segunda-feira, 16 de junho de 2014

Luz para um mundo melhor



1. Juramentos e tomadas de posse

Todos estamos habituados a presenciar tomadas de posse de cargos públicos, seja de presidentes da República e até de reis nas monarquias, e todos fazem juramentos solenes pelos mais diversos códigos: por Deus, pela honra, pela constituição, etc. Na Igreja há vocações, ordenações e entradas solenes, mas é sempre Deus, a sua Palavra revelada e tornada escrita na Bíblia e o amor ao Povo de Deus, cuja salvação se deseja e ama, que marcam o início da missão.

Nestes dias estamos a proclamar na liturgia, a oração oficial e comunitária da Igreja, o texto das bem-aventuranças segundo o Evangelho de S. Mateus. Lá ouvimos que não devemos jurar, nem por nós nem por qualquer outro poder, mas que a nossa linguagem deve ser sim, sim e não, não. Isto não quer dizer que as nossas afirmações, gestos e atitudes devam ser arbitrárias, subjectivas, pensando apenas a partir da nossa opinião e bem pessoal, mas a partir de uma personalidade bem formada, coerente e transparente, que tem como suprema norma da sua linguagem e missão o bem integral da comunidade, dos outros, e não apenas dos amigos ou tendo em conta somente a dimensão económica da vida. A matéria, o dinheiro não se pode tornar o nosso Deus, a norma fundamental do nosso agir e muito menos da missão da Igreja, como não se cansa de acentuar o Papa Francisco.
 


Então pergunto-me: onde vamos buscar a luz para a nossa vida, para a nossa linguagem e missão? As fragilidades humanas são muitas, as constituições ou leis fundamentais dos Estados são importantes, mas podem e devem evoluir e são produto de épocas históricas, nem sempre as melhores para o futuro dos povos, sobretudo quando descem a pormenores que nem sempre são a melhor aplicação dos princípios, que na maioria das democracias são transcrição dos ideais da revolução francesa e da declaração universal dos direitos humanos, cuja concretização é muito variável nas leis de muitos países.

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