quarta-feira, 2 de abril de 2014

Vida e Esperança



1. Vida sem esperança
Ouve-se muitas vezes dizer, sobretudo a médicos e amigos no caso de doença grave, que enquanto há vida há esperança, pois esta é a última coisa a morrer. Mas também constato que há muita gente a viver sem esperança. São mortos vivos. Por isso não apenas se diz que a esperança é a última  coisa a morrer, mas também a primeira a nascer. Ainda há pouco, numa terra da nossa diocese, aconteceu que, não aparecendo o coveiro no momento de enterrar um defunto, foram encontrá-lo enforcado.

No contexto da atual crise económica há muita gente a perder a esperança e alguns não aguentam a pressão, pondo termo à vida.O padre Antonio Moreira, falecido há poucos dias de um cancro no pâncreas, durante os dois anos de doença dizia-me sempre que estava curado e podia retomar o trabalho, ao que eu respondia para se confiar a Deus e aos médicos, deixando as preocupações pelo trabalho ao bispo. Foi um exemplo de esperança para todos.


Como fortalecer a esperança nas situações de doença, de crises afetivas, familiares, sociais e económicas. Esta é a principal missão da Igreja e dos discípulos de Jesus Cristo, enviados a curar os enfermos, consolar os tristes e anunciar a boa nova. Por isso o Papa Francisco repete muitas vezes: não vos deixeis roubar a esperança. E espero que não estejamos sós nesta tarefa de incutir esperança ao nosso povo. Mas espero também que os cristãos não deixem sós os profissionais do acompanhamento psicológico, pois há causas que transcendem o nível psicológico. Sem fé em Deus será difícil manter e animar a esperança em muitas situações graves da vida.

Continuar a ler - AQUI

Sem comentários:

Enviar um comentário