quarta-feira, 31 de julho de 2013

Missão Ad Gentes: Ide e ensinai!”




As Jornadas Missionárias Nacionais  (JMN) vão realizar-se de 21 a 22 de Setembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. A organização é da responsabilidade da Comissão Episcopal de Missões, das Obras Missionárias Pontifícias e da CIRP.
O tema será “Missão Ad Gentes: Ide e ensinai!”. Este ano, a Jornada Missionária Nacional assume a particularidade de ser um evento conjunto vivido com a Pastoral Juvenil que celebra as II Jornadas Nacionais.
As JMN acontecem em Setembro, depois de um ano de pastoral, de férias que podem ter sido missionárias e às portas de Outubro, mês Missionário por excelência. Avaliar o percurso missionário feito e incendiar de espírito missionário o ano pastoral que começa são dois bons objectivos para estas JMN. Ao olharmos para o perfil dos participantes nos últimos anos, concluímos que ainda há um longo caminho a percorrer se queremos que as JMN ajudem a sensibilizar para a animação missionária das Igrejas locais, uma vez que há ainda dioceses que não se fazem representar. Mas já há uma participação muito elevada de leigos, muitos dos quais são jovens. Por isso, há futuro.

P. Agostinho Sousa
CDM/Beja

segunda-feira, 29 de julho de 2013

S. Francisco da Serra acolhe Grupo Missionário


De 27 de Julho a 4 de Agosto, o Grupo Ondjoyetu da diocese de Leiria-Fátima veio até S. Francisco da Serra (Santiago do Cacém) para fazer uma nova experiência missionária. São dez elementos: o P. David Nogueira, director diocesano da acção missionária, a Irmã Susana (mexicana), o Diamantino, a Júlia, a Helena, a Deolinda, a Ana, a Rita, a Elsa e o Diogo. De várias idades, casados e solteiros, deixaram as suas famílias e vieram até ao Alentejo Litoral para testemunhar a alegria de ser enviado a anunciar Jesus Cristo, a fonte da nossa alegria.
Todos os anos, por ocasião do Verão, alguns elementos do Grupo, depois de uma formação e preparação são enviados para uma zona do Alentejo. Já foi no Alto Alentejo, noutras paróquias e agora é em S. Francisco da Serra. Estão sediados na Associação de Cruz João Mendes.
Durante o dia, o contacto com as pessoas, nas suas casas ou nas ruas, a visita a doentes e a pessoas de idade, no Centro de Dia ou no domicílio são a actividade predominante. Com a gente nova e os adultos, à noite, nas três localidades da freguesia (Cruz João Mendes, Roncão e S. Francisco) há encontros, celebrações e vigília missionária. Santiago do Cacém (Cercisiago) e Santra Cruz (Centro de Dia das Ademas) também beneficiarão da presença do Grupo.
No dia do encerramento desta acção missionária celebrar-se-á a Festa da Senhora do Livramento, nas ruínas da Ermida, com Eucaristia e convívio.
Nos encontros com as pessoas, o testemunho da fé e a vivência da comunidade são pontos fundamentais para a partilha. O despertar da consciência missionária em cada baptizado pretende fazer desabrochar disponibilidades para a Missão, no nosso meio ambiente ou em outras paragens.
P. Agostinho Sousa,
CDM/Beja


segunda-feira, 22 de julho de 2013

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A XXVIII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO, EM JULHO DE 2013

«Ide e fazei discípulos entre as nações!» (cf. Mt 28,19)
Queridos jovens,
Desejo fazer chegar a todos vós minha saudação cheia de alegria e afeto. Tenho a certeza que muitos de vós regressastes a casa da Jornada Mundial da Juventude em Madrid mais «enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2,7). Este ano, inspirados pelo tema: «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Fil 4,4) celebramos a alegria de ser cristãos nas várias Dioceses. E agora estamo-nos preparando para a próxima Jornada Mundial, que será celebrada no Rio de Janeiro, Brasil, em julho de 2013.

Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa.
Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Voluntariado missionário - 2013


Quantos são
Mais de quatro centenas de jovens e adultos (405, mais propriamente) vão realizar este ano projectos de voluntariado missionário em países em desenvolvimento e mais de um milhar em Portugal (1.073, concretamente), revelou a Fundação Fé e Cooperação (FEC), da Igreja Católica, em comunicado enviado à Agência Ecclesia. Destes últimos, alguns vão viver esta experiência na Diocese de Beja).

Este é o maior número de voluntários em missão fora de Portugal desde o ano 2003, data em que a FEC começou a publicar dados relativos a estas iniciativas.

Para onde vão
A organização precisa que 114 pessoas partem para Moçambique, 98, para Cabo Verde e 69, para Angola. Outros países lusófonos, acolhem os restantes: São Tomé e Príncipe, 48 voluntários, a Guiné-Bissau, 31, o Brasil, 25 e Timor-Leste, 14.
Além dos países de língua oficial portuguesa, três voluntários marcam presença no Perú, um, nas Honduras, um, em El Salvador e um outro, na República Centro Africana.
Os dados são resultado de um inquérito feito às 61 entidades que integram a Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC. De entre elas, 37 (menos sete que no ano passado) vão enviar voluntários em missão.

O que fazem
As áreas de intervenção das entidades que actuam nos países em desenvolvimento, promovendo acções de voluntariado missionário são, nomeadamente, educação/formação, animação sociocultural, pastoral, construção de infraestruturas e saúde.
Destes voluntários missionários, 350 vão fazer voluntariado nos países em desenvolvimento, integradas em projectos considerados de curta duração, ou seja, entre 1 a 6 meses; os restantes, ou seja, 55 pessoas vão dedicar um ou dois anos da sua vida ao voluntariado para a cooperação de inspiração cristã. A maioria dos voluntários que parte para missões internacionais é estudante (49%), tem entre os 18 e os 25 anos (65%); e é do sexo feminino (69%).

Porque o fazem
“É de salientar que 20% dos voluntários de curta duração estão empregados e disponibilizam as suas férias para desenvolver projectos de voluntariado em países em desenvolvimento”, sublinha a FEC. Esta Fundação acrescenta que há “jovens em idade activa que pedem licenças sem vencimento e se desempregam para partir em missões de longa duração”. Dos voluntários que dedicam 1 ou mais anos ao voluntariado missionário, 38% têm entre os 18 e os 25 anos. A área de “educação/formação” é a que tem maior intervenção e as crianças são o público-alvo preferencial.
“Aprendizagem de novas formas de estar/ser e vontade de continuar a dar apoio a projectos locais a partir de Portugal” são as principais transformações sentidas pelos voluntários, refere a FEC.

O que recebem
A fundação, ligada à Conferência Episcopal Portuguesa, acrescenta que “participar num projecto de voluntariado missionário dá aos voluntários a oportunidade de se envolverem num processo de educação não-formal, que os torna cidadãos activos, actuantes e comprometidos com a transformação da realidade social, em benefício do bem comum”.
Em Portugal, os voluntários trabalham com crianças, jovens e idosos, na área da animação sociocultural (72%), da pastoral (58%) e da educação (55%). A FEC dinamiza a Rede do Voluntariado Missionário desde 2002 e, anualmente, reúne os dados que contribuem para as estatísticas desta realidade “que se tem vindo a consolidar ao longo dos últimos 24 anos em Portugal”.

FEC - Julho 2013 (Ecclesia)

OC

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ordenação sacerdotal e Bodas de Prata



“Ide e ensinai”

A Igreja diocesana de Beja, neste último domingo, ficou “mais rica”: foi ordenado sacerdote o diácono José Manuel Bravo Valente, natural de Moura. Foi uma celebração vivida e de grande comunhão entre todos. Também, nesse dia, o Pe. Manuel António, natural de Beja, celebrou os seus 25 anos de sacerdócio. O neo-sacerdote viveu os últimos dois anos em Grândola, onde o Pe. Manuel António é pároco.
A celebração, presidida por D. António Vitalino, Bispo de Beja, contou com a participação da maioria do presbitério de Beja, estando ainda presentes alguns sacerdotes de Évora e do Algarve, bem como professores da Universidade Católica.
As gentes de Grândola e de Moura, os amigos e familiares, vindos de perto e de longe, encheram a catedral. Todos quiseram associar-se à alegria dos dois sacerdotes e, com eles, agradecer a Deus o dom do sacerdócio.
A liturgia própria do dia veio ao encontro do momento celebrativo que se viveu. Além do envio dos 72 discípulos, apontava para as qualidades dos enviados e para as dificuldades que estes iriam encontrar ao levar a grandenotícia a comunicar, com pronta mansidão, alegria e simplicidade de coração: «Está perto de vós o Reino de Deus» (Lc.10,9). Neste contexto de anúncio, de envio, de missão ao longe e ao largo, apraz-me citar S. Francisco de Assis, quando falava aos seus irmãos: “Ide e ensinai com o vosso testemunho. E, no caso de ser preciso, direis também alguma palavra”.
P. Agostinho Sousa, CDM/Beja


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Papa elogia acção dos missionários


O Papa Francisco elogiou neste último domingo a acção dos missionários católicos em todo o mundo e disse ser “urgente” que os católicos assumam a necessidade de “anunciar o Reino de Deus”.

“A todos se leva a paz de Cristo e se não a acolherem, segue-se em frente. Aos doentes, leva-se a cura, porque Deus quer curar o homem de todo o mal. “Quantos missionários fazem isto: semeiam vida, saúde, conforto nas periferias do mundo”, declarou, antes da recitação da oração do Angelus, perante milhares de pessoas reunidas no Vaticano.
A intervenção decorreu após uma missa que reuniu os seminaristas, noviços e “jovens em caminhada vocacional”, numa jornada integrada nas celebrações do Ano da Fé.
Francisco destacou que o objectivo do anúncio “não é socializar, passar o tempo juntos”, mas dar a conhecer a mensagem cristã, sem “tempo a perder em coscuvilhices”.
“Não é preciso esperar pelo consenso de todos, é preciso ir e anunciar”, sublinhou.
O Papa evocou todos os que, na Igreja, trabalham junto dos doentes, de quem sofre e é marginalizado, “sempre como missionários do Evangelho, com a urgência do Reino que está perto”.
“Não devemos vangloriar-nos como se fôssemos os protagonistas: protagonista é o Senhor”, sustentou.
Francisco pediu as orações dos presentes por todos os que estão a preparar-se para o sacerdócio ou para a vida consagrada, para que “o amor por Cristo amadureça cada vez mais na sua vida e se tornem verdadeiros missionários do Reino de Deus”.

D.R.
Cidade do Vaticano, 07 Julho 2013



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Encíclica “Lumen fidei"



Fé é património da Igreja

O Papa Francisco assinala na sua primeira encíclica, que publicou hoje, a dimensão eclesial da fé, a qual diz ser mais do que “um facto privado” ou “uma opinião subjectiva”. “A fé não é só uma opção individual que se realiza na interioridade do crente, não é uma relação isolada entre o ‘eu’ do fiel e o ‘Tu’ divino, entre o sujeito autónomo e Deus, mas, por sua natureza, abre-se ao ‘nós’, verifica-se sempre dentro da comunhão da Igreja”, escreve na ‘Lumen Fidei’ (Luz da fé).

Para o Papa, é “impossível” acreditar sozinho, pelo que a fé tem uma forma “necessariamente eclesial”. Francisco pede que os crentes não se envergonhem de Deus ou se recusem a confessar a sua fé na “vida pública”.
“A fé ilumina a vida social: possui uma luz criadora para cada momento novo da história”, observa.


A reflexão iniciada por Bento XVI e concluída por Francisco, que agradece o trabalho do seu predecessor neste texto, sustenta que a “profissão de fé” é mais do que concordar com “um conjunto de verdades abstractas”. “Podemos dizer que, no Credo, o fiel é convidado a entrar no mistério que professa e a deixar-se transformar por aquilo que confessa”, pode ler-se.

Francisco destaca, por outro lado, que no centro da fé bíblica há “o amor de Deus, o seu cuidado concreto por cada pessoa”, que “atinge o clímax na encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo”.

A encíclica, documento mais importante assinado por um Papa, cita a obra ‘O Idiota’, do russo Dostoievski (1821-1881) para falar dos “efeitos destruidores da morte no corpo de Cristo”. “É precisamente na contemplação da morte de Jesus que a fé se reforça e recebe uma luz fulgurante, é quando ela se revela como fé no seu amor inabalável por nós”, escreve Francisco.

O Papa argentino passa em revista “quatro elementos que resumem o tesouro de memória que a Igreja transmite”: a confissão de fé, a celebração dos sacramentos, o caminho do decálogo, a oração. “O passado da fé, aquele acto de amor de Jesus que gerou no mundo uma vida nova, chega até nós na memória de outros, das testemunhas, guardado vivo naquele sujeito único de memória que é a Igreja”, realça o texto.

Para Francisco, esta fé em Jesus não separa os cristãos da realidade, mas leva-o “a comprometer se, a viver de modo ainda mais intenso o seu caminho sobre a terra”. A nossa cultura perdeu a noção desta presença concreta de Deus, da sua ação no mundo; pensamos que Deus se encontra só no além”, avisa.

O Papa refere que no Baptismo, o homem recebe “uma doutrina que deve professar e uma forma concreta de vida que requer o envolvimento de toda a sua pessoa”. A este respeito, apresenta-se uma reflexão sobre “o sentido e a importância do Baptismo das crianças”. “A fé é vivida no âmbito da comunidade da Igreja, insere-se num ‘nós’ comum. Assim, a criança pode ser sustentada por outros, pelos seus pais e padrinhos, e pode ser acolhida na fé deles que é a fé da Igreja”, precisa o documento.


Segundo o Papa, é importante que os pais acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos, sobretudo os jovens, que “atravessam uma idade da vida tão complexa”. “Nas Jornadas Mundiais da Juventude, os jovens mostram a alegria da fé, o compromisso de viver uma fé cada vez mais sólida e generosa. Os jovens têm o desejo de uma vida grande”, prossegue.

A encíclica, divida em 60 pontos, conclui-se com uma oração a Maria, “Mãe da Igreja e Mãe da fé”.

Octávio do Carmo
Cidade do Vaticano, 05 Julho 2013

(Ecclesia)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Emigrar e peregrinar


1. À procura de melhor vida
Devido à crise económica que Portugal e outros países atravessam, muitas pessoas deixam as suas terras e tentam encontrar noutros países aquilo que não encontram perto, trabalho melhor remunerado e condições de vida mais satisfatórias. Nisto reside a principal causa da emigração em massa, de gente nova bem formada e com especialização profissional, mas também de outras pessoas em idade activa, que não se resignam perante o desemprego ou o subemprego. Muitos milhares de portugueses têm emigrado nos últimos tempos, para todas as partes do mundo e não apenas para os países da comunidade europeia. Ao mesmo tempo, muitos imigrantes, que procuraram em Portugal melhores condições de vida, estão a regressar aos seus países de origem ou a emigrar para outros.

Esta convulsão social afecta profundamente o panorama do nosso país, que envelhece rapidamente e diminui a população activa, com reflexos na estabilidade familiar, escolar e também eclesial. Por isso a Igreja em Portugal sente a urgência em acompanhar este fluxo de pessoas, como aconteceu no tempo dos descobrimentos e também há 50 anos, quando se fundou a Obra Católica Portuguesa das Migrações. Para estudar a melhor maneira de acompanhar as famílias e os seus emigrantes estão reunidos em Vila Real, durante esta primeira semana de Julho, os Secretariados diocesanos da Mobilidade Humana com as estruturas da Conferência Episcopal encarregadas deste sector e de 11 a 18 de Agosto vamos celebrar a 41ª Semana Nacional de Migrações, que este ano tem como lema: Peregrinação de fé e de esperança.Terá como ponto alto a Peregrinação do Migrante ao santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de Agosto, presidida pelos bispos da Comissão episcopal e pelo arcebispo do Luxemburgo, onde vive uma numerosa comunidade de língua portuguesa.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Peregrinar é estar aberto à Missão





A nossa diocese de Beja viveu a sua 13ª Peregrinação Diocesana a Fátima. Nem o calor abrasador e sufocante que se fez sentir, foi capaz de demover cerca de duas mil pessoas que se deslocaram ao “altar do mundo” e se associaram aos demais peregrinos da Cova da Iria.
Foi uma jornada muito bela, onde o amarelo, cor do trigo loiro, sobressaía entre as outras cores e a melodia alentejana nos cantares a Maria emprestou um sabor diferente à recitação do Rosário. Com povo, vindo dos grandes centros ou dos longínquos montes ou aldeias, estiveram quase todos os sacerdotes, diáconos, seminaristas e consagrados da Diocese.

Era uma pequena multidão que, no dizer de D. António Vitalino que presidiu à Peregrinação e à Eucaristia, “não é possível reunir em qualquer celebração festiva em território da diocese”. Com objectivos bem definidos, com intenções muito concretas, com mensagem bem marcante, galgaram-se quilómetros para que tudo chegasse ao mais íntimo do coração de cada um.
“Peregrinar é estar aberto à Missão” foi o fio condutor de tudo o que se viu, ouviu, rezou e celebrou.

Vem e segue-me
A liturgia da Palavra convidava-nos a deixar tudo para seguir o Mestre. Um convite, sempre feito, mas nem sempre escutado ou merecedor de uma resposta afirmativa. Esse convite continua a ser repetido e espera respostas generosas de todos, seja para o sacerdócio ou para a vida religiosa, seja para a vida matrimonial. Uns e outros, são chamados a cumprir uma missão, a viver um amor total e dedicado, sempre ao jeito de Jesus Cristo.
Também, em Fátima, há quase um século atrás e também nos dias de hoje, se pode encontrar espaço para uma mudança de vida, de atitude, de resposta.
As palavras do Bispo e as reflexões apresentadas na recitação do terço, na manhã do domingo, uma vez mais, foram apelo e desafio para todos quantos de coração aberto e alma generosa as deixaram entrar nas suas vidas, de modo a dar bons frutos nas suas famílias, nas suas aldeias e montes, nos ambientes onde vivem e trabalham.
“A verdade te libertará”, mote do Sínodo diocesano e bem expressa por S. Paulo, na liturgia do 13º Domingo comum, ensina a desatar muitos nós da vida, a romper com prisões e medos, a criar espaço para uma resposta pronta, total e geradora de felicidade.




“Tudo, todos e sempre em Missão”
Em vários lugares e por diversas vezes se tem repetido esta frase, muito forte, muito densa e cheia de significado. Foi apresentada por Bento XVI numa das últimas mensagens para o dia mundial das Missões. Vai ser retomada para o Dia Missionário Diocesano, em Grândola, a 19 de Outubro. Muitos dos peregrinos de Fátima viveram nos últimos anos experiências de Missão, seja em tempo de férias, com os grupos de jovens, seja nas Missões Populares e nos encontros de formação para animadores, seja mesmo nas tarefas e serviços das suas comunidades e paróquias. Louvado seja Deus por toda essa generosidade, dedicação e testemunho!
Somos capazes de nos mobilizar, de ir longe ou perto, de responder a propostas e a motivações quando elas nos tocam, nos impelem, nos agarram por dentro. Vamos “até ao fim do mundo” se tal nos tocar cá por dentro. O Senhor é o mesmo, a Mãe é a mesma e a Igreja de Jesus Cristo é a mesma.
O que vivemos, celebramos e experimentamos, o que nos encheu o coração, nos tocou fundo ao ponto de fazer correr algumas lágrimas e embargou a voz, sejamos capazes de o testemunhar no dia a dia, sem vergonha nem medos, com alegria e entusiasmo, procurando dizer aos outros, por palavras e por obras, as maravilhas que Deus faz e quer continuar a fazer em nós e através de nós. Peregrinar é estar aberto à Missão e todos somos chamados a dar testemunho do Senhor Jesus, sempre e em todo o lugar.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja