quarta-feira, 9 de julho de 2014

Desertificação do interior



1. Inverno demográfico

Nas últimas semanas o governo começou a dizer que precisamos de atacar a crise de emprego e de natalidade e criou uma comissão para estudar políticas favoráveis. Como sabemos, nos últimos anos tem aumentado o número de desempregados, diminuído o número de nascimentos, subido o envelhecimento da população e o número de emigrantes. Em algumas zonas do país houve uma ligeira compensação com a entrada de imigrantes, sobretudo para setores menos procurados pelos nativos, como é a área da agricultura.

Isto afetou mais o interior que o litoral e os grandes centros urbanos. Nos 17 concelhos da diocese de Beja houve um decréscimo de quase dez mil habitantes entre 2001 e 2011. Nos concelhos do litoral alentejano manteve-se a população, sobretudo devido aos imigrantes. Em algumas freguesias do litoral a população residente estrangeira é superior à autóctone, como, por exemplo, em S. Teotónio. Isto reflete-se também na pastoral das paróquias, onde o número de batismos, de crianças na catequese, de matrimónios e outras áreas tem vindo a diminuir.

Quais serão as causas? Certamente que são muito complexas e múltiplas e não podemos atribuir tudo à crise económica, pois já houve épocas de grande pobreza e, apesar disso, havia uma grande natalidade.

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