quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ensino Superior e internet

1 - Bênção das Pastas em Beja

No dia 23 de maio Beja voltou a ser palco de uma bênção de finalistas, vulgarmente chamada de bênção das pastas das várias escolas do ensino superior do Instituto Politécnico, que trouxe à cidade sempre pacata milhares de pessoas de todo o país. Embora por poucas horas, este é o evento que, depois da Ovibeja, mais gente traz a esta capital de distrito. Nestes meus 16 anos como bispo de Beja, foi a primeira vez que este acontecimento se realizou no recinto do Instituto, dado que o pavilhão multiusos da feira de Beja, onde nos últimos anos se realizava esta festa, não reunia condições acústicas para uma celebração festiva litúrgica. Foi também a primeira vez que consegui proclamar a homilia que tinha preparado, apesar de a maioria das pessoas ficar ao sol e de pé.



Na homilia desenvolvi alguns pensamentos que julgo de importância para ajudar estes jovens que terminaram os seus cursos a construir uma sociedade menos desigual, mais fraterna, justa e ecológica.


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terça-feira, 26 de maio de 2015

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 89.º DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
18 de Outubro de 2015
Queridos irmãos e irmãs,

Neste ano de 2015, o Dia Mundial das Missões tem como pano de fundo o Ano da Vida Consagrada, que serve de estímulo para a sua oração e reflexão. Na verdade, entre a vida consagrada e a missão subsiste uma forte ligação, porque, se todo o baptizado é chamado a dar testemunho do Senhor Jesus, anunciando a fé que recebeu em dom, isto vale de modo particular para a pessoa consagrada. O seguimento de Jesus, que motivou a aparição da vida consagrada na Igreja, é reposta à chamada para se tomar a cruz e segui-Lo, imitar a sua dedicação ao Pai e os seus gestos de serviço e amor, perder a vida a fim de a reencontrar. E, dado que toda a vida de Cristo tem carácter missionário, os homens e mulheres que O seguem mais de perto assumem plenamente este mesmo carácter.




A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca também a cada forma de vida consagrada, e não pode ser transcurada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da «gramática» da fé, é algo de imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra «vem» e «vai». Quem segue Cristo não pode deixar de tornar-se missionário, e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).

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sábado, 23 de maio de 2015

PENTECOSTES

Veni, Sancte Spiritus



Vinde, ó santo Espírito, vinde, Amor ardente,acendei na terra, vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres: na dor e aflições,vinde encher de gozo, nossos corações.

Benfeitor supremo, em todo o momento,habitando em nós, sois o nosso alento.

Descanso na luta e na paz encanto,no calor sois brisa, conforto no pranto.

Luz de santidade, que no Céu ardeis,abrasai as almas dos vossos fiéis.

Sem a vossa força e favor clemente,nada há no homem que seja inocente.

Lavai nossas manchas, a aridez regai,sarai os enfermos e a todos salvai.

Abrandai durezas para os caminhantes,animai os tristes, guiai os errantes.

Vossos sete dons concedei à almado que em Vós confia:

Virtude na vida, amparo na morte,no Céu, alegria.

(Sequência da liturgia do Pentecostes)


Espírito Santo - O segredo de Deus
Alguém veio dizer-me que o Espírito Santo é em nós, o que o açúcar é no chá. Acontece algumas vezes que não achamos bom o chá.
Descobrimos então a causa disso quando se chega ao fundo da chávena: era o açúcar. Havia açúcar lá, mas estava todo no fundo. Teria sido necessário mexer. Talvez o que esteja a faltar à nossa vida também tenha ficado no fundo.
A nossa vida talvez não tenha o sabor esperado porque não temos a coragem de ir ao fundo das coisas. Fazemos caretas como ao tomar o chá sem açúcar.

Precisamos de fazer o esforço de mexer a vida, de tocar nos segredos de Deus em nós, para que o Seu Espírito possa adoçar o todo que somos.

Assim o Espírito Santo é este segredo de Deus em nós. O Espírito está aí mas é preciso mexer.

O Espírito é a “genica” de Deus como tão bem disse o Patriarca Atenágoras: 

Sem o Espírito Santo, /Deus fica longe; /Cristo permanece no passado; / o Evangelho é letra morta; / a Igreja é uma mera organização; /a autoridade um poder; / a missão uma propaganda; / o culto uma velharia; / e o agir moral, um agir de escravos”.

“Mas, no Espírito Santo, / o cosmos é enobrecido pela geração do Reino; / Cristo Ressuscitado torna-se presente; / o Evangelho faz-se vida; / a Igreja realiza a comunhão trinitária; / a autoridade transforma-se em serviço; / a liturgia é memorial e antecipação; / o agir humano é deificado.”

É preciso mexer o que Deus pôs dentro de nós.


Pe. José David Quintal Vieira, scj

terça-feira, 19 de maio de 2015

Supremo princípio da doutrina social da Igreja

1. Conflitos e reconciliação

Nas últimas semanas escrevi algumas notas sobre os princípios fundamentais da doutrina social da Igreja, um precioso património para aplicar a justiça na convivência pacífica dos povos e na coesão social das democracias. Tratando-se de vários princípios, estão todos orientados para a realização da dignidade da pessoa humana, na sua singularidade e nas múltiplas relações em que está inserida. Apesar de tudo, mesmo aceitando esses princípios, nem sempre se está de acordo na sua aplicação. Daí surgem divergências, por vezes violentas, e o recurso a árbitros e tribunais, cujas sentenças podem divergir e deixar insatisfeitas as partes em oposição. Nas últimas semanas os meios de comunicação falam muito de violência nas famílias, nas escolas, nas empresas, em alguns países, da fuga de milhares de pessoas à guerra, à fome, enfrentando inúmeras adversidades e até a morte, etc. Agora que se aproximam as eleições legislativas começa a sentir-se muita violência verbal entre os partidos. Espero que não chegue a vias de facto, de modo que se torne possível criar consensos, para viabilizar um governo.


Estaremos condenados a não nos entendermos e serão os conflitos e guerras violentas um destino inevitável? Embora nem todos acreditem e se orientem pela pedagogia de Jesus Cristo, que a Igreja deve seguir e praticar, vou lembrar aqui a razoabilidade de seu conselho, ou mesmo preceito: sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso (Lc 6, 36). Este preceito é exemplificado de muitas maneiras, como na resposta de Jesus à pergunta do apóstolo Pedro sobre quantas vezes se deve perdoar: até setenta vezes sete, ou seja, sempre (cf. Lc 17, 4).

S. Paulo diz isto mesmo no belo hino à caridade (1 Co 13, 1 ss):se não tiver amor, nada sou. A caridade, no sentido que Jesus a viveu, dando a vida pelos seus inimigos, é realmente o vínculo da perfeição.

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Propriedade e uso dos bens da terra


1. Destinação universal dos bens da terra
Há anos, numa comunidade de base do nordeste do Brasil, fui interpelado por vários participantes, pedindo para que a hierarquia da Igreja assumisse o lado dos sem terra e enfrentasse os grandes latifundiários que registaram terrenos imensos, expulsando do seu território os índios e negando a possibilidade aos pobres de construírem as suas casas nessa área. Este episódio fez-me pensar sobre um dos princípios da doutrina social da Igreja, a que até então dava pouca importância, ou seja, a destinação universal dos bens da terra e a sua relação com a propriedade privada, a liberdade e o trabalho.




Na verdade, a visão bíblica e cristã do ser humano e da sua relação com a terra diz-nos que Deus confiou o mundo aos cuidados do homem, para dele tirar o seu sustento e torná-lo belo e habitável (Gen. 1, 26 ss). Portanto trata-se de um uso transformador dos bens da terra e não duma posse absoluta como proprietário e senhor. A propriedade não é um princípio absoluto, mas está em função do seu uso em ordem à alimentação e ao exercício da liberdade e da expressão da dignidade da pessoa, tendo em conta o bem comum e a solidariedade com os mais frágeis. Esse cuidado e transformação da terra pelo trabalho cria uma relação da pessoa com os bens daí resultantes, conferindo-lhe uma certa propriedade, mais no sentido do uso e administração desses bens que no sentido de posse individual e absoluta. Esta relação não é nem a dos sistemas dos Estados de ditadura socialista nem a do capitalismo selvagem. O papel da autoridade do Estado é no sentido da regulação equitativa e justa dos bens da criação em ordem ao bem comum de todos, evitando que alguns se apropriem deles de modo individualista, impedindo que outros retirem também deles o seu sustento e bem-estar através do trabalho.

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quarta-feira, 13 de maio de 2015

VISITA DA IMAGEM PEREGRINA

 PROGRAMA


Após deixar o Santuário de Fátima, a 13 de Maio, a Imagem fará o seguinte percurso por todas as Dioceses portuguesas: Viseu, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança-Miranda, Lamego, Coimbra, Guarda, Portalegre-Castelo Branco, Setúbal, Évora, Beja (22/11 a 6/12), Algarve, Santarém, Lisboa, Funchal, Aveiro, Angra do Heroísmo, Porto, Leiria-Fátima




VISITA DA IMAGEM PEREGRINA

ÀS DIOCESES DE PORTUGAL

1. Na proximidade do centenário
No âmbito do programa de preparação para o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, as dioceses de Portugal acolherão a imagem da Virgem Peregrina, entre Maio de 2015 e Maio de 2016.
A Igreja em Portugal tem, assim, ocasião para rejubilar de alegria, ao aproximar-se esta celebração. Ao acolhê-la como vivência da fé, exprime a certeza de que Deus nunca abandona a humanidade, mesmo quando a esperança parece vacilar no meio dos dramas e incertezas do tempo presente, mas sempre a conduz para o encontro salvífico com seu Filho Jesus Cristo.



Ao reconhecer às aparições de Fátima o estatuto de revelações, embora particulares, a Igreja está em sintonia com a multidão de homens e mulheres que vivem a fé cristã animados pela força de uma mensagem plenamente conforme ao Evangelho de Jesus Cristo. Nela se encontram os elementos constitutivos do cristianismo: a fé em Deus Trindade Santíssima, a centralidade da Eucaristia celebrada e adorada, a condição da Igreja como Povo de Deus, a figura do Papa como promotor da unidade e da caridade entre os cristãos, a penitência e a oração como meios que conduzem à conversão a Deus e ao amor dos irmãos, a paz em todas as suas dimensões como efeito salvífico da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Por isso, desde muito cedo a própria hierarquia da Igreja acolheu a dimensão sobrenatural das aparições de Nossa Senhora em Fátima. As peregrinações dos Papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, bem como de inúmeros membros do episcopado, do clero e cristãos do mundo inteiro mostram como Fátima está no coração da Igreja. 

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sábado, 9 de maio de 2015

Semana da Vida reafirma «opção pelos mais fracos»

De 10 a 17 de Maio, celebra-se a Semana da Vida 2015, uma iniciativa promovida pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar, com o intuito de reafirmar a «opção pelos mais fracos» da sociedade, denunciando as práticas de aborto e eutanásia.

«A Semana da Vida, este ano com o tema “Vida com dignidade – opção pelos mais fracos”, inscreve-se neste esforço de rumos novos, procurando suscitar o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, com uma atenção muito especial à gravidade do aborto e da eutanásia, sem descurar outros momentos e aspectos da vida», refere o Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF).




Recordando vários números da Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, do Papa Francisco, a Pastoral Familiar reafirma que a «defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano», nem é «opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana».

Neste contexto, de preferência pelos «mais fracos», o Departamento Nacional da Pastoral Familiar propõe um guião que, em cada dia, dedica atenção aos «nascituros, crianças, doentes, pobres e idosos»
.
«Pelo meio, no Dia Internacional da Família, 15 de Maio, destacamos a família. É nela que a Semana da Vida poderá ter a sua melhor celebração. Daí que os gestos, reflexões e orações sugeridos para cada dia, se dirijam às famílias e às pessoas como seus membros», explica a Pastoral Familiar.

A Conferência Episcopal Portuguesa celebra a Semana da Vida desde 1994, uma iniciativa que surge num apelo do Papa São João Paulo II, em 1991, na Encíclica “O Evangelho da Vida” sobre o «valor e a inviolabilidade da vida humana».