quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Órfãos de pai, mas não de mãe

1. Filhos abandonados

Frequentemente encontramos pessoas na rua e em instituições que não conhecem os seus progenitores ou não querem falar deles. Os motivos deste corte efetivo e afetivo são vários. Mas os efeitos no desenvolvimento destas pessoas são perniciosos para os próprios e para a sociedade. Sempre me tocou e questionou uma afirmação atribuída a Deus no livro do profeta Isaías: mesmo que uma mãe esqueça o filho que amamenta, Eu não vos esquecerei. Esta certeza do amor de Deus, mais forte e fiel que o de uma mãe, consola-me, mas gostaria que ela se tornasse a certeza de muita gente e sobretudo das pessoas esquecidas por suas mães. Não é fácil transmitir esta certeza da fé, sobretudo a quem não fez a experiência do amor materno.



Apesar da consolação da fé, não podemos deixar de nos comover e chorar ao ver crianças a sofrer por causa do abandono e da insensibilidade de muitos adultos, que abusam delas, as escravizam e até usam como armadilhas para a guerra e como bombas suicidas. O Papa Francisco, no encontro com os jovens nas Filipinas, ficou comovido com a pergunta de uma criança sobre o sofrimento das crianças e disse que a nossa melhor resposta é chorar com quem sofre. Disse mesmo que precisamos de aprender a chorar, sinal de que temos um coração sensível e compassivo com o sofrimento do próximo.

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