Testemunho 2
“Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! (I Cor 9,16).
Eu sou Fr. Adenilson Pimentel Gomes, MC de Manhuaçu, Minas Gerais-Brasil. Pertenço ao Instituto Milícia de Cristo. Fui transferido para Portugal, há vinte dias, nestas terras gélidas (em comparação com a minha terra!), mas de um calor humano e fraterno que logo me senti em casa e acolhido.
Estamos em missão nas paróquias Milicianas, na diocese de Beja, mais concretamente, em Colos e Relíquias. Esta missão tem como coordenador o Pe. Agostinho, vicentino e director da Animação Missionária na Diocese. A equipa missionária em acção era formada pelas Irmãs do Bom Pastor, Ir. Celina e Ir. Conceição, pelo Pe. Agostinho, pelo Godfrey (para nós, Godofredo!) – da Nigéria e a estagiar na Paróquia de Vila Nova de Milfontes (Diocese de Beja), e pelos Milicianos de Cristo, Pe. Reuber, Diác. João, Fr. Diogo, Fr. Cristyan, Fr. Adriano e por mim, Fr. Adenilson.
Missão aquém fronteiras
A minha experiência missionária aqui em Portugal é nova em muitos aspectos: a cultura e a linguagem são diferentes, os costumes, a culinária, a oração, o clima, tudo é muito diferente do Brasil. No entanto, essa diversidade tem-me enriquecido muito a cada dia que passa. Já aprendi muita coisa e quando não entendia, logo perguntava como é. Por isso, de vez em quando, esta situação ocasionava momentos de alegria, pois todos nos ríamos das coisas ou expressões que tinham graça.
Todos os dias, os Missionários das 2 equipas (Relíquias e Colos) rezavam juntos a oração de Laudes, ora integrada na Eucaristia ora na Adoração ao Santíssimo. Logo após este tempo de louvor e de agradecimento, vinha o campo de Missão. Visitamos Lares de Idosos, Centros de Dia, Escolas, a comunidade Tamera, Montes, Aldeias... Fizemos a visita a cada Família, indo de casa em casa. A oração e a bênção chegaram a todas as casas e pessoas, bem como aos estabelecimentos comerciais ou lugares de trabalho (cafés, restaurantes, oficinas, carpintarias, fábricas).
O acolhimento foi muito bom, com excepção de um ou outro caso. Nas muitas Missões que participei no Brasil além das boas palavras que escutava, as pessoas ofereciam aos Missionários um cafezinho. Aqui, foi um pouco diferente! Também recebemos muitos gestos e sinais de carinho e para significar a alegria da visita, muitas pessoas ofereciam vinho do Porto ou outro vinho ou ainda um licor.
“Fui evangelizar e saí evangelizado!”
A Missão é a acção evangelizadora da Igreja, pois o Concílio Vaticano II no Decreto Ad Gentes sobre a Actividade Missionária da Igreja, no seu número 1, diz:“A Igreja, enviada por Deus a todas as gentes para ser “sacramento universal de salvação, por íntima exigência da própria catolicidade, obedecendo a um mandato do seu fundador, procura incansavelmente anunciar o Evangelho a todos os homens. Já os próprios Apóstolos em que a Igreja se alicerça, seguindo o exemplo de Cristo, pregaram a palavra da verdade e geraram as igrejas”.
Outrora, alguém disse: “Fui evangelizar e saí evangelizado!”. Hoje, também eu afirmo: Aprendi muito nesta Missão Popular, nestas terras do bacalhau, do vinho, do porco preto, do Povo alentejano, do Povo acolhedor. Agradeço a Deus esta oportunidade de partilharmos uns para com os outros o que temos e somos, os nossos talentos e os dons e a nossa Missão.
Fr. Adenilson, Brasil
Miliciano de Cristo
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