grande guerra, a primeira das duas apelidadas de grandes, cujo cenário foi o centro da Europa, mas que, pela primeira vez, envolveram todo o mundo, enfrentando-se em dois blocos opostos. Mas estas crianças pouco sabiam da geografia e da história do mundo.



É fascinante ler as diversas memórias da irmã Lúcia sobre os acontecimentos, escritas a pedido de várias autoridades eclesiásticas, responsáveis pela investigação e considerar muitos dos factos importantes acontecidos posteriormente e relacionados com estas aparições. Deslumbra-nos também a atracção de Fátima sobre tantos milhares de pessoas, muitas fazendo longos percursos a pé e cumprindo promessas de muitos modos, alguns pouco habituais.

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terça-feira, 13 de maio de 2014

Jornadas Missionárias 2014



Com o tema: “Família, um projecto…” para as próximas Jornadas Missionárias a realizar nos dias 20 e 21 de Setembro em Fátima, juntamente com a Pastoral Juvenil, queremos dar o nosso contributo à reflexão e à acção da preocupação do papa Francisco que Francisco colocou a Família no centro das suas preocupações, e por isso vai haver um sínodo extraordinário em Outubro de 2014 e um sínodo ordinário em 2015, sobre os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.


Hoje as famílias vivem uma situação paradoxal: por um lado, ela é o objectivo de todos, uma vez que todos querem ter uma família, pois a própria felicidade se identifica com esse objectivo. Por outro lado, vemos incontáveis lares desfeitos, divididos em todos os horizontes.

É importante olhar a realidade como ela é. Se por um lado a realidade nos diz que a família é uma reserva de valores; por outro vemos uma cultura que exalta o individuo e leva ao individualismo. Como fazer?

É verdade que há dias alguém me perguntava: “Mas este tema tem a ver com a Missão?”. “Claro”, respondi. Porque penso que tudo o que é humano diz respeito à Missão, como diz respeito à Igreja. O próprio Jesus viveu numa família. Aí cresceu, aprendeu a amar, a andar, a falar, a rezar…

A própria Missão nasce de Deus Família, encarna-se numa família biológica, cultural, religiosa. Não é missão da Igreja fazer da humanidade uma família? É por isso que a família é sempre um projecto em todas as suas vertentes e componentes.

Estas Jornadas, estou em crer, abordam a família nas suas diversas componentes e descobriremos que deveremos estar junto das famílias com benevolência, para as apoiar nos seus desejos de viverem melhor, de ser comunidades de fé, de partilha, de respeito, de atenção, de crescimento e de solidariedade. E ao mesmo tempo, alertar para tudo o que faz definhar: a violência, o ciúme e a inveja, a mentira. Na família, todos sabemos, somos capazes do melhor, do mais belo, como também do mais terrível.

A família é uma comunidade que se reúne, que se recebe pelo amor vivido, pela palavra comum, pela atenção à totalidade da existência de cada membro.
Uma família é o lugar do diálogo. Graças à palavra a criança aprende a dar nome ao mundo, e a exprimir os seus sentimentos: o seu amor e os seus medos, a sua confiança, os seus desejos e as suas inumeráveis questões. É aí que conhece a relação entre o amor e a verdade, o perdão e a solidariedade, o “eu” o “nós” e os “outros.

Uma família não inventa as suas leis. Ela encontra-as já estabelecidas. Felizmente colocadas pelas gerações que a precederam, pela sabedoria que se antecipou. Mas é ela, na particularidade que é a sua, de as pôr em acção para que sirva a vida, para que cada um se torne no que ele é, um ser único mas no convívio com todos.

Se as famílias são frágeis por definição, elas são ao mesmo tempo esse lugar único onde sempre se pode manifestar o milagre de amar de novo, amar ainda mais, para além das incompreensões, sofrimentos, desilusões. Amar e sentir-se amado. É que o amor de Deus faz que da sua própria família nos abramos a uma nova família: à família da sociedade, à família da Igreja, à família do mundo. Não é isto a Missão?

Inscreve-te e participa. As Jornadas também têm necessidade do teu ponto de vista e do teu contributo para anunciar novamente a beleza da família cristã.


P. António Lopes, SVD
Director Nacional OMP

segunda-feira, 12 de maio de 2014

SEMANA DA VIDA




Oração pela Família

«Jesus, Maria e José,
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje dirigimos o olhar com admiração e confiança;
em vós contemplamos a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.
Sagrada Família de Nazaré, escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades quotidianas da vida.
Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração e
transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade, sustenta o nobre cansaço do trabalho,
da educação, da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.
Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família, bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos, para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.
Jesus, Maria e José
a Vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.»

(Oração do Papa Francisco

à Sagrada Família)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Vocação e vocações



1. Chamados à responsabilidade

Na última nota escrevi sobre o significado da liberdade, condição fundamental da dignidade da pessoa humana e das liberdades, que nem sempre dignificam o ser humano, sobretudo quando o seu exercício não tem em conta todas as relações em que estamos inseridos. Isto significa que precisamos de crescer na responsabilidade no modo como vivemos a nossa liberdade, na multiplicidade das relações para que aponta o nosso ser pessoa. Neste sentido irei tecer algumas considerações sobre a nossa existência como uma vocação para a responsabilidade na construção de relações interpessoais, em que o maior bem de todos é fundamental, no respeito pelas possibilidades de cada um e também da natureza, a fim de criar um ambiente de harmonia e de paz, essencial para um desenvolvimento integral.

Recebendo a vida como um dom, pela educação vamos aprendendo a ser gratos por isso e a retribuir a pouco e pouco, transformando o dom em oferta de nós mesmos e das nossas capacidades, para que a cadeia destas atitudes fundamentais se prolongue no tempo e no espaço e assim realizemos a finalidade da existência, criando um mundo melhor e mais belo.

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segunda-feira, 5 de maio de 2014

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES



Pai Santo,
que a todos nos chamas:
das casas e das famílias,
das escolas e das paróquias,
dos movimentos e dos grupos,
para sermos um só corpo em Jesus Cristo
e vivermos segundo o Espírito da verdade;
faz de nós autênticos discípulos,
no Matrimónio, no Sacerdócio,
na Vida Consagrada,
na missão e no serviço,
ao encontro do outro
para unificar a nossa existência
e testemunhar a alegria
e a beleza do Evangelho.
Ámen.