quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SAGRAÇÃO EPISCOPAL E APRESENTAÇÃO DO BISPO COADJUTOR DE BEJA, D. JOÃO MARCOS



Que «as searas cristãs do Alentejo» levem «o verde da esperança» ao «coração ressequido de tanta gente!»

D. João Marcos, com 65 anos de idade e até agora director espiritual do Seminário dos Olivais e do Seminário Redemptoris Mater, foi nomeado a 10 de Outubro pelo Papa Francisco como Bispo coadjutor de Beja, com direito de suceder a D. António Vitaliano, atual responsável diocesano.

“Para que Deus seja, realmente, tudo em todos!”
A igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, encheu-se para a ordenação episcopal de D. João Marcos. Foi no Domingo de Cristo Rei, dia 23 de Novembro, sendo Bispo sagrante o Patriarca de Lisboa, acompanhado por D. António Vitalino, Bispo de Beja e por D. José Alves, Arcebispo de Évora. Presentes também inúmeros prelados e muito clero das dioceses de Lisboa e de Beja. Foram muitos os cristãos, uns familiares, outros amigos, outros ainda antigos paroquianos das paróquias onde o novo Bispo Coadjutor de Beja foi pároco, bem como muitos diocesanos de Beja que quiseram estar presentes na sagração do mais recente membro do episcopado português.




Referindo-se ao novo Bispo Coadjutor de Beja como “estimado irmão e amigo”, D. Manuel Clemente lembrou que a ida de um padre da diocese para terras alentejanas não é algo inédito. “ [D. João Marcos] seguirá um caminho já feito por anteriores bispos auxiliares de Lisboa, que daqui seguiram para a mesma diocese irmã: D. Manuel Santos Rocha, D. Manuel Falcão e D. António Vitalino, que é o seu atual pastor. Deus o acompanhará onde o envia, em Cristo que sempre nos espera na variada Galileia deste mundo”. O Patriarca de Lisboa estimulou o novo Bispo Coadjutor de Beja, D. João Marcos, a “procurar a tantos”, nas planícies alentejanas ou por perto, que ainda não conhecem o Reino de Deus”.

“O meu jugo é suave”
“O meu jugo é suave”. É o lema do novo Bispo Coadjutor de Beja que foi apresentado à sua Diocese, em celebração solene, na Igreja do Seminário diocesano, neste último domingo, dia 30 de Novembro, início do novo ano litúrgico e do Ano da Vida Consagrada.
No momento próprio, D. António Vitalino, depois de saudar os presentes e agradecer ao novo Bispo a sua disponibilidade, solicitou a D. João Marcos que se dirigisse à assembleia.




D. João Marcos começou por dizer que “o Alentejo precisa de esperança” num tempo em se vive uma “retração de Deus”. “É tempo de as searas cristãs do Alentejo levarem o verde da esperança sobrenatural ao coração ressequido de tanta gente que, sendo embora religiosa, não experimenta que o céu existe mesmo, que Deus não é uma ideia abstrata e inconsistente, mas a fonte de toda a realidade”.

“O Alentejo precisa de cristãos que possam dar testemunho credível”
Para o bispo coadjutor de Beja, “o Alentejo precisa de esperança, precisa de cristãos que vivam seriamente a fé e a caridade para puderem dar testemunho credível da esperança cristã”.

D. João Marcos lançou um desafio e um apelo aos cristãos ao afirmar que “é tempo de passarmos de um cristianismo reduzido tantas vezes a umas práticas religiosas inconsequentes, a uma doutrina que mal se conhece e a uma moral que os pagãos consideram desumana, é tempo de passarmos de um cristianismo reduzido por alguns a uma terapia e a uma almofada psicológica para fugir da realidade para um cristianismo vivo no qual resplandece o mistério da cruz, um cristianismo solidamente enraizado na Páscoa do Senhor”.

O novo bispo coadjutor de Beja aludiu à realidade e à mentalidade que rege a hoje a vida da sociedade ao sublinhar que “vivemos hoje uma retração de Deus. Deus desapareceu da vida social e da vida de muitas pessoas. Vive-se como se Deus não existisse”. “Sem Deus, o homem fica diminuído, desorientado, fechado num aqui e agora sem horizontes, fabricando idolatrias, caindo de desilusão em desilusão”.

Deus “é a fonte da vida e a sua foz

O bispo coadjutor de Beja comparou a vida humana a um rio: desconhecendo Deus que “é a sua fonte e a sua foz”, fica reduzida “a um lago, às vezes a um charco de águas paradas”.

Na homilia da missa de entrada na diocese de Beja como bispo coadjutor, D. João Marcos saudou todos os presentes e também os ausentes, nomeadamente os que têm uma ligação à Igreja “débil ou inexistente”. “Venho também para eles com a missão do servo do Senhor de proclamar inteiramente a justiça nova do Evangelho sem apagar a mecha que ainda fumega”, sustentou.

A CNIR diocesana, em tempo de acção de graças, procedeu à abertura do Ano da Vida Consagrada, entregando o Evangeliário, uma Lamparina acesa e um Diário de bordo, os quais vão passar por todas as Comunidades Religiosas sediadas na Diocese de Beja.

No final da celebração, autoridades e gente anónima quiseram saudar D. João Marcos. O ambiente era de festa, de alegria e de esperança.
(Texto composto com apontamentos
da Voz da Verdade e da Ecclesia)


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