Nas semanas missionárias, realizadas em tempo de férias, os JSF experimentam “a proposta, que vivem nas paróquias, de uma maneira diferente” revela o padre Miguel Ribeiro, responsável pelo movimento que participou nestas semanas, pela primeira vez, em 1995.
Nestes encontros só participam jovens do movimento que, em grupo e como missionários, partem “para um lugar que não conhecem” para desenvolver várias atividades, em especial o contato com idosos ou crianças, inseridos nas paróquias.
“É profético porque passam dez dias a dormir mal, no chão, às vezes têm balneários para tomar banho outras vezes não, e creio que os JSF conseguem fazer isso numa aldeia de Portugal ou a cinco mil quilómetros”, assinala.
Teresa Lanita, com 17 anos, integra os JSF desde Setembro e participou pela primeira vez numa semana missionária, dando início a uma nova fase da sua caminhada.
“Durante este ano estive a aprender a teoria e sentia que faltava estar ao serviço do outro”, revela a jovem do grupo de Tires, em Cascais, que esteve em S. Teotónio, na Zambujeira do Mar, Beja.
Da semana missionária, que terminou recentemente, sente a marca da evangelização, de “servir Deus e a comunidade” e quer levar este testemunho para a sua vida, para que familiares e amigos “percebam que fazer missão é algo extraordinário e não tem fim”. A vivência em grupo, de onde traz “verdadeiros irmãos”, foi determinante para uma experiência de missão “inexplicável”.
Pedro Cabrita, da paróquia de São Tomás de Aquino, em Lisboa, já participou em várias semanas missionárias e considera que são todas diferentes e desafiantes porque “todas têm as suas particularidades”, oferecendo experiências diferentes.
“Encontramos populações acolhedoras, que estão ansiosas pelo contacto com jovens que chegam para anunciar Deus e acabamos por levar uma mensagem de esperança”, explica.
Em Agosto de 2013 foram 80 os jovens que participaram nas semanas missionárias em Portugal, e 10 no “Projecto Ponte” este ano em Moçambique, sendo a experiência no nosso país obrigatória para a missão «ad gentes».
Segundo o padre Miguel Ribeiro, as diferenças são apenas de ordem prática porque o conceito é o mesmo, inserindo-se “na dimensão da Igreja” e procurando “potenciar” o trabalho de cada local “com novas sugestões”.
“Onde quer que estejamos trabalhamos ao serviço da igreja local de coração cheio”, assinala o responsável que participou em duas “pontes”, em Angola.
O movimento faz 30 anos e o sacerdote sente que é Deus que age porque às inscrições respondem “sempre largas dezenas de jovens”.
Recolha CDM/Beja – in Ecclesia
Sem comentários:
Enviar um comentário