quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Papa Francisco




Professar que a Igreja é apostólica, explicou o Papa Francisco, significa destacar o elo profundo, constitutivo que ela tem com os Apóstolos. “Apostolo” é uma palavra grega que quer dizer “mandado”, “enviado”. Os Apóstolos foram escolhidos, chamados e enviados por Jesus, para continuar a sua obra. Partindo desta explicação, o Papa destacou brevemente três significados do adjectivo “apostólica” aplicado à Igreja.


Em primeiro lugar, a Igreja é apostólica porque está fundada sobre a pregação dos Apóstolos, que conviveram com Cristo e foram testemunhas da sua morte e ressurreição. “Sem Jesus, a Igreja não existe. Ele é a base e o fundamento da Igreja”, recordou o Papa, afirmando que a Igreja é como uma planta, que cresceu, se desenvolveu e deu frutos ao longo dos séculos, mas mantêm suas raízes bem firmes em Cristo.

Em segundo lugar, a Igreja é apostólica, porque Ela guarda e transmite, com ajuda do Espírito Santo, os ensinamentos recebidos dos Apóstolos, dando-nos a certeza de que aquilo em que acreditamos é realmente o que Cristo nos comunicou.

“Ele é o ressuscitado e suas palavras jamais passam, porque Ele está vivo. Hoje Ele está entre nós, está aqui, ouve-nos. Ele está no nosso coração. E esta é a beleza da Igreja. Já pensamos em quanto é importante este dom que Cristo nos fez, o dom da Igreja, onde podemos encontrá-Lo? Já pensamos que é justamente a Igreja – no seu longo caminhar nesses séculos, apesar das dificuldades, dos problemas, das fraquezas, os nossos pecados – que nos transmite a autêntica mensagem de Cristo?”

Enfim, a Igreja é apostólica porque é enviada a levar o Evangelho a todo o mundo. Esta é uma grande responsabilidade que somos chamados a redescobrir: a Igreja é missionária e não pode ficar fechada em si mesma.

“Insisto sobre este aspecto da missionariedade, porque Cristo convida a todos a irem ao encontro dos outros. Envia-nos, pede-nos que nos movamos para levar a alegria do Evangelho. Devemos perguntar-nos: somos missionários com a nossa palavra ou através da nossa vida cristã? Com o nosso testemunho? Ou somos cristãos fechados nos nossos corações e na nossa igreja? Cristãos de sacristia? Cristãos só de palavras mas que vivem como pagãos? Isso não é uma crítica, também eu me questiono: Como sou cristão? Com o testemunho, realmente?”

“A Igreja tem suas raízes no ensinamento dos apóstolos, mas olha sempre para o futuro, com a consciência de ser enviada por Jesus, de ser missionária, levando o nome de Jesus com a oração, o anúncio e o testemunho. Uma igreja que se fecha em si própria e no passado, ou uma igreja que olha apenas para as pequenas regras de hábitos, de atitudes, é uma Igreja trai sua própria identidade”. 

“Uma Igreja fechada trai a sua própria identidade. Redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de ser Igreja apostólica”.

OMP/Obras Missionárias Pontifícias


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Faleceu o P. António Fonseca Soares, CM


Nascido em Idães, Felgueiras, a 4 de Setembro de 1931, o Pe. António da Fonseca Soares, faleceu no Hospital de São João, no Porto, no dia 30 de Outubro de 2013.
Entrou para o Seminário de Oleiros – Felgueiras, a 27 de Setembro de 1942, dando entrada no Seminário Interno, em Pombeiro - Felgueiras, no dia 14 de Agosto de 1948, fazendo os votos a 3 de Outubro de 1952.
Foi ordenado Presbítero, na Sé do Porto, a 20 de Março de 1955. Em Setembro desse ano, parte para Moçambique, para Magude, como professor, indo depois para a Missão de Mapai onde esteve até Agosto de 1965.
Na Naamacha esteve desde essa data até 1975, passando daí para o Seminário de São Pio X onde foi professor.
Em princípios de Setembro de 1976, regressou a Portugal onde exerceu a missão de professor, nos seminários de Oleiros e Pombeiro. Em 1984 foi colocado em Chaves como Superior exercendo outros ministérios.
Em 1990, vai para Almodôvar para, em 1991, ir para Santiago do Cacém, exercendo as funções de ecónomo e diversos ministérios.
Em Setembro de 1997, é colocado em Santa Quitéria onde exerceu o ministério de Reitor do Santuário, de Superior e de ecónomo.
Na manhã de ontem foi chamado pelo Pai do céu para a última e definitiva comunidade, a dos santos no céu.
PPCM
 Província Portuguesa

da Congregação da Missão

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

“A Palavra de Deus para todos”



Este lema deu a tónica à celebração missionária vivida no último domingo de Outubro, em Almodôvar. Este encontro de cariz missionário, animado pela comunidade dos Padres Verbitas que prestam serviço pastoral em todo o concelho de Almodôvar, realiza-se há alguns anos e envolve todas as paróquias. Durante o ano, há um projecto missionário que é proposto às comunidades e que envolve várias componentes: a oração pela missão, trabalhos manuais para uma feira missionária e a partilha para missões concretas. Este ano, o produto conseguido na celebração e na venda realizada irá ser entregue à missão de Chinaua, em Moçambique para ajudar a financiar uma edição bíblica. Daí o lema desta festa missionária que se viveu no Centro Coordenador de Transportes e que teve como ponto alto a Eucaristia.
Na concelebração participou uma assembleia de mais de 250 pessoas. Nesta assembleia notava-se a jovialidade e o colorido emprestado pelas crianças que envergavam as cores dos 5 continentes. Como nota de universalidade, destacou-se a feliz coincidência de haver nesta reunião de família, pessoas naturais da Europa, da Ásia, da América e da África. O presidente da Câmara Municipal encontrava-se entre os membros da assembleia.



A Eucaristia foi presidida pelo pároco moderador, Pe. Joaquim Valente e como concelebrantes encontravam-se os padres da equipa sacerdotal, P. Manuel Abreu e P.Pradeep Kumar Kullu, bem como os padres Floriano e Glorio, SVD, vindos de Lisboa, com alguns estudantes de teologia. Marcou presença o Pe. Agostinho, animador diocesano da pastoral missionáriaA partir das leituras, a homilia foi orientada para a escuta atenta da Palavra e para a necessidade do estudo da mesma, em todos os lugares e por todas as pessoas. “Guardar a Fé”, a exemplo de Paulo, é um desafio constante para cada baptizado. O ofertório, com símbolos, marcou a tónica do compromisso e da entrega.
No final da missa, o Pe. Agostinho, manifestou o desejo de começar, no próximo ano, uma Missão Popular na zona pastoral de Almodôvar.
Após o encontro com o Senhor, houve um almoço convívio para quantos quiseram participar e pelas 15 horas na Igreja Matriz foi realizada uma sessão missionária que culminou com um momento de oração comunitária.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja



terça-feira, 22 de outubro de 2013

1ª Jornada Missionária Diocesana



A vila de Grândola, no passado sábado, tornou-se o centro da diocese de Beja ao tornar-se palco da 1ª Jornada Missionária Diocesana. “Todos, tudo e sempre em Missão” foi o lema que animou este encontro. O programa proposto estava orientado para todas as idades e a todas as pessoas. Oração, reflexão, encontro e descobertas foram os condimentos para a vivência desta Jornada.
Aos poucos, cedo começaram a chegar os primeiros participantes. O jardim central começou a ganhar mais vida, mais animação. Numa das extremidades, a Tuna Morenita dava as boas vindas e na outra, a azáfama dos escuteiros que montavam o ‘Acampamento da Missão’, davam sinais de um dia diferente. Até o ‘S. Pedro’ se associou a este acontecimento ao permitir um dia radiante depois de uma noite muito chuvosa.



A Igreja existe para evangelizar
À hora marcada, por grupos, e ao som de cânticos, encaminhamo-nos para os locais de trabalho e reflexão. Os adultos, no Cine-Teatro Granadeiro, após a apresentação por arciprestados e da palavra do Bispo, D. António Vitalino, acolheram a mensagem do Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias, P. António Lopes, SVD. Em linguagem simples e apoiada em imagem, este sacerdote começou por afirmar que, como baptizados, temos de estar “todos e sempre em Missão como Igreja missionária, terna, pobre e próxima das pessoas e que a Igreja existe para evangelizar, pois esta é a sua razão de ser, o seu horizonte e o seu objectivo”. Prosseguiu dizendo que “os destinatários do anúncio do Evangelho são todos os povos”, mas que há dificuldades de fora, mas também de dentro da Igreja “quando às vezes são fracos o fervor, a alegria, a coragem, a esperança no anunciar a todos a mensagem de Cristo e em ajudar os homens do nosso tempo a encontrá-lo”. O responsável pelas OMP disse ainda que “o decreto conciliar Ad gentes revela a missão como núcleo e identidade da própria Igreja, uma Igreja que existe para evangelizar (EN 14) e que deve identificar-se na e a partir da missão”.

“Colocar-se em estado de missão”

Apontou como horizonte “que cada comunidade assuma um novo estilo que a leve a colocar-se em estado de missão: tanto aqui como mais além, tanto nas saídas geográficas (regiões de missão) como nas saídas culturais e antropológicas (novos areópagos sociais e culturais)”, concluindo que a animação missionária tem de ser uma atitude viva e dinâmica na pastoral das Igrejas.
Á luz da Redemptor Missio de João Paulo II lembrou que “a missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade e dá-lhe novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece” (RM 2). A missão é sempre jovem e aposta na frescura, no vigor e no perfume do Evangelho. Depois, o P. Lopes apontou formas de fazer o caminho de descoberta desde o subir ao monte (transfigurar-se) e depois descer ao vale (para transfigurar). Passando o olhar pela mensagem para o Dia Mundial das Missões, disse que o santo Padre quer que “a dimensão missionária não fique esquecida ou marginalizada. Ela deve ficar inscrita no coração de cada homem e de cada mulher, mas também em todos os programas pastorais e formativos”. O Director da OMP terminou a sua reflexão lançando uma questão: “O que devemos fazer para que este desafio seja uma realidade na nossa diocese e nas nossas paróquias?”

Duas confissões de vida
Do programa para este grupo etário constava a partilha da experiência do jovem Isaías, voluntário missionário, durante 10 anos em Moçambique, bem como o testemunho do P. Zé Luzia, feito na primeira pessoa e também expresso no livro a que deu o título ‘Uma Igreja de todos e de Alguém’. O livro, apresentado num pequeno filme, não é apenas um relato ou descrição duma determinada realidade eclesial africana, mas vai mais longe: faz uma reflexão que pretende iluminar não só as suas virtualidades, como se transforma em convite a que outras Igreja locais, nomeadamente aquelas onde urge a nova evangelização, se deixem inspirar por tal realidade. Entre nós, esta obra constitui um oásis, num deserto onde praticamente não existem reflexões pastorais. Há um largo espaço de reflexão que vem ajudar a preencher.
Estas duas confissões de vida, feitas com alma e com paixão, tocaram a assembleia que aplaudiu longamente estes missionários, significando deste jeito o agradecimento pela partilha que fizeram e pelo dinamismo dão às suas vidas ao serviço da Missão.


Testemunho jovem
Os jovens, seguiram para o Salão Paroquial, e animados pelo Departamento da Pastoral Juvenil, com o P. Francisco Encarnação e a Irmã Natália, reflectiram sobre a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões e tiveram oportunidade de reviver as Jornadas Mundiais da Juventude, com o testemunho de quem participou neste evento. O jovem Isaías partilhou a sua experiência de missionário em Moçambique e ainda houve tempo para troca de vivências de férias missionárias.
Os Escuteiros e as crianças da catequese, com seus chefes e catequistas, fizeram a ocupação do Acampamento da Missão. Durante toda a manhã, e a partir da cruz, onde se podiam ler as palavras ‘Missão’-‘Todos’-‘Sempre’, deram a conhecer a quem passava, através da disposição das 4 tendas, dos sinais e das mensagens, dos jogos e dos contactos de rua que Deus ama a todos e quer salvar a todos.

Alimentar o corpo e o espírito
A hora do almoço chegou e abriram-se os farnéis. A Santa Casa ofereceu uma sopa quente e todos puderam saborear a variedade das ementas partilhadas. O jardim foi o espaço escolhido e, à volta da mesma mesa, deu-se um momento de convívio e de encontro de gerações.
O tempo corria e entrava-se num dos momentos fortes da Jornada. A Tenda da Oração/Adoração, aberta desde a manhã e com o Santíssimo Sacramento, foi lugar de encontro pessoal com a Eucaristia. Agora, por grupos etários, todos foram convidados a “estar com Ele, ao menos, meia hora”. O silêncio, a oração interior ou comunitária, o canto, ajudaram a que acontecesse o encontro com Ele.
Ao longo do dia, mais três Tendas, falaram da Missão: a da Caridade e da Partilha, a do Testemunho e Carisma (deram-se a conhecer 4 Congregações masculinas e 7 Institutos femininos) e a da Missão Popular e Infância Missionária. O Museu de Arte Sacra de Grândola, pela arte e pela história, também foi testemunho de vivência de fé e de missão, ao longo de séculos, nas gentes da Vila morena.

Caminhada missionária e Eucaristia
A caminhada missionária do jardim municipal até à Igreja matriz foi mais um acto de testemunho público de que a Missão está na rua e pode tocar todos os ambientes. À cruz do acampamento, ao terço missionário ao vivo (formado por escuteiros, vestidos com as cores que representam os 5 continentes), aos cartazes com os nomes dos 6 arciprestados, juntou-se a imagem da Senhora das Missões. Presidida pelo Bispo diocesano, esta manifestação missionária atravessou as ruas do coração da vila e, ao som de cânticos interpelativos, dirigiu-se para o lugar do grande Encontro, a Eucaristia.

A Igreja encheu-se e a celebração começou. Os cânticos, animados pelo coro paroquial, a Palavra proclamada e posteriormente partilhada na homilia do Presidente, os sinais levados no ofertório e o envio (uma pequena pedra com a frase ‘Jesus eu amo-te’, tornaram bem presente e visível o lema da diocese para este ano pastoral. A ‘Iluminados pela Palavra e alimentados com a Eucaristia’, poder-se-á acrescentar, para viver a Missão.
A Eucaristia foi o ponto alto da 1ª Jornada Missionária Diocesana. Tudo convergiu para ela e dela todos partiram em Missão.

Agradecimentos
Valeu a pena a aposta e o desafio. Responderam à proposta feita algumas centenas de pessoas, de vários pontos da diocese. Poderiam ser mais. Esta constatação quer dizer que ainda há muito a fazer, a trabalhar, a ir em Missão. Quem participou não ficou indiferente ao que se viveu em Grândola. ‘Todos e sempre’ em Missão, pois há muito caminho a fazer!
Sendo um dia cheio e em cheio, envolveu muita gente. Por isso, são merecedores de uma palavra de agradecimento os Padres Manuel António e José Manuel Valente, os Departamentos, Secretariados, Movimentos e Grupos diocesanos, os Religiosos e as Religiosas, os Agrupamentos 670 de Grândola e 722 de Santiago do Cacém, a Santa Casa da Misericórdia, a Câmara Municipal e toda a Comunidade Paroquial de Grândola.
Esta palavra estende-se aos que vieram de longe para partilharem connosco as suas vivências e experiências missionárias (P. António Lopes, P. Zé Luzia e Isaías), ao senhor Bispo, sacerdotes, diácono e religiosas e a todos os que, com a sua presença, alegria e espírito de missão tornaram possível e visível este momento de testemunho e de festa.
A Jornada acabou, mas a Missão continua. ‘Todos, tudo e sempre em Missão’ era o lema deste dia. Agora, para os participantes na Jornada como para toda a diocese tem que se tornar vida, testemunho, disponibilidade, serviço.

P. Agostinho Sousa,

CDM/Beja

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Jornada Missionária Diocesana - Testemunho


A distância não conta, quando a vontade de ir é maior do que a vontade de ficar. Por isso fomos de Mértola a Grândola, movidos por este desejo de estar com todos os que partilham este mesmo querer, este desejo de encontro em torno do mesmo objectivo, movidos pela vontade de “subir à montanha” com Deus no coração.





Valeu a pena. De vários lugares e todas as idades. Tudo preparado com espírito de missão. Foi um dia dinâmico e com espaço para a tranquilidade da oração.
Percebemos que, de facto, a missão não é uma questão de território geográfico, mas de povos e culturas, de cada pessoa, de coração para coração porque aí, é o lugar de encontro entre o humano e o divino e onde o mistério se nos revela. Para isso, é necessário aprofundar a consciência missionária de cada baptizado e de cada comunidade para depois se encontrar espaço e tempo, dar um novo sentido ao que parece perdido e “descer ao vale”, convencidos do poder que tem o amor que é capaz de se concretizar em “SMS”- ser mais solidário-.
A missão renova, revigora a nossa fé e dá-nos novas motivações. O “KIT”, apresentado (jejum, oração e comunidade) pareceu-nos ser o “segredo” que leva tantos missionários a dar-se com a coragem que só Deus pode dar. Esse foi também o testemunho do Padre José Luzia que nos fez renovar a esperança e acreditar que o impossível acontece quando nos deixamos tocar pela graça que Deus nos concede a todos, sem excepção.
Deste dia de encontro, de caminhada, de partilha e de oração saímos mais conscientes da nossa missão de baptizados. O envio foi o momento nobre da jornada. Iluminados pela Palavra, saímos verdadeiramente alimentados pela Eucaristia.
Maria S. Romana,
Grupo de Mértola


sábado, 19 de outubro de 2013

Beja: Jornada diocesana assinala Dia Mundial das Missões



A Diocese de Beja promove, hoje, a primeira Jornada Missionária Diocesana, em Grândola.
Promovida pelo Centro Diocesano Missionário (CDM) de Beja, esta Jornada tem por tema geral “Todos, tudo e sempre em Missão”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os promotores desta iniciativa referem que o programa é para “todas as idades e todas as pessoas”, que vão ter oportunidade de viver momentos de “oração, reflexão, encontro e descobertas”.
“É uma espécie de retiro para todos e que irá ajudar a fazer a descoberta 
d´Aquele que nos ama e a quem devemos amar, de Quem deu a vida por nós e que é o único Salvador”, afirma o CDM.
O encontro decorre entre as 10h00 e as 16h00 e vai desafiar os participantes a deixarem “de ser adeptos ou simpatizantes” para se tornarem “discípulos e testemunhas” de Jesus Cristo.

PR - Beja, 19 Out 2013 (ECCLESIA)


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dia Mundial das Missões



Estamos a viver o “Outubro Missionário” e aproxima-se o Dia Mundial das Missões. O que é, como nasceu, o que fazer, que respostas?

Segundo palavras de Paulo VI, é “uma genial intuição de Pio XI”, “um grande acontecimento na vida da Igreja”, “uma oportunidade de fazer sentir a vocação missionária da Igreja, aos irmãos no episcopado, ao clero, aos religiosos e religiosas e a todos os católicos”, “uma poderosa e insubstituível ajuda às missões”, “um entusiasmo crescente da fé tanto nas Igrejas de antiga fundação, como nas jovens Igrejas” e “o grande dia da catolicidade”.
Muitas expressões, mas o mesmo encanto missionário. É o desafio permanente que deve soar aos ouvidos de toda a Igreja e que exige respostas concretas, sábias e generosas.

O papa João Paulo II, entre muitas expressões e modos de se referir à Missão, afirma: “Exorto todas as Igrejas e todos os pastores, sacerdotes, religiosos e fiéis, a abrirem-se à universalidade da Igreja, evitando toda a forma de particularismo, exclusivismo, ou qualquer sentimento de auto-suficiência”(Redemptor Missio 85).

Bento XVI, ao escrever sobre o tema da Missão diz que o impulso missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial” (Exort. Ap. Verbum Domini, 95).

E o Papa Francisco, na sua mensagem para o Dia Mundial das Missões afirma: “Cada comunidade torna-se “adulta” quando professa a fé, a celebra com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do seu próprio espaço fechado para levá-la também à ‘periferia’, sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer Cristo. A solidez da nossa fé, a nível pessoal e comunitário, mede-se também pela capacidade de a comunicar aos outros, de a irradiar, de a viver na caridade, de a testemunhar a quantos vivem e partilham connosco o caminho da vida”.

E prossegue, dizendo: “Convido os Bispos, os Presbíteros, os conselhos presbiterais e pastorais, cada pessoa e cada grupo responsável na Igreja a dar o devido relevo à dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio empenho apostólico não é completo, se não contém o propósito de ‘tornar-se testemunha de Cristo diante das nações’, diante de todos os povos. A missionariedade não é somente uma dimensão programática na vida cristã, mas também uma dimensão paradigmática que diz respeito a todos os aspectos da vida cristã”.

O Dia Mundial das Missões é viver juntos, fraternalmente e sem fronteiras, a alegria de ser filhos de Deus com um sentido missionário universal numa intensa colaboração espiritual e generosa ajuda material.

Como surgiu o Dia Mundial das Missões?
O Dia Mundial das Missões nasceu num clima muito favorável à causa missionária. No ano de 1922 foi eleito Papa o Cardeal-arcebispo de Milão, Aquiles Ratti, que tomou o nome de Pio XI. O seu ardor missionário era conhecido por todos e, por isso mesmo, esperava-se dele um grande impulso à missão. Logo no início de seu pontificado nomeou o primeiro bispo indígena, Monsenhor Roche, inaugurando, deste modo, no século XX, uma série de prelados nativos de rito latino.

Nesse mesmo ano celebrava-se o primeiro centenário da fundação da Obra Missionária da Propagação da Fé. Pio XI declarou-a Pontifícia, juntamente com a Obra da Infância Missionária e a de São Pedro Apóstolo, confirmando-as e recomendando-as como instrumentos principais e oficiais da cooperação missionária de toda a Igreja católica.

No Ano Santo de 1925, o papa Pio XI, abriu, no Vaticano, uma esplêndida exposição missionária mundial e, o ano seguinte, publicou uma Encíclica sobre as Missões, “Rerum Ecclesiae”, na qual reafirma a importância e os objectivos missionários programados no início de seu pontificado. Nesse mesmo ano consagrou os seis primeiros bispos chineses.

Oficialmente, e a pedido do Conselho Superior Geral da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, o Dia Mundial das Missões foi instituído pelo papa Pio XI, a 14 de Abril de 1926.

O papa Pio XI, no seu impulso missionário, uns anos antes de instituir o Dia Mundial das Missões, teve um gesto surpreendente: Na festa de Pentecostes de 1922, ano em que foi eleito Papa, interrompeu a homilia e, no meio de um impressionante silêncio, pegou no seu solidéu e fez com que este passasse pelas mãos da multidão de bispos, presbíteros e fiéis na Basílica de São Pedro, enquanto pedia a toda a Igreja ajuda para as missões.

A partir de então, cria-se o Dia Mundial das Missões. O Papa dirige aos fiéis uma Mensagem e as Obras Missionárias Pontifícias (OMP), as dioceses, paróquias, institutos religiosos e missionários, fazem deste dia e do Mês de Outubro, uma jornada de fé, uma festa de catolicidade e solidariedade em favor da missão universal da Igreja. É para os cristãos de todo o mundo um renovado convite para agradecer a Deus o dom da fé e um apelo à corresponsabilidade na evangelização hoje e sempre, aqui e em todo o lugar.

Na Mensagem para o Dia Mundial das Missões para este ano, o papa Francisco diz-nos: “Cada comunidade é portanto, chamada e convidada a fazer próprio o mandato confiado aos apóstolos de serem suas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os extremos da terra (Act 1, 8), não como aspecto secundário da vida cristã, mas como um aspecto essencial: somos todos enviados nas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e nos tornando anunciadores de seu Evangelho”.

Nas Jornadas Mundiais da Juventude / Rio 2013 o Papa disse aos jovens: “Ide, sem medo, servir!” Os jovens e todos os baptizados são enviados pelo papa Francisco a ser apóstolos, testemunhas de Jesus Cristo, junto dos irmãos. Aquele em quem acreditamos, que nos ama e nos salva, deve ser anunciado e testemunhado nos mais diversos areópagos espalhados pelo mundo.

Nesta nossa missão, somos sempre acompanhados pela presença e força do Espírito Santo e pela protecção dos padroeiros universais das Missões, Santa Teresinha do Menino Jesus e São Francisco Xavier.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Emigrantes responsáveis


1.   Formação e responsabilidade
Na semana passada tive oportunidade de participar numas jornadas de formação dos agentes pastorais de língua portuguesa na Alemanha e na Suíça, cerca de 45 pessoas, e em celebrações da fé com procissões de Nossa Senhora de Fátima em três comunidades das missões portuguesas de Basel e Luzern, na Suíça. Nas jornadas refletiu-se sobre a catequese familiar em ambiente de emigração e sobre as relações das Igrejas dos países de origem e de destino dos nossos emigrantes. Tivemos também oportunidade de ouvir falar dos novos emigrantes, famílias jovens com filhos, que procuram as nossas missões, sobretudo para aí terem o apoio na formação religiosa das crianças.

Soube que a percentagem de emigrantes de origem portuguesa na Suíça aumentou 20% neste ano, ultrapassando já bastante as duas centenas de milhar. Sendo um país pequeno, montanhoso, rico e bem organizado, os nossos emigrantes também dão um forte contributo para isso.


No curto espaço de tempo, em fim-de-semana, pude observar várias comunidades católicas em funcionamento. Conselhos pastorais bem estruturados, com pessoas responsáveis em todos os setores, liturgia, catequese, economia, cultura, etc. Porque a área das missões é muito extensa e os sacerdotes e outros agentes pastorais têm de assistir várias comunidades, estas estão organizadas de tal modo que os padres se podem dedicar mais à celebração da fé e à formação dos colaboradores.

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Missão Popular em Marinhais

Na vila de Marinhais - Salvaterra de Magos, diocese de Santarém, decorreu a Missão Popular de 29 de Setembro, a 13 de Outubro. A equipa missionária era composta por um sacerdote vicentino, uma religiosa espiritana e uma leiga dos Colaboradores da Missão vicentina.
A Missão teve início na Eucaristia da Festa do Padroeiro, na antiga Capela de Marinhais. No final, fez-se a procissão de velas, com a imagem de S. Miguel, que foi levada para a Igreja Nova. Nessa celebração, presidida pelo Pároco, Pe. João Maria fez-se a apresentação da equipa missionária.
Durante o dia visitámos as escolas, os doentes, no seu domicílio ou nos inúmeros lares/casas de acolhimento e o Centro de Dia.
A primeira semana foi dedicada às catequeses familiares nas 16 Comunidades onde eram partilhadas a Palavra de Deus e as experiências de fé de cada um dos presentes. No sábado deu-se o Encontro da Comunidade de Comunidades. Todos participaram activamente e fizeram a apresentação da vivência dos quatro dias da comunidade. Cada um dos Grupos escolheu um nome e um símbolo que exprimiam as experiências de fé. Os mesmos grupos, à semelhança das primeiras comunidades, recolheram bens alimentares que depositaram aos pés do altar. Estes foram entregues à Conferência de S. Vicente de Paulo que os distribuiu por mais de trinta famílias.

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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

1ª Jornada Missionária Diocesana



Como Já foi divulgado e é sabido, a Diocese de Beja vai viver a 1ª Jornada Missionária Diocesana, em Grândola, dia 19 de Outubro. Esta acção tem como tema geral “Todos, tudo e sempre em Missão.

O programa dirige-se a todas as idades e a todas as pessoas. Oração, reflexão, encontro e descobertas são condimentos para a vivência desta Jornada. É uma espécie de retiro que vai ajudar a todos a fazer a descoberta de quem nos ama e de quem amamos, de quem deu a vida por nós e que é o único Salvador.

É um tempo para descobrir como testemunhamos a nossa fé e como vivemos esta adesão a Jesus Cristo, deixando de ser adeptos ou simpatizantes para nos tornarmos discípulos e testemunhas.

CDM/BEJA
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

CRIAR REDES

CRIAR REDES
A dignidade da pessoa humana realiza-se na relação. Para que esta não seja simplesmente virtual, impessoal, anónima, torna-se necessário fazer uma nova aprendizagem das novas linguagens. A escola e a Igreja têm aqui um campo imenso de investigação e de ação pedagógica junto das famílias, das crianças e dos jovens, que não podemos deixar perder.

1.  Criar relações
Na semana passada tive oportunidade de participar nas jornadas das comunicações sociais da Igreja em Portugal, que versaram sobre a comunicação em rede como novo ambiente pastoral, inspirando-se na mensagem papal para o Dia Mundial de 2013. Foi uma rica oportunidade para ouvir pessoas experientes sobre esta temática, que me fascina e muito me tem ajudado na missão episcopal. Mas, para além do uso intenso dos meios tecnológicos digitais, constatei que eles criaram um novo ambiente de comunicação, mesmo ao nível do testemunho da fé cristã, fazendo surgir novas linguagens e novas mentalidades.


Muitas vezes estes novos meios criam dependências e rompem os laços de proximidade interpessoal. Mas também se revestem de imensas potencialidades na criação de novas relações, que, embora virtuais, não deixam de ser reais. Sabemos que a dignidade da pessoa humana se realiza na relação. Para que esta não seja simplesmente virtual, impessoal, anónima, torna-se necessário fazer uma nova aprendizagem das novas linguagens. A escola e a Igreja têm aqui um campo imenso de investigação e de ação pedagógica junto das famílias, das crianças e dos jovens, que não podemos deixar perder. As escolas de teologia, onde se forma o nosso clero, não podem prescindir de formar os seus alunos nestas linguagens.


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