quarta-feira, 3 de julho de 2013

Emigrar e peregrinar


1. À procura de melhor vida
Devido à crise económica que Portugal e outros países atravessam, muitas pessoas deixam as suas terras e tentam encontrar noutros países aquilo que não encontram perto, trabalho melhor remunerado e condições de vida mais satisfatórias. Nisto reside a principal causa da emigração em massa, de gente nova bem formada e com especialização profissional, mas também de outras pessoas em idade activa, que não se resignam perante o desemprego ou o subemprego. Muitos milhares de portugueses têm emigrado nos últimos tempos, para todas as partes do mundo e não apenas para os países da comunidade europeia. Ao mesmo tempo, muitos imigrantes, que procuraram em Portugal melhores condições de vida, estão a regressar aos seus países de origem ou a emigrar para outros.

Esta convulsão social afecta profundamente o panorama do nosso país, que envelhece rapidamente e diminui a população activa, com reflexos na estabilidade familiar, escolar e também eclesial. Por isso a Igreja em Portugal sente a urgência em acompanhar este fluxo de pessoas, como aconteceu no tempo dos descobrimentos e também há 50 anos, quando se fundou a Obra Católica Portuguesa das Migrações. Para estudar a melhor maneira de acompanhar as famílias e os seus emigrantes estão reunidos em Vila Real, durante esta primeira semana de Julho, os Secretariados diocesanos da Mobilidade Humana com as estruturas da Conferência Episcopal encarregadas deste sector e de 11 a 18 de Agosto vamos celebrar a 41ª Semana Nacional de Migrações, que este ano tem como lema: Peregrinação de fé e de esperança.Terá como ponto alto a Peregrinação do Migrante ao santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de Agosto, presidida pelos bispos da Comissão episcopal e pelo arcebispo do Luxemburgo, onde vive uma numerosa comunidade de língua portuguesa.

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