terça-feira, 4 de junho de 2013

Contributo para a construção do bem comum


Pão para o corpo e para o espírito

Dai-lhes vós de comer, assim desafiou Jesus os seus discípulos, preocupados com a multidão que tinha vindo ouvi-Lo, desanimada com as autoridades civis e religiosas do seu tempo e que se assemelhava a um rebanho sem pastor. Este mesmo desafio nos fez Jesus, ao celebrarmos a solenidade do Corpo de Deus, este ano pela primeira vez a um domingo e não na quinta-feira a seguir ao domingo da Santíssima Trindade, por causa das medidas de austeridade, sem fim e solução à vista, apesar dos sacrifícios feitos por tantas famílias que ficaram sem trabalho remunerado ou sem clientes para os seus pequenos comércios familiares.

E qual é a nossa resposta? Talvez muito semelhante à dos apóstolos: não temos senão cinco pães e dois peixes. Onde iremos nós arranjar dinheiro para alimentar tanta gente esfomeada? Não temos nenhuma fortuna, não cobramos impostos, não temos empresas produtivas e com mercado, para poder remunerar tanta gente sem trabalho, desanimada e à deriva, como a multidão do evangelho.

Qual é a resposta de Jesus? Dizei às pessoas para ficar, já que fizeram tão grande esforço para vir até aqui, para me ouvir e confiar os seus doentes e preocupações. Trazei-me os cindo pães e os dois peixes. Jesus tomou os pães e os peixes, levantou os olhos para o céu, para Deus seu Pai, abençoou-os, deu graças e mandou reparti-los. E qual não foi o espanto dos apóstolos e da multidão, quando todos comeram, ficaram saciados e ainda sobrou. Jesus mandou recolher as sobras, para não se estragarem, para não haver desperdícios.

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