domingo, 30 de setembro de 2012

Animação Missionária


Fidelidade criativa para a missão


Começando a 24 e terminando a 27 de Setembro, dia de S. Vicente de Paulo, a Província Portuguesa da Congregação da Missão, esteve em Assembleia provincial, tratando o tema: “Fidelidade criativa para a missão”, no âmbito pessoal, comunitário e congregacional. Foram dias intensos de trabalho, reflexão, oração e encontro, nascendo daí as linhas programáticas para os próximos quatro anos. Eis alguns excertos do documento final: “Cada um de nós é animado pela voz que outrora nos fez deixar a terra para dar corpo a um projecto não meramente humano, mas divino. Como os apóstolos, sentimos o apelo para fazermos parte do grupo dos seguidores que, desprendidos de laços familiares e livres de outras ocupações, se dedicam em exclusivo ao anúncio do Reino de Deus”. “O chamamento a seguir Jesus faz-se através de intermediários. Alguém nos sugeriu o nome do apóstolo da caridade. E a semente vicentina cresceu em nós, reconfigurou a nossa forma de ser e de estar no mundo”. “Desde então, seguir Jesus consiste em contemplá-lo segundo o carisma de S. Vicente de Paulo, isto é, disponibilizar-se para O servir, especialmente, nos pobres”.

Em outro lugar, o texto afirma: “Seguir Jesus é um processo dinâmico. Nunca seremos discípulos perfeitos. Por isso, sentimos a necessidade contínua de repensar a nossa relação num marco de fidelidade criativa. Fidelidade criativa na oração (reavivar a dimensão espiritual), fidelidade criativa no estudo e na preparação dos trabalhos (formação permanente), fidelidade criativa à missão (sensibilidade aos mais pobres, assumindo uma atitude apaixonada pela evangelização à imagem do Divino Pastor).Daqui nasce o compromisso e o desafio de, na vida pessoal e comunitária para que, em decisões e acções concretas, os padres da missão (vicentinos) sejam capazes de responder aos apelos dos pobres e da Igreja na linha do fundador: “Em fidelidade ao carisma do fundador e em resposta ao chamamento de Deus, reconhecemos a nossa identidade como dom para a Igreja e para o mundo. Como tal, o que nos caracteriza como missionários vicentinos deve ser motivo de grande estima entre nós e, ao mesmo tempo, deve ser livremente testemunhado às pessoas que servimos. Neste sentido, a assembleia revê-se na necessidade de incentivar todos os confrades a aderir a uma mística mobilizadora, a mesma que outrora iluminou S. Vicente de Paulo na procura de soluções credíveis e adequadas às inquietações dos seus contemporâneos. Animados por esta mística – seguir Jesus regra da missão – poderemos continuar a ser, no nosso contexto, mensageiros de esperança numa sociedade mergulhada em profunda crise”.
 
Fé e Missão
No contexto do Dia Diocesano e da abertura do novo Ano Pastoral que gira à volta de dois eixos – Ano da Fé e Sínodo Diocesano –, o P. Manuel Nóbrega, vicentino, proferiu uma reflexão sobre o ano que vivemos e os desafios que se nos apresentam. A grande assembleia foi acompanhando a mensagem transmitida, descobrindo que a fé é um encontro e uma comunhão com Deus, encontro dinâmico e profundo, sempre peregrinação e busca; que é um encontro com O ressuscitado, que leva a uma amizade permanente com Jesus Cristo que leva a amar tudo o que Ele amou; que a fé é, ainda, um encontro com o irmão, que faz descobrir que toda a pessoa é oblatividade e receptividade.
Deste modo, os baptizados estão na Missão de Jesus Cristo, a única missão a viver e a testemunhar, em todos os tempos e, agora, com novo ardor, novos métodos e nova linguagem.
O conferente apontou várias pedagogias, formas de ser e de viver (pedagogia da Encarnação, do real – partir da vida das pessoas, contemplativa – visão positiva, da cruz – olhando de frente para as dificuldades, da opção clara pelos pobres, do serviço, comunitária e de comunhão – evangelizados e evangelizadores). Tais ensinamentos, vividos e partilhados, deixaram pistas e abriram caminhos.
O Ano da Fé, o Sínodo Diocesano, serão tempo propício para a reflexão e desafiam a um aprofundamento e a uma permanente formação cuja resposta poderá ser descoberta nos Encontros para Animadores promovidos pelo Centro Diocesano Missionário.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

S. Vicente de Paulo: Missão e Caridade


 Vicente de Paulo nasceu numa família de camponeses a 24 de Abril de 1581, na aldeia de Pouy no sudoeste de França. Estudou teologia na Universidade de Tolosa, e foi ordenado sacerdote aos 19 anos. Completou os seus estudos teológicos quatro anos mais tarde. Aproveitou o seu estatuto de sacerdote, para escapar à vida monótona da sua aldeia e partiu para Paris. Aí, Vicente encontrou um guia espiritual de grande sabedoria, Pedro de Bérulle, que pouco a pouco o ajudou a compreender que ajudar os outros era muito mais importante que seguir as suas ambições pessoais. Durante alguns anos, Vicente esteve como pároco na Paróquia de Clichy, perto de Paris. Em 1613 foi nomeado preceptor dos filhos do General das Galés em França e em 1617 tornou-se o capelão dos condenados às galés. Ele tinha a seu cargo, o cuidado espiritual dos camponeses que viviam nas terras pertencentes aos Senhores de Gondi. Aos poucos, Vicente começa a descobrir o caminho dos pobres. Inicia o caminho da conversão. Para responder às necessidades dos pobres do seu tempo, Vicente empreende várias Fundações:


As Confrarias das Damas da Caridade – 
08 de Dezembro de 1617, primeiro em Paris e depois em toda a França. Vicente convenceu-as a consagrar uma parte do seu tempo e do seu dinheiro a ajudar os pobres. Criou vários hospitais, dos quais, um em Marselha para cuidar dos condenados às galés. Muitas vezes foi solicitado a agir como mediador nas guerras de religião que dilaceravam a França.


Congregação da Missão 
em 25 de Janeiro de 1625. Vendo a pobreza espiritual dos camponeses, lentamente influenciou alguns sacerdotes jovens com os quais decidiu fundar a Congregação da Missão, cujos sacerdotes são muitas vezes conhecidos pelo nome de “Lazaristas”, “Vicentinos” ou “Padres da Missão”. Dedicaram-se então a trabalhar com os camponeses que viviam nas proximidades de Paris, anunciando-lhes a Boa nova do Evangelho e ajudando-os também nas suas carências espirituais distribuindo-lhes roupa e alimentos. Daqui nasceram as Missões Populares.


As Filhas da Caridade 
a 29 de Novembro de 1633. Com Luísa de Marillac, uma mulher dotada de grandes talentos espirituais e de grande sensibilidade, fundou a primeira congregação, cujos membros se consagraram inteiramente ao serviço dos Pobres, fora do Claustro: a Companhia das Filhas da Caridade. Dedicou-se também à Formação do clero, nos Seminários... Vicente era um homem de acção mais que um teórico. A sua força interior era comunicativa. O Seu espírito era simples, prático e directo. Olhava Cristo como seu Mestre e procurava traduzir a mensagem do Evangelho em realizações concretas. Organizador nato, Vicente era também um homem de uma fé profunda, um homem de oração. Um místico. A imensa gama de serviços que ele criou para os pobres, não são fruto de uma simples filantropia. Enraízam-se no Evangelho na perspectiva de Mateus 25, onde Jesus nos diz: “O que fizerdes aos meus irmãos mais pequeninos é mim que o fazeis” São Vicente de Paulo faleceu em 27 de Setembro de 1660 com fama de santidade, celebrando-se, nesse dia, a sua festa litúrgica. A sua canonização ocorreu em 16 de Junho de 1737, pelo Papa Clemente XII. Em 12 de Maio de 1885 foi declarado, pelo Papa Leão XIII, patrono de todas as Obras de Caridade da Igreja Católica.


Frases de S. Vicente de Paulo: 
"Amemos a Deus, meus irmãos, amemos a Deus, mas que isto seja à custa dos nossos braços, e com o suor dos nossos rostos". "Se dez vezes ao dia visitardes os pobres, dez vezes ao dia encontrareis Jesus Cristo. "Dai-me um homem de oração e ele será capaz de tudo”. “O amor é inventivo até ao infinito”. “Não é suficiente ser salvo; é preciso ser salvador como Cristo”. 

 SDM/Beja

domingo, 23 de setembro de 2012



ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA

 Outubro Missionário


Com os desafios da vivência do Ano da Fé e da abertura do 1º Sínodo Diocesano, entramos no mês de Outubro, também chamado Mês Missionário, não só porque este abre com a memória da padroeira das Missões, Santa Teresinha do Menino Jesus ou se vive o Dia Mundial das Missões (21 de Outubro), mas também porque se recomeça um novo Ano Pastoral, cheio de propostas e horizontes, para uma vivência comunitária e fraterna de todos aqueles que se deixam tocar pelo amor de Deus e o querem testemunhar na vida de cada dia. O apelo cada vez maior da descoberta das razões da nossa fé e esperança, leva a Igreja a tornar-se, cada vez mais, missionária e a fazer de cada um dos seus membros testemunhas fiéis de Jesus Cristo. Não faltam iniciativas a nível universal ou das igrejas locais. Encontros, jornadas, colóquios, vigílias de oração, ofertórios diversos, acções de voluntariado, temas e material. Tudo contribui para fazer nascer e alimentar este espírito missionário, levando-nos a uma abertura total aos outros ao jeito do Senhor ressuscitado. Desde há 50 anos, com o Concílio Vaticano II, e com o documento “Ad Gentes”, que esta matriz fundamental da Igreja se tornou mais visível e mais apaixonante. Também a nossa Diocese, faz uma aposta concreta na animação missionária. Não faltam acções calendarizadas, tempos de formação agendados, missões populares a serem preparadas. Tudo concorre para manter viva e acesa a chama da fé. Entre estes momentos que fazem parte do Plano Pastoral Diocesano sobressaem, já a começar no dia 28 de Setembro, as vigílias de oração missionária, em cada arciprestado. Todavia, quer no mês de Outubro, quer durante o tempo das Missões Populares, quer em qualquer outra ocasião, todos, desde as crianças aos jovens, das famílias aos grupos, dos velhinhos e doentes aos consagrados, todos somos chamados a rezar, comunitária ou individualmente, pela Igreja, pela sua missão.
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sempre em missão, ao perto ou ao longe



O Decreto sobre “A atividade missionária da Igreja” é um dos documentos do Vaticano II mais expressivos na sua dimensão pastoral. A sua votação foi a mais participada, porque a todos os bispos conciliares, por certo, o tema lhes era sensível. A Igreja é missionária por natureza, e incarna, até ao fim dos tempos, o mandato de Jesus: “Ide por todo o mundo, anunciai a Boa Nova, fazei discípulos…” Recorda o Decreto que a missão é desígnio eterno no Pai, realizada pelo Filho, animada pelo Espírito e entregue à Igreja como responsabilidade que a acompanhará sempre.

As primeiras comunidades cristãs não organizavam a expansão missionária, porque tinham uma viva consciência do seu dever. Todos os seus membros em Cristo se sentiam em missão evangelizadora. A sua vida e testemunho faziam que cada dia crescesse o número dos que acreditavam e pediam o Batismo (Act 2,42-47). A preocupação dos Apóstolos e seus imediatos sucessores foi fundar, entre os pagãos, pequenas comunidades de crentes, irmãos na fé, conscientes do seu dever missionário.


Depois, durante séculos, a fé foi-se transmitindo na família, de modo pacífico, mas perdeu-se o ardor de fazer nascer novas comunidades cristãs. Todos nasciam já crentes… Um dia a Igreja teve de acordar para a responsabilidade que impendia sobre o Papa e os bispos, de suscitar e dar vida ao espírito missionário. E foi nascendo e crescendo este espírito, sobretudo nas ordens e congregações religiosas. 

Viram-se, então, grupos de generosos missionários a partir da Europa para zonas onde não havia ainda chegado a pregação do Evangelho. Muitos foram mártires em terra ou no mar, mas foram nascendo, graças à sua ação e doação, outras comunidades crentes, na América Latina, na África, no Oriente. Jamais se pôde parar esta aventura de anunciar Jesus Cristo, dom do Pai para a salvação de todos. O Decreto conciliar dá conta deste esforço da Igreja, estimulado pelo Papa e pelos bispos, que fez nascer, na Europa, muitas congregações missionárias de homens, a que se foram também juntando outras de mulheres. Até no seio do clero diocesano nasceram vocações e sociedades missionárias. Por todo o lado, o Povo de Deus foi sendo animado, de modo a apoiar este esforço, por todos os meios possíveis, espirituais e materiais. 

O documento conciliar, partindo do dever da Igreja, centra-se em alguns pontos fundamentais: o testemunho de vida e o espírito de diálogo dos missionários, a sua presença animada pelo amor, a pregação adequada, o catecumenato e a iniciação à vida cristã. Nas missões, urgia sempre a formação de novas comunidades, a promoção do clero local e da vida consagrada, a preparação de catequistas do meio. Todo o caminho se fazia em ordem à missão e à expansão da fé em Jesus Cristo. 

As dioceses acordaram para o dever de promover o espírito missionário entre todos os membros das comunidades e dos grupos, dado que este espírito é característica de uma fé esclarecida e autêntica. Os cristãos são missionários pelo Batismo. Os pastores da Igreja devem dar um exemplo convincente deste espírito e fomentá-lo por todos os meios ao seu alcance. Daí a promoção de vocações missionárias de jovens, mediante a formação, a cooperação para apoio às atividades concretas das missões, a abertura das paróquias ao testemunho e à pregação dos missionários, as formas de geminação que alimentam este espírito apostólico e fraterno, entre os cristãos, fomentando o voluntariado missionário, mormente entre os jovens, os adultos e os doentes. 


João Paulo II deu, com a vida, grande testemunho da sua preocupação missionária. Correu o mundo e publicou, em 1990, a Exortação Apostólica “Missão do Redentor”, avivando a doutrina do decreto conciliar. Também os bispos portugueses deram, há pouco, publicamente conta do seu dever missionário, bem como das suas dioceses, esforçando-se mais por concretizar a sua responsabilidade (cf. Carta Pastoral “Como Eu fiz fazei vós - Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”, de junho de 2010). 

O Concílio trata, por fim, da organização da atividade missionária e reforça, a terminar, a cooperação que se pede aos bispos, presbíteros, consagrados e leigos. Ao perto e ao longe, resta ainda muito para fazer, seja na ação missionária em terras tradicionais de missão, seja nas comunidades dos países de cristandade, onde urge, cada vez mais, uma nova evangelização, em ordem a uma fé viva, esclarecida e apostólica.


António Marcelino, Bispo emérito de Aveiro (in “Notícias de Beja”, 2/09/2012)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Esperança do amanhecer




1. Juventude e esperança

Acaba de ser lançado o hino oficial das jornadas mundiais da juventude, que terão lugar em Julho de 2013, no Rio do Janeiro, com o seguinte título: esperança do amanhecer. O refrão do hino canta: Cristo nos convida, venham, meus amigos; Cristo nos envia, sejam missionários.

Em contraste com este desafio parece-me estar a juventude da Europa, mais concretamente, a de Portugal. Uma vez mais o pudemos constatar na semana passada, se tivermos em conta apenas os meios de comunicação de massa. Grande percentagem de desempregados, muitos com cursos superiores a viver dependentes economicamente da família, filhos únicos, poucos nascimentos e casamentos, milhares a emigrar e grandes manifestações de indignação e descontentamento.

Neste cenário estamos a começar um novo ano escolar, pastoral e de governo. As manifestações do último fim de semana perante o anúncio de mais austeridade e de recessão económica, sem justificações plausíveis do fracasso de medidas anteriores e do seu êxito no futuro, invadem o coração dos jovens e não deixam transparecer a esperança do amanhecer, como canta o hino.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Jornada Missionária Nacional - 2012


Vaticano II: 50 anos, Missão, Memória e Profecia

Conclusões

Nos dias 14 a 16 de Setembro, reuniram-se no Centro Pastoral Paulo VI em Fátima, cerca de 300 pessoas nas Jornadas Missionárias Nacionais.
O tema escolhido, “Vaticano II, 50 anos, Missão, Memória e Profecia”, pretendeu ajudar a viver o Ano da Fé numa perspectiva missionária.
A alma da Missão é o dom total de si mesmo, ao estilo e plenamente configurado com a Missão de Jesus. Ao missionário e à Igreja pede-se contemplação, fidelidade e entrega total ao anúncio do evangelho a todos.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Missão: “Do Coração de Jesus ao coração do Alentejo”




De 14 a 20 de Agosto, na Diocese de Beja, o Departamento de Pastoral Juvenil, organizou uma missão jovem com o tema: “Do coração de Jesus ao coração do Alentejo”, nas Paróquias de Vila Nova de São Bento, Vila Verde de Ficalho, A-do-Pinto e Sobral da Adiça. A missão teve como principais objectivos: incutir nos jovens o espírito missionário e a oração, bem como levar através da alegria dos jovens a palavra e o amor de Deus à população.
Nesta missão participaram 12 elementos, vindos das Dioceses de Beja e de Setúbal. Para alguns esta foi a primeira experiência missionária. Todos os dias começávamos com a oração de Laudes, pequeno-almoço e missa. A Liturgia era sempre preparada no dia anterior e a celebração muito sentida. A parte da manhã esteve reservada para a evangelização de rua ou porta a porta e visita aos doentes e ao lar.
Após o almoço tínhamos formação e preparação das actividades da noite. Quase todas as tardes tivemos procissões nas várias paróquias e cada noite, tivemos a oportunidade de viver sempre momentos diferentes: Oração Mariana; Tertúlia; Via Lucis; Adoração ao Santíssimo, Caminhada de Oração…

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Prioridades do ministério



1. Simpósio do clero
Na semana passada, de 4 a 7 de Setembro, realizou-se em Fátima um encontro do clero de Portugal, que congregou cerca de 450 pessoas, bispos, padres, diáconos e alguns seminaristas, sendo 17 da diocese de Beja. Este encontro tem o nome de simpósio do clero e acontece de três em três anos. O tema deste ano foi: o padre, homem de fé - do mistério ao ministério.

A palavra ministério significa, em português popular, serviço. Mas não se trata de qualquer serviço. Prioritariamente é o serviço que provém da fé em Jesus Cristo e que, agindo em seu nome, serve o homem e a sociedade de cada tempo. A escolha para este serviço não provém de uma eleição por voto popular ou de uma autoproposta, mas de um chamamento, vocação, de Jesus Cristo pela mediação da Igreja, Povo de Deus em comunhão com os sucessores dos apóstolos, os bispos. Daí o título do simpósio. O padre tem de ser um homem de fé, a fé da Igreja e não uma ideologia humana, que é escolhido para o ministério através de um mistério, um dom de Deus, invisível aos olhos da pura razão, mas tornado visível na celebração do sacramento da ordem. Por este sacramento o padre é escolhido e capacitado para agir na pessoa de Cristo. Para amar como Jesus amou, servir e fazer o bem como o seu Mestre, o padre necessita de viver em profunda comunhão com Cristo, tornado presente e visível na vida da Igreja.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Nova Evangelização: propor Cristo de novo



D. Manuel Clemente, bispo do Porto e vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, é um dos participantes no próximo Sínodo, que vai decorrer em Outubro, no Vaticano.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, antecipa os principais temas que vão estar em debate, perante centenas de participantes, incluindo o Papa Bento XVI.

Agência ECCLESIA (AE) - Que significado novo trouxe à Igreja Católica a expressão “nova evangelização”?
D. Manuel Clemente (MC) - ”Nova evangelização” designou, desde João Paulo II, algo que vinha sendo sentido e não encontrara ainda expressão própria. Refiro-me à necessidade de relançar a evangelização na Europa e além desta, já patente em João XXIII e Paulo VI.
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Recomeçar com muita esperança.



1. Portugueses no mundo
O mês de Agosto, para muitos, mês de férias, passou rápido. Neste tempo desvia-se a atenção de muitos acontecimentos e problemas. Os noticiários dos meios de comunicação quase não têm assuntos de primeiro alinhamento, para além dos incêndios e de afogamentos. Mesmo assim ouve-se falar do agravamento da recessão económica, do aumento do desemprego, da diminuição das receitas do Estado. As caixas de correio eletrónico ficam menos atulhadas de publicidade e isso é um alívio, que nos permite aprofundar algumas questões e relacionar melhor os diversos factos. Na presente nota vou salientar apenas alguns.
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Vale de Água, local de Missão





Foi no dia sete de Agosto que um grupo de cinco jovens da Associação Equipa d’África se dirigiu para Vale de Água para aí ficar quinze dias.
O principal objectivo desta missão era estar, ser acolhido e poder viver em comunidade, ajudando e servindo no que fosse preciso.
Foi com muito carinho e amizade que toda a comunidade de Vale de Água nos acolheu e ajudou a nossa integração, disponibilizando-se para tudo o que precisássemos.
Assim sendo, o nosso trabalho consistiu nas idas aos domicílios, animação no Centro de Dia, apoio e animação com as crianças de Vale de Água e integração na comunidade.
Nas idas aos domicílios, fomos sempre acompanhados pelas auxiliares do Centro de Dia de Vale de Água e São Domingos, que nos demonstraram a verdadeira dedicação que dispõem para cada pessoa. A cada doente que visitámos, tentámos ajudar na higiene pessoal, na arrumação da casa, e, essencialmente, trocámos palavras de carinho e ouvimos todas as experiências que tinham para nos contar.
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domingo, 2 de setembro de 2012

Testemunho dos missionários do Grupo Ondjoyetu da Diocese de Leiria-Fátima





A semana missionária em Santiago do Cacém (de 5 a 12 de Agosto) foi uma missão muito intensa que nos fez descobrir novos sentimentos missionários. A Missão não se focou somente em Santiago, mas também em algumas paróquias vizinhas (Santa Cruz, Abela e S. Bartolomeu). Nesses dias contámos sempre com o apoio incansável dos Padres Vicentinos, de modo especial, o Pe. Agostinho e o Pe. Azevedo, presentes naquela semana. Tivemos vários momentos de partilha com as comunidades, desde a Eucaristia Dominical e diária, visita a lares e doentes, Vigília Missionária, reuniões com grupos paroquiais a serões de convívio. Os momentos que mais nos marcaram de modo particular foram as visitas a idosos e doentes, sobretudo aos lares, onde encontrámos pessoas que, apesar de marcadas por fortes experiências de vida, sempre tiveram um sorriso ou um gesto de carinho para connosco. Este encontro com as pessoas fez-nos pensar em como serão as gerações vindouras, nascidas numa sociedade mais intelectual e materialista...
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sábado, 1 de setembro de 2012

Entrevista a D.António Couto


“Hoje, sabe-se que não se evangelizam territórios, evangelizam-se pessoas”


O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização e bispo de Lamego, D. António Couto, foi um dos oradores no Curso de Missiologia, que terminou a 1 de Setembro, no Seminário da Consolata. Falou de São Paulo como modelo de missionário e, no final, pediu mais seguidores radicais de Jesus Cristo.

FÁTIMA MISSIONÁRIA- Que imagem de São Paulo transmitiu aos participantes do curso?
António Couto- Tentei mostrar a figura de Paulo como um seguidor radical de Jesus Cristo. Falei essencialmente da metodologia missionária que desenvolveu, muito personalizada, a tempo inteiro, com total dedicação. Paulo nunca fez nada, nem enquanto judeu, nem depois como cristão quando se fez seguidor de Cristo, a menos de cem por cento. Como apóstolo missionário evangelizador cristão, quando levava Cristo a alguém, empenhava-se nisso a cem por cento. Aliás, ele fala talvez muito mais com a sua vida do que com as palavras, porque quem segue Cristo a cem por cento nem precisa de dizer palavras.
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Igreja precisa de «seguidores radicais


O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização afirmou em Fátima que a Igreja Católica precisa de “seguidores radicais” de Jesus Cristo.
D. António Couto falava à edição online da revista ‘Fátima Missionária’, após a intervenção no Curso de Missiologia que as Obras Missionárias Pontifícias (OMP) e os Institutos Missionários 'ad Gentes' promovem até este sábado, no Seminário da Consolata, em Fátima.
“Se nós vivermos como Cristo, ao estilo de Cristo, seguramente que o mundo mudará, porque a nossa vida muda. Mudando a nossa vida, mudamos a vida dos outros”, referiu.
Segundo o bispo de Lamego, os católicos são chamados a ser “alguém que siga Jesus Cristo de perto e não queira inventar e dizer coisas fora daquilo que é Cristo e o seu Evangelho”, a exemplo do Apóstolo Paulo.
“Paulo inovou completamente sem precisar de inovar, porque apenas imitou Jesus Cristo. Foi até hoje o maior missionário de todos os tempos”, destacou o prelado.
O responsável pelo acompanhamento do sector missionário em Portugal elogiou ainda o aumento do número de leigos que participam no curso, frisando que estes “estão no coração do mundo”.
“É sempre bom que os leigos percebam que não são de segunda, em relação ao resto da Igreja. Os leigos são extremamente importantes e onde não houver leigos, a Igreja não está suficientemente implantada”, declarou.
D. António Couto diz ser necessário “perceber, de uma vez por todas, que a missionação já não se faz em territórios”. “Hoje, sabe-se que não se evangelizam territórios, evangelizam-se pessoas. E as pessoas precisam do Evangelho em todo o lado”, complementa.
O curso de Missiologia conta com 68 inscritos, incluindo 38 leigos.
Fátima, Santarém, 31 Ago 2012 (Ecclesia)