quinta-feira, 20 de junho de 2013

Participar na construção do bem comum


1. Direitos e deveres, receber e participar

Celebrámos o Dia de Portugal, um modo de afirmar a nossa identidade nacional, mas parece que continuamos muito divididos, pelas mais diversas razões. Cada um e cada grupo luta pelos seus interesses corporativos, sem atenção aos seus concidadãos, sobretudo àqueles que não conseguem defender-se.


A democracia e a liberdade das pessoas necessitam de diálogo permanente, de modo a conjugar-se o melhor possível direitos e deveres, indivíduo, pessoa e sociedade, o bem pessoal e o bem comum, direito à propriedade e função social dos bens. Por isso o sistema democrático carece de contínuo aperfeiçoamento, para que nenhum cidadão se sinta lesado na sua dignidade ou diminuído nas suas potencialidades de participação na construção do bem social. Por motivos vários nunca como agora senti a importância de um dos princípios da doutrina social da Igreja: o da subsidiariedade, ou seja, o direito e o dever das pessoas, a família e organizações sociais intermédias participarem na construção do bem comum, em todas as áreas e dimensões, e de o Estado criar as melhores condições para que os cidadãos possam exercer esse direito e dever de participação, sem cair no centralismo do Estado.

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