terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Infância Missionária



“O Evangelho viaja sem passaporte”

As crianças e a missão
No meio de tanta Luz, Presentes e Alegria para todos, vindos da Epifania, que significa manifestação de Deus entre nós e para nós, não podemos esquecer as crianças e a missão. No dia da Epifania ou “Dia dos Reis Magos” celebra-se o dia da Infância Missionária, cujo lema é “Crianças ajudam crianças” ou, um outro lema mais abrangente e muito belo ainda: “O Evangelho viaja sem passaporte”. Tal expressão, quer significar que o Evangelho nos faz verdadeiramente filhos e irmãos e que entre filhos e irmãos não há fronteiras, nem barreiras, nem muros ou qualquer separação. Sonhamos com um mundo assim, mas só as crianças nos podem ensinar esta lição maravilhosa.




Festa diocesana, na cidade de Moura
Foi no sábado, dia 3 de Janeiro. Depois da caminhada de Advento animada pelas Catequese, na qual esteve bem presente o lema para este ano “Com as crianças da Oceania seguimos Jesus” e os vários projectos propostos para serem apoiados, as crianças, jovens e adolescentes, fizeram a partilha, entregando os seus Mealheiros.
Aos poucos, o salão do Centro Paroquial de Moura foi-se enchendo de gente nova. Muitas dezenas de crianças e jovens acorreram para a celebração festiva. O encontro estava revestido com uma surpresa: a presença do bispo coadjutor, D. João Marcos que, pela primeira vez, visitava a Comunidade paroquial de Moura.
Pela 16h00, D. António e D. João foram acolhidos pelos “Novos Caminhos”, que os brindou com um chá bem quentinho. Este é um grupo de senhoras que, semanalmente, se reúne naquele lugar e vai “mexendo” interior e exteriormente, fazendo trabalhos para exposição, bem como outras actividades, tais como a ginástica e a reflexão bíblica.
Depois deste “aperitivo” deu-se o encontro com a gente nova. Com a tónica natalícia, o palco estava embelezado com a presença da figura dos “Reis Magos e seus presentes” e com as bandeiras com as cores dos 5 continentes.
O grupo de jovens Krentes animou o canto. Cada ano de catequese preparou uma questão para ser apresentada ao novo Bispo, por alguém do grupo. Foram muitas e curiosas as perguntas feitas: desde as cores preferidas á sua naturalidade, do valor da Confirmação à necessidade dos Grupos de jovens numa Comunidade, desde a sua vocação para ser padre à sua integração no Alentejo. Também houve uma questão pertinente: como se sabe que o dinheiro dos Mealheiros chega ao seu destino? Neste particular, respondeu o P. Agostinho, expondo o circuito diocesano, nacional, universal e eclesial da Obra da Infância Missionária, dando conta do sucedido em 2014 com os projectos para quatro países de África.
Perguntas e respostas, preencheram a tarde: Tornaram mais próximo D. João Marcos e marcaram um momento forte neste dia da celebração diocesana da Infância Missionária.

Guiados por uma estrela…entraram em casa



Terminada a sessão, crianças e catequistas, com uma estrela que representava cada ano da catequese paroquial, dirigiram-se para a Igreja de S. João Baptista, formando assembleia com muitas outras pessoas que enchiam por completo o templo.
O Presépio, os 3 Reis, as Estrelas, colocadas nas colunas, os cartazes com o nome dos 6 Arciprestados da Diocese e com o nome dos 5 Continentes, emprestaram à celebração o colorido da Festa. Mais uma vez, a gente nova, assumiu a animação da Eucaristia. Os jovens Krentes, deram voz ao canto e o Agrupamento do CNE, assumia a proclamação da Palavra. Ao ofertório, os Mealheiros, os sinais e símbolos foram trazidos pelas crianças e catequistas.
A Eucaristia foi presidida por D. António Vitalino e concelebrada por D. João Marcos que proferiu a homilia. Concelebraram ainda o pároco, P. Egídio Ferreira e o P. Agostinho Sousa, responsável diocesano pela Animação Missionária. Para além das muitas crianças, seus familiares e catequistas, esteve presente a Irmã Helena Lampreia, responsável diocesana pelo Departamento da Catequese da Infância e Adolescência. Aos jovens, juntaram-se os muitos representantes de movimentos e grupos paroquiais de Moura e das comunidades vizinhas que acorrerem à celebração, fazendo um cortejo imenso quer na distribuição da Comunhão, quer no beijar do Menino.
D. João, na sua reflexão, aludiu a várias expressões do texto do Evangelho, tais como, a Estrela, conhecer as Escrituras, a alegria de encontrar Jesus, o entrar em casa e o seguir por outro caminho, procurando fazer chegar a todos a mensagem deste dia: a universalidade da salvação trazida e oferecida por Jesus a toda a humanidade, a urgência em sermos uma igreja missionária. Repisou a ideia de que é necessário “entrar dentro da casa” para um autêntico encontro com o Senhor. Depois, quem viu o que os Magos viram, quem encontrou o que eles encontraram, quem experimentou o que eles experimentaram, não pode mais limitar-se a continuar seja o que for. Tudo tem mesmo de ser novo, é preciso fazer caminho novo.
Após o beijar do Menino e finda a celebração, houve um jantar partilhado, com muitas e saborosas iguarias. Também não faltou o cante alentejano para animar a festa!

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

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