O tempo da Quaresma é um momento propício para a interiorização, a escuta da Palavra, a partilha de vida e para uma caminhada intensa de busca e de encontro. A liturgia faz-nos propostas e aponta desafios e metas. A cada um compete deixar-se contagiar e impregnar pela força da Palavra e exigir de si mesmo uma vivência profunda dessa Palavra, que compromete na partilha. É um desafio criativo e permanente. Nesta Quaresma é necessário e urgente deixar que a enxurrada da Palavra de Deus tome conta da nossa vida. No meio da enxurrada, perceberemos logo que não salvaremos muitas coisas, e que aquilo que mais queremos encontrar é uma mão segura que nos ajude a salvar a nossa vida. O tempo da Quaresma faz-nos sentir melhor o calor da mão de Deus na nossa mão.
Conhecer e partilhar a Palavra
Cerca de 50 pessoas, entre adultos e jovens escuteiros, rumaram à Ermida da Senhora da Graça-Santo André, para viverem um sábado diferente: um dia de deserto dedicado à Palavra. Organizado pela paróquia de Santo André e pelo Centro Diocesano Missionário, o dia começou com um tempo de oração. Findo este, o P. Abílio Raposo e os chefes do Agrupamento de Santo André, dedicaram-se aos jovens, encontrando dinâmicas para um conhecimento mais vivencial da Palavra de Deus. O P. Agostinho, com os adultos, a maior parte deles membros das comunidades familiares nascidas da Missão, aprofundou o tema: “Conhecer e partilhar a Palavra para humanizar”. Após a exposição do tema, cada grupo, viveu um tempo de silêncio e de meditação que conduziu a um momento comum de oração, que apontou Maria como exemplo a seguir como modelo na escuta e na vivência de quem assumiu na Palavra: “Eis a serva do Senhor”.
A alegria do Evangelho
Após o almoço partilhado, e já com a presença de D. António Vitalino, a parte da tarde foi preenchida com uma reflexão sobre a “Alegria da Missão” baseada no documento que o Papa Francisco apresentou a toda a Igreja e que é o programa de acção do seu pontificado e para toda a Igreja. O encontro alegre e feliz com o Senhor é gerador de vida feliz, alegre e capaz de levar a um testemunho de seguimento do Mestre. Vários pontos foram tocados, todos eles focados na vocação e missão, na escuta do chamamento e na resposta pronta e fiel, sempre atentos a Deus e á realidade do mundo de modo a dar o sabor da Boa Nova a toda a vida e em todas as situações.
O bispo diocesano presidiu à Eucaristia deste dia de deserto. O Agrupamento 581 animou o canto nesta celebração que contou com a participação de mais pessoas que, não podendo estar presentes em toda a programação do dia, quiseram associar-se a este momento de acção de graças. A liturgia do domingo da alegria, proporcionou, mais uma vez, o encontro com a Palavra e com o Pão da Vida. A luz que foi oferecida ao cego de nascença é a mesma que se oferece a todos: Jesus, Luz do mundo. Esta dádiva exige fé professada e vivida, capaz de transformar vidas e ambientes.
A assembleia, constituída maioritariamente por gente vinda das paróquias de Santo André e de Sines, mostrou-se disponível para disfrutar de mais dias como este que se viveu na Ermida da Senhora da Graça.
P. Agostinho Sousa, CDM/Beja
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