domingo, 31 de agosto de 2014

Não sou daqui nem dali …”


“Não sou daqui nem dali, mas de qualquer lugar onde Deus quer que esteja”, disse S. Vicente de Paulo. Esta frase, com toda a sabedoria e disponibilidade que ela encerra, aplica-se às Irmãs Celina, Lucinda, Maria da Conceição e Isabel, da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom pastor e que constituíam a Comunidade de Colos.
Depois de 22 anos de serviço na diocese de Beja e, mais concretamente, em Colos, Relíquias, Santa Luzia, S. Martinho das Amoreiras, Bicos e Vale de Santiago, nas sedes de freguesia, nos montes e aldeias, na catequese e nas escolas, na animação das celebrações dominicais, no atendimento aos pobres e às famílias, nas missões populares deixaram-nos e partiram para outras paragens, para outras comunidades da sua Congregação, em Vila Meã e Lisboa.
Deixaram marca, fizeram caminho. Ao jeito do Bom Pastor e como Maria, deram testemunho da caridade, viveram com o povo e entre o povo. Damos graças a Deus pela dedicação e doação destas mulheres que quiseram e continuam a querer gastar as suas vidas, entregando-se totalmente ao Senhor e aos irmãos.






Carisma e missão
Todos conhecemos as Irmãs do Bom Pastor, sobretudo, na pessoa e na vida as Irmãs Celina, Lucinda, Maria da Conceição e Isabel. Mas afinal quem são e o que fazem as Irmãs da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor?
Chamadas a uma missão de reconciliação, “exprimem o seu carisma de amor misericordioso, através de uma vida apostólica ou de uma vida contemplativa” (Const. Art. 1). A espiritualidade da Congregação coloca o seu acento no amor imenso de Jesus, Bom Pastor, por cada pessoa individualmente.
O serviço das Irmãs apostólicas do Bom Pastor dirige-se particularmente a mulheres, jovens e crianças, feridas pela injustiça, marginalizadas, tais como jovens em situação de risco, por razões sócio-familiares; mulheres e crianças vítimas de abuso; mães solteiras; mulheres vítimas do “tráfico de mulheres”; junto de famílias vulneráveis; junto de mulheres que, tendo conhecido a prostituição, desejam levar uma vida normal; junto dos “sem abrigo” e dos prisioneiros.
São muitas as pessoas que caminham ao lado das Irmãs do Bom Pastor: “Associados Leigos”, Amigos do Bom Pastor, Voluntários e outros Colaboradores, assim como “trabalho em rede”. A oração é uma parte importante da vida quotidiana das Irmãs. Vivem em comunidades mais ou menos numerosas segundo as necessidades, incluindo as “comunidades de inserção” no meio dos mais carenciados.
As Irmãs Contemplativas do Bom Pastor apoiam o trabalho das Irmãs apostólicas, através da sua vida silenciosa e de intensa oração.
Foram fundadas em 16 de Janeiro de 1835 por Santa Maria Eufrásia Pelletier e estão em Portugal desde 10 de Maio de 1881.






Animação missionária
Nos últimos três anos, a Comunidade do Bom Pastor de Colos, para além das actividades específicas e de trabalhar numa zona missionária confiada aos Milicianos de Cristo, deu uma grande colaboração e eram uma presença assídua na animação missionária da diocese.
A Irmã Celina Fraga era membro do Centro Missionário Diocesano e participou activamente nas Missões Populares de Santo André, Odemira, S. João de Negrilhos, Sines, Colos e Relíquias, Santa Luzia e S. Martinho das Amoreiras. Na Missão de Sines, no trabalho específico nas várias escolas, alguém deu o seguinte testemunho sobre a equipa destacada para esse serviço, composta pela Irmã Celina e o seminarista Luís Marques: “O meu bem-haja do fundo do coração pela disponibilidade mostrada, pela candura e sorriso meigo da Irmã Celina, pela tranquilidade e harmonia de que no seu hábito azul surpreendeu a todos. Com a mesma importância se distinguiu a força interior, a determinação, o sentido de justiça e espontaneidade marcados no brilho dos olhos do seminarista Luís Filipe. A vossa dádiva trouxe uma visão mais humanista que acredito ter tocado muitas das crianças e jovens que me fazem acreditar que é possível deixar sementes nos corações de todos de forma a humanizar mais o nosso mundo. Deus permita que dê fruto e que vivam o Amor de forma humilde, pautado pelos valores cristãos. O sucesso desta Missão deveu-se a vós que conseguiram encantar-nos!”
Também a Irmã Conceição fez parte da equipa missionária em Porto Covo. As Irmãs Lucinda e Isabel, dedicavam-se à oração pelas missões e a fazer pequenos trabalhos para os missionários levarem para entregar aos doentes, às crianças e aos adultos. Quando a saúde permitia, sempre que podiam, eram presença assídua, nos encontros de formação e animação missionária.
A comunidade das Irmãs do Bom Pastor de Colos era um pólo missionário: estava disponível para a Missão e procurava dinamizar leigos de boa vontade para participar nas várias acções de âmbito missionário: vigílias de oração, jornadas missionárias, encontros de formação.

Um obrigado! Um até sempre!





Chegou a hora da partida. Já estão colocadas nas suas novas comunidades para continuarem a sua missão, para continuar a responder ao chamamento do Bom Pastor. Que sempre sejam sinais vivos do Pastor que continua a chamar e a enviar.
Um obrigado à Comunidade das Irmãs de Colos. Que o Senhor da Messe as abençoe e proteja. Que Deus as recompense pelo bem que foram semeando, nesta terra alentejana, ao longo destes 22 anos.
Louvado seja Deus por tantas maravilhas que Ele foi operando através da presença, do trabalho, da oração, da dedicação, da disponibilidade e do zelo missionário destas quatro Irmãs da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor.

P. Agostinho Sousa,

CDM/Beja

sábado, 16 de agosto de 2014

Experiência Missionária



Entre os dias 2 e 10 de Agosto o Grupo Missionário ONDJOYETU, da diocese de Leiria-Fátima, organizou em conjunto com o Centro Diocesano Missionário de Beja (CDM), as chamadas Férias Missionárias. Decorreram nas paróquias de Santo André e de Santa Maria, mais propriamente no lugar de Deixa-o-Resto. Para além do P. David Nogueira, responsável pela animação missionária da diocese de Leiria-Fátima, participaram nesta experiência pessoas de várias idades e localidades: alguns jovens, vários adultos, um casal e uma religiosa, a Irmã Nancy (mexicana). Esta semana contou ainda com a presença de dois missionários vicentinos: o padre Agostinho, que também é o director do Secretariado das Missões da diocese de Beja e coordenador das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão, e do seminarista João Soares que integrou o grupo missionário ONJDOYETU. Apesar de não ser um grupo vicentino a sua finalidade é a mesma: A Missão.

Maria, estrela da Missão

Deixa-o-Resto é um local de passagem que fica entre Santiago do Cacém e Melides e Tróia. Pertence a Santo André, distante um pouco da igreja Matriz. Na Missão Popular em 2012, nasceu lá uma Assembleia Familiar que continua a reunir nas instalações da Escola e é animada pela Irmã Conceição, das Franciscanas Missionárias de Maria. Não têm local de culto e, com alguma dificuldade, conseguiram que o espaço do antigo Centro de Saúde fosse cedido para as reuniões e encontros desta semana missionária.

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

‘Migrações rumo a um mundo melhor’



D. António Vitalino, vogal da Comissão da Pastoral social e Mobilidade Humana, revelou hoje em Fátima que a “existem muitas zonas do mundo” onde os bispos “pedem ajuda à Igreja portuguesa” devido ao afluxo de emigrantes.

“Neste momento existem muitas zonas do mundo em que os bispos pedem ajuda à Igreja portuguesa porque não conseguem responder às solicitações dos emigrantes católicos que vão pelo mundo fora e querem ser formados no ambiente da sua cultura, língua e Igreja que tem as suas particularidades e devoções que são fenómenos que marcam muito as pessoas e a sua fé”, explicou o D. António Vitalino.


O bispo falou em representação do presidente desta comissão, D. Jorge Ortiga, e manifestou “gratidão e apreensão”, num momento em que a Conferência Episcopal procura novo director para a Obra Católica Portuguesa para as Migrações (OCPM) devido a problemas de saúde do actual responsável, frei Francisco Sales.

D. António Vitalino falava aos jornalistas na conferência de imprensa de apresentação da peregrinação anual do migrante e refugiado ao Santuário de Fátima, inserida na semana das migrações, que tem como tema ‘Migrações rumo a um mundo melhor’.

O prelado assinalou “o amor pelas migrações” do bispo do Porto que presidiu às celebrações, D. António Francisco dos Santos, “que começou em França”.

O bispo da Diocese de Beja destacou que o santuário mariano de Fátima constitui um “momento forte das jornadas das migrações” porque gera a “grande comunhão que a humanidade precisa para tornar o mundo melhor e não andar cada um para seu lado com guerras e guerrilhas”.

Fátima, Agosto 2014

(Ecclesia) – HM/CB/OC

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Curso de Missiologia pretende a «qualificação do missionário»


Os Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG) promovem o Curso de Missiologia, de 25 a 30 de Agosto para “apresentar as bases bíblico-teológicas da missão ad gentes” e qualificar os missionários.

“Esta formação visa a qualificação do missionário e, consequentemente, da Missão”, explica o IMAG que conta com o apoio das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) na realização desta formação.



O curso de Missiologia é bienal e o IMAG apresenta como objectivos “repensar a missão à luz do Concílio Vaticano II e dos documentos recentes do Magistério” e ainda dar a conhecer as etapas “mais importantes da história da evangelização” e da “reflexão missiológica”.

Os participantes vão conhecer exemplos “concretos da práxis missionária actual” e vão-se preparar para “os desafios da inculturação e do diálogo do cristianismo com outras religiões”.

A edição deste ano corresponde ao primeiro ano do ciclo, sendo a frequência “arbitrária quanto à ordem”, porque “o diploma obtém-se após a frequência dos dois anos”.

As inscrições para o curso de Missiologia são limitadas e podem ser feitas até ao dia 18 de Agosto emhttp://cursodemissiologia.blogspot.pt.

O curso de Missiologia começa na segunda-feira, dia 25 de Agosto, e termina no sábado, dia 30 de Agosto, e realiza-se em Fátima, no seminário dos Missionários da Consolata.

Os cinco temas do curso são todos relacionados com a génese da formação, a missão, como: “A Missão em São Paulo e Actos dos Apóstolos”; “A Evangelização no tempo dos descobrimentos” ou “a Evangelização na Exortação Apostólica (A alegria do Evangelho).

O IMAG explica que este curso tem como destinatários membros dos Institutos Missionários Religiosos/as, padres diocesanos, missionários em férias, seminaristas e estudantes de Teologia e ainda candidatos ao laicado missionário e voluntários para a missão.

As metodologias escolhidas pelos organizadores, com o apoio das OMP, são conferências e trabalhos de grupo, debates e plenários e ainda os testemunhos de missionários.


Lisboa, 05 AGO 2014 - Ecclesia


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