Com o tema: “Família, um projecto…” para as próximas Jornadas Missionárias a realizar nos dias 20 e 21 de Setembro em Fátima, juntamente com a Pastoral Juvenil, queremos dar o nosso contributo à reflexão e à acção da preocupação do papa Francisco que Francisco colocou a Família no centro das suas preocupações, e por isso vai haver um sínodo extraordinário em Outubro de 2014 e um sínodo ordinário em 2015, sobre os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.
Hoje as famílias vivem uma situação paradoxal: por um lado, ela é o objectivo de todos, uma vez que todos querem ter uma família, pois a própria felicidade se identifica com esse objectivo. Por outro lado, vemos incontáveis lares desfeitos, divididos em todos os horizontes.
É importante olhar a realidade como ela é. Se por um lado a realidade nos diz que a família é uma reserva de valores; por outro vemos uma cultura que exalta o individuo e leva ao individualismo. Como fazer?
É verdade que há dias alguém me perguntava: “Mas este tema tem a ver com a Missão?”. “Claro”, respondi. Porque penso que tudo o que é humano diz respeito à Missão, como diz respeito à Igreja. O próprio Jesus viveu numa família. Aí cresceu, aprendeu a amar, a andar, a falar, a rezar…
A própria Missão nasce de Deus Família, encarna-se numa família biológica, cultural, religiosa. Não é missão da Igreja fazer da humanidade uma família? É por isso que a família é sempre um projecto em todas as suas vertentes e componentes.
Estas Jornadas, estou em crer, abordam a família nas suas diversas componentes e descobriremos que deveremos estar junto das famílias com benevolência, para as apoiar nos seus desejos de viverem melhor, de ser comunidades de fé, de partilha, de respeito, de atenção, de crescimento e de solidariedade. E ao mesmo tempo, alertar para tudo o que faz definhar: a violência, o ciúme e a inveja, a mentira. Na família, todos sabemos, somos capazes do melhor, do mais belo, como também do mais terrível.
A família é uma comunidade que se reúne, que se recebe pelo amor vivido, pela palavra comum, pela atenção à totalidade da existência de cada membro.
Uma família é o lugar do diálogo. Graças à palavra a criança aprende a dar nome ao mundo, e a exprimir os seus sentimentos: o seu amor e os seus medos, a sua confiança, os seus desejos e as suas inumeráveis questões. É aí que conhece a relação entre o amor e a verdade, o perdão e a solidariedade, o “eu” o “nós” e os “outros.
Uma família é o lugar do diálogo. Graças à palavra a criança aprende a dar nome ao mundo, e a exprimir os seus sentimentos: o seu amor e os seus medos, a sua confiança, os seus desejos e as suas inumeráveis questões. É aí que conhece a relação entre o amor e a verdade, o perdão e a solidariedade, o “eu” o “nós” e os “outros.
Uma família não inventa as suas leis. Ela encontra-as já estabelecidas. Felizmente colocadas pelas gerações que a precederam, pela sabedoria que se antecipou. Mas é ela, na particularidade que é a sua, de as pôr em acção para que sirva a vida, para que cada um se torne no que ele é, um ser único mas no convívio com todos.
Se as famílias são frágeis por definição, elas são ao mesmo tempo esse lugar único onde sempre se pode manifestar o milagre de amar de novo, amar ainda mais, para além das incompreensões, sofrimentos, desilusões. Amar e sentir-se amado. É que o amor de Deus faz que da sua própria família nos abramos a uma nova família: à família da sociedade, à família da Igreja, à família do mundo. Não é isto a Missão?
Inscreve-te e participa. As Jornadas também têm necessidade do teu ponto de vista e do teu contributo para anunciar novamente a beleza da família cristã.
P. António Lopes, SVD
Director Nacional OMP
Director Nacional OMP
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