FÓRUM “ MISSÕES POPULARES”

Todos e tudo por causa da Missão

O Fórum que aconteceu em Fátima, logo a seguir à Páscoa, foi um ponto de chegada e um ponto de partida, tempo de constatação e análise, mas também tempo de renovação e de empenho redobrado de todos os agentes missionários. Por isso e para isso foi lançado um inquérito abrangente tendo por base os últimos quinze anos, não só na diocese de Beja mas também em mais nove dioceses do nosso país.
Desde Chaves até S. Martinho das Amoreiras (Odemira), encontraram-se na Casa da Medalha Milagrosa, em Fátima, cerca de 90 pessoas: Bispos, Sacerdotes (vicentinos e diocesanos), diácono miliciano, consagradas (vicentinas e de outros institutos) e leigos responsáveis / animadores. Todos e tudo por causa da Missão.
Outros manifestaram a sua comunhão com os presentes pois estão no mesmo Barco da Missão. Todavia, o facto de o dia 10 de Abril ser um dia de trabalho, o haver compromissos familiares ou situações de doença, ou mesmo as grandes distâncias a vencer, não lhes permitiu participar no encontro.



Por identidade baptismal todos somos Povo de Deus, Povo Pascal, Povo em Missão. Como diz o Papa Francisco, mais do que termos uma Missão, nós somos uma Missão. S. Vicente de Paulo dizia aos seus companheiros: “Jesus Cristo é a Regra da Missão”. Por Ele, esse Jesus Ressuscitado, somos chamados e enviados a ser sempre e cada vez mais “discípulos missionários”.
Entre os participantes, estavam o Bispo de Beja, D. António Vitalino e o Bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César, vicentino. Nestes últimos 15 anos, as dioceses de Beja e de Portalegre-Castelo Branco, foram aquelas onde aconteceram mais Missões Populares. Aos dois prelados foi colocada a mesma questão: “Missão Popular, uma opção pastoral para as Dioceses?”
Hoje, queremos partilhar convosco, na íntegra, a comunicação de D. César que afirma: “a missão popular merece ser apetecida pelas paróquias, como opção de evangelização, uma vez que ajuda a avivar a fé e a contagiar apostolicamente o ambiente”.
P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

“Missão Popular, uma opção pastoral para as Dioceses?”
1. Eu ouvi, algumas vezes, este desabafo, por parte de alguns cristãos da minha Diocese: “Senhor Bispo, além da homilia, faz-nos falta uma reflexão mais aprofundada, da Palavra de Deus”.
E eu lembrei-me de S. Vicente de Paulo e do zelo apostólico: ele usava e recomendava uma linguagem simples e acessível…angariava a colaboração de outros sacerdotes para evangelizar as paróquias…e fazia o mesmo com as conferências das terças-feiras, a favor da formação do clero. Pois, compreendia que a Palavra de Deus abre caminhos de esperança…renova o ambiente da família e da comunidade…e torna a Igreja mais atraente, através de uma linguagem profética e ungida de esperança.
E isto, desde muito longe…Foi a força da Palavra de Deus que pôs Adão a cultivar o jardim…que dispôs Abraão a caminhar na direcção das Promessas…que dotou Moisés com o sabor dos mandamentos e o conforto da aliança…e que fez com que os Profetas saíssem, sucessivamente, ao encontro do povo, a fim de responderem aos seus apelos ou de corrigirem as suas infidelidades. E, assim, a Palavra de Deus acabou por mostrar-se Deus-Palavra.
Não estranhemos, pois, que ela ofereça ‘alentos’ muito diversificados, mas sempre com gosto de ‘caridade’. Por isso, S. Vicente de Paulo ao saborear a Palavra de Deus, soube também dá-la a saborear…respirando o seu perfume de caridade. Ou dito à maneira do Papa Francisco: foi “um pastor com o cheiro das ovelhas”.




2. Por sua vez, a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, onde eu era pastor, fez várias experiências, à conta da Palavra de Deus: cursos bíblicos, semanas bíblicas, experiências catequéticas diversas…e a missão popular.
De todas elas, continua a tirar proveito e, agora, no Sínodo Diocesano também. Todavia, a “Missão Popular” é mais abrangente e bole com todas as realidades da paróquia: família, comunidade, ministérios, discernimento apostólico…E vai criando um ambiente semelhante ao do frasco de nardo com que Maria Madalena lavou os pés de Jesus, e perfumou toda a casa.
Assim, a Missão Popular não se limita à pregação do sacerdote (embora esta seja fundamental, para a explicação e compreensão da Palavra). Mas o mesmo sacerdote expande a sua actuação missionária através da visita aos doentes, do contacto com os familiares ou demais, do sacramento da penitência (e, mesmo, da Santa Unção), e dum ou outro gesto que colabora grandemente com a vivência da fé, e anda muitas vezes ausente das paróquias e das famílias: refiro-me à reflexão e ao discernimento da fé, feito em grupo. Pois, a fé que não é dialogada em família, dificilmente resulta como herança para os filhos…e a fé que não é dialogada em grupo, dificilmente torna a paróquia evangelizada e evangelizadora.  
Agora, a missão popular, além do sacerdote (ou sacerdotes), conta com a colaboração de religiosas e leigos, que tornam o diálogo mais acessível e mais fecundo, e a caridade mais expressiva. Pois, o testemunho destes colaboradores mostra que a responsabilidade da Igreja não cabe apenas aos sacerdotes; pois, cada baptizado deve ser apóstolo, tanto pelo testemunho como pela colaboração.    

3. Além do ambiente de contágio que a missão popular vai criando na paróquia (visita a doentes reuniões de famílias por lugares ou bairros, iniciativas cm jovens, celebrações litúrgicas…) vai despertando, também, uma consciência vocacional mais esclarecida e uma abertura à participação em diversos ministérios. Primeiramente, a consciência vocacional: com efeito, o que é uma paróquia, senão uma comunidade vocacional de baptizados? Mas é preciso falar disto! E, depois, a abertura aos ministérios: com efeito, sem eles, a fé não se abre ao serviço da caridade nem estimula uma verdadeira fraternidade. Ora, a Palavra de Deus alumia estes caminhos.

4. Finalmente, a missão popular é uma forma concreta de saída para as periferias (de que tanto fala o Papa) e desperta na comunidade paroquial, essa mesma consciência.

5. Parece, pois, que a missão popular merece ser apetecida pelas paróquias, como opção de evangelização, uma vez que ajuda a avivar a fé e a contagiar apostolicamente o ambiente. Não sendo, porém, a única ‘opção’…é das que melhor globaliza o apostolado e aviva a responsabilidade baptismal, ao nível de toda a paróquia.
+ Augusto César,
Bispo emérito de Portalegre-C. Branco


FÓRUM – “MISSÃO POPULAR VICENTINA”
S. Vicente Paulo, a Missão Popular e a nova Etapa da Nova Evangelização

Um dos conferentes do Fórum “Missão Popular”, acontecido há dias em Fátima, foi o P. Nélio Pita, CM, jovem sacerdote que exerce o seu múnus de pastor na paróquia de S. Tomás de Aquino – Lisboa. Versou o tema: “Vicente de Paulo, as Missões e a nova Etapa da Nova Evangelização”.
Na história da espiritualidade constata-se que a experiência íntima e profunda de um discípulo, amadurecida e sistematizada pela reflexão, está na origem da formação de novos movimentos. Francisco de Assis, por exemplo, confrontado com a obsessão paterna em ter cada vez mais riqueza, decide-se a renunciar aos bens distanciando-se dos poderosos. Tendo como modelo o Pobre de Nazaré funda uma nova fraternidade cuja regra é o Evangelho.

No século XVII, a experiência de Vicente de Paulo como capelão das terras da nobre família de Gondi oferece-lhe a oportunidade de percorrer um caminho inusitado e de dar corpo a uma obra que ele reconhecia como sendo “da Divina Providência”.
Citando algumas notas biográficas e históricas referentes a Vicente de Paulo, o P. Nélio apresentou datas e factos que deram rumo novo à vida do Santo da Caridade: 1917: Folleville; 1618 a 1625: O projecto pessoal convertido em projecto de uma instituição; 1625: Contrato da Fundação - «pregar, instruir, exortar, catequisar».

Enquadramento de uma fundação
Feito o diagnóstico: «O pobre aldeão condena-se por não saber as coisas necessárias para a salvação e não se confessar» (SVP, I, 176), marcam-se os objetivos: «Instruir nas verdades da fé». Definem-se os destinatários: os esquecidos, camponeses, condenados, soldados, etc.; e formam-se os agentes: padres e irmãos.
É neste contexto que nascem as Missões Populares, com meios, estratégias e procedimentos e assentes em quatro vectores essenciais: A pregação; A Catequese; Os Sacramentos; A Fundação das Caridades.
A Marca de Francisco
Nos dias de hoje, temos a “marca de Francisco”. Chamo-me Francisco: a opção pelos pobres, por uma Igreja para todos. É a marca de um pontificado.
«Qualquer comunidade da Igreja, na medida em que pretender subsistir tranquila, sem se ocupar criativamente nem cooperar de forma eficaz para que os pobres vivam com dignidade e haja a inclusão de todos, correrá também o risco da sua dissolução, mesmo que fale de temas sociais ou critique os Governos. Facilmente acabará submersa pelo mundanismo espiritual, dissimulado em práticas religiosas, reuniões infecundas ou discursos vazios» (EG, 207).





Âmbito da Nova Evangelização

O rosto da nova etapa da Nova Evangelização tem vários âmbitos: O da pastoral ordinária e as pessoas baptizadas que, porém, não vivem as exigências do baptismo, não sentem uma pertença cordial à Igreja e já não experimentam a consolação da fé. Além dessas há todas aquelas que nada conhecem de Jesus. Estão à margem. Por isso, a evangelização está essencialmente relacionada com a proclamação do Evangelho àqueles que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre O recusaram» (n. 14)
Programa de um Pontificado
O P. Nélio Pita, afirmou que hoje os documentos não suscitam o mesmo interesse que noutras épocas, acabando rapidamente por ser esquecidos. Apesar disso sublinhou que, aquilo que o estilo (palavras, gestos, atitudes) expressa, possui um significado programático e têm consequências importantes. À laia de desejo, mas também de desafio, e citando o Papa, disse: “Espero que todas as comunidades se esforcem por actuar os meios necessários para avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão. Neste momento, não nos serve uma «simples administração». Constituamo-nos em «estado permanente de missão», em todas as regiões da terra» (EG, 25).
O Sonho do Papa
Para que tal possa acontecer o Papa alimenta um sonho. “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo actual que à auto-preservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de «saída» e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade” (EG, 27).
Propostas de acção, desafios e concretização
A nova Etapa da Evangelização começa por “anunciar de novo o Evangelho: o Kerigma; por superar a tentação do discurso moralista e anunciar Jesus Cristo como proposta para uma vida em plenitude” (cf. EG, 2).
Com o lançamento de um Ano Santo dedicado à Misericórdia de Deus, são lançados desafios concretos: Dar e receber misericórdia, pois «Deus nunca se cansa de perdoar. O problema é que nós cansamo-nos de pedir perdão e de aprender a lição do perdão.
Ao concretizar este novo modo de ser, a Igreja aparece como “hospital de campanha”: Uma igreja samaritana, mãe, de portas abertas, onde os gestos valem encíclicas. Por isso, nasce um estilo novo de apresentar o novo rosto de Igreja; Sendo um pároco que é Papa, aparece a pastoral da proximidade, a “revolução” expressa em visitas, telefonemas, contacto físico e em muitas outras situações. Não “adoece” ou teme os confrontos e as denúncias: Mantém a simplicidade, na mensagem, a força, nas expressões e a riqueza, nas imagens. Ao jeito de Vicente de Paulo, que usava na Missão o ‘Pequeno Método’, Francisco tem “O Pequeno Método do Papa”.

Igreja de Coração Aberto
Como proposta de vida e de modo feliz de viver o Evangelho, o P. Nélio Pita, citou uma vez mais a Evangelii Gaudium: “Confiança da Providência: adaptar-se ás situações; arriscar: «prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro… (EG, 49)
E indo às fontes, em jeito de conclusão, citou S Vicente de Paulo: “Lembre-se, meu caro padre, de que vivemos em Jesus Cristo pela morte de Jesus Cristo e que devemos morrer em Jesus Cristo pela vida de Jesus Cristo, e que a nossa vida deve estar escondida em Jesus Cristo e cheia de Jesus Cristo, e que, para morrer como Jesus Cristo, é preciso viver como Jesus Cristo...” (I, 320).
Para toda a Igreja este é o tempo da Missão. Para os Padres Vicentinos este é um tempo privilegiado para assumirem a Missão tal como foi sonhada pelo seu fundador, Vicente de Paulo.
P. Agostinho, CDM/BEJA



Animação Missionária

FÓRUM “ MISSÕES POPULARES”

Decorreu no dia 10 de Abril, como anunciado, em Fátima, na Casa da Medalha Milagrosa das Filhas da Caridade (Irmãs Vicentinas),o Fórum da Pastoral dedicado às Missões Populares. Cerca de 90 pessoas, entre os quais 2 bispos (D. Augusto César e D. Antonio Vitalino), padres vicentinos e diocesanos, irmãs religiosas de várias congregações, leigos missionários, animadores de comunidades da missão, vindos de norte a sul do país.
Foi uma bela jornada onde, como pano de fundo, foi abordado o tema “Missão Popular, S. Vicente de Paulo e as interpelações para a Nova Evangelização”, seguindo-se a partilha dos dois bispos onde se realizaram mais Missões Populares nos últimos 30 anos e a análise do inquérito lançado para a preparação deste Fórum.


Da diocese de Beja, para além do Bispo diocesano e do coordenador da animação missionária, estiveram presentes o P. Abílio Torcato (Sto André), o P. Pedro (S. Cacém),  a Joaquina Dias, de Santa Luzia e o diácono miliciano Frei Adenilson. Outros manifestaram a sua comunhão connosco pois estão no mesmo Barco da Missão. Todavia, o ser hoje um dia de trabalho, o terem compromissos familiares ou estarem a passar por situações de doença, não lhes foi possível viver este dia connosco. Os que participaram, os que não puderam vir e os que responderam ao inquérito, seguem o mesmo lema: “Todos e tudo e sempre pela Missão”.

“Discípulos missionários”.
O coordenador da Comissão das Missões Populares da Província Portuguesa da Congregação da Missão, P. Agostinho, depois de um momento comum de oração, saudou os presentes e deu a conhecer a motivação que, a nível da Província, levou à realização deste encontro envolvente. Referiu que “ por identidade baptismal todos somos Povo de Deus, Povo Pascal, Povo em Missão”, aludindo ao que o Papa Francisco repete incessantemente ao dizer que “mais do que termos uma Missão, nós somos uma Missão”. Referiu-se ainda a S. Vicente de Paulo que diz aos seus padres “que Jesus Cristo é a Regra da Missão”. Concluiu dizendo que é “por Ele, esse Jesus Ressuscitado, que viemos a Fátima para aprendermos a ser sempre e cada vez mais “discípulos missionários”.
D. Manuel Linda, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, Presidente da Comissão Episcopal da Missão, da Nova Evangelização e do Ecumenismo, aceitou participar neste Fórum. Motivos de força maior fizeram que não pudesse estar presente neste encontro. Tornou-se presente pela mensagem que enviou aos participantes que foi lida pelo P. Álvaro Cunha, Visitador da Província Portuguesa da Congregação da Missão.


Porque a nossa Diocese, entre as dioceses, é aquela que mais tem apostado nas Missões Populares (92, em 30 anos), ao longo de algumas semanas, nesta secção, iremos transcrever, em parte ou no todo, as reflexões, comunicações ou conclusões do Fórum “Missão Popular”. Porque, em Diocese, temos feito bastantes Missões, também, entre nós, precisamos de reflectir esta opção e suas consequências.
Começamos por apresentar, na íntegra, a saudação do Bispo titular da Comissão Episcopal da Missão.

Saudação - Mensagem
“Saúdo fraternalmente os participantes neste “Fórum – Missão Popular”: a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, ressuscitado e glorioso, esteja convosco.
Por feliz coincidência, este Fórum realiza-se na altura em que os cristãos de todo o mundo cantam aleluias pascais. Como nos descreve longamente o livro dos Actos dos Apóstolos, é o tempo em que o Senhor parece retirar-se de cena para que a Igreja possa exprimir a sua maioridade, assumindo nas suas mãos o sublime e amoroso encargo que o seu Fundador lhe confiou: ir por todo o mundo, anunciar o Evangelho a toda a criatura, ensinar a cumprir quanto nos ensinou, e pregar a certeza de que Ele está connosco todos os dias, até ao fim do mundo (cf. Mt 28, 19).”

“Tempo pascal confunde-se com missionação, com «ir ao mundo».
Tempo pascal confunde-se, portanto, com missionação, com «ir ao mundo». Claro que, nos nossos dias, este mundo é o de fora, mas é também o de dentro. Por isso, impõe-se missão no exterior, «ad gentes», mas também missão no interior, «ad intra», entre aqueles que já ouviram falar de Jesus Cristo, mas, rigorosamente, não O conhecem. Estes dois géneros da mesma missão só conceptualmente se podem distinguir, já que as motivações são iguais.
Não obstante, rigorosamente falando, os métodos da missão «ad gentes» e a missão no seio da velha cristandade não podem ser os mesmos. Entre os que não ouviram falar de Cristo, tudo é novidade: o seu espírito está naturalmente mais aberto a receber o que desconhecem. Entre nós, as pessoas julgam «ter o rei na barriga»: imaginam que sabem tudo de tudo e que não precisam de mais nada. Recusam, por isso, ouvir a Palavra da Eterna Novidade e acolhem-se à sombra do pior inimigo da fé: a ignorância. Sim, a ignorância religiosa é o manto grosseiro com que a nossa Europa se está a cobrir.”

Como evangelizar?
“Se assim é, entre nós, como evangelizar? O sucesso da missão deriva da resposta correcta a esta pergunta. É para achar esta resposta que vós vos reunis, caros amigos. Que o Espírito de Sabedoria do Ressuscitado vos ajude a descobri-la. A mim, este Espírito sugere-me duas coisas: que se necessita de mais união entre todos os que se dedicam à missão interna; e que há que investir em novas linguagens e novas formas de comunicação, já que, se a pessoa humana é a mesma de todos os tempos, a forma de chegar até ela, particularmente aos mais novos – os mais necessitados - mudou radicalmente com o uso das novas tecnologias. O que pode constituir uma renovada e imensa oportunidade para o Evangelho. Descubramo-la!
Que o Espírito do ressuscitado presida aos vossos trabalhos. E que a Mãe de Jesus, tão solícita para com a Igreja nascente, vos anima e assista.”
       Vosso irmão,
+ Manuel Linda,
Presidente da Comissão Episcopal da Missão
e Nova Evangelização”


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