CRIAR REDES
A dignidade da pessoa humana realiza-se na relação. Para que esta não seja simplesmente virtual, impessoal, anónima, torna-se necessário fazer uma nova aprendizagem das novas linguagens. A escola e a Igreja têm aqui um campo imenso de investigação e de ação pedagógica junto das famílias, das crianças e dos jovens, que não podemos deixar perder.
1. Criar relações
Na semana passada tive oportunidade de participar nas jornadas das comunicações sociais da Igreja em Portugal, que versaram sobre a comunicação em rede como novo ambiente pastoral, inspirando-se na mensagem papal para o Dia Mundial de 2013. Foi uma rica oportunidade para ouvir pessoas experientes sobre esta temática, que me fascina e muito me tem ajudado na missão episcopal. Mas, para além do uso intenso dos meios tecnológicos digitais, constatei que eles criaram um novo ambiente de comunicação, mesmo ao nível do testemunho da fé cristã, fazendo surgir novas linguagens e novas mentalidades.
Muitas vezes estes novos meios criam dependências e rompem os laços de proximidade interpessoal. Mas também se revestem de imensas potencialidades na criação de novas relações, que, embora virtuais, não deixam de ser reais. Sabemos que a dignidade da pessoa humana se realiza na relação. Para que esta não seja simplesmente virtual, impessoal, anónima, torna-se necessário fazer uma nova aprendizagem das novas linguagens. A escola e a Igreja têm aqui um campo imenso de investigação e de ação pedagógica junto das famílias, das crianças e dos jovens, que não podemos deixar perder. As escolas de teologia, onde se forma o nosso clero, não podem prescindir de formar os seus alunos nestas linguagens.
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