1. Fim do Ano da Fé?
O Ano da Fé proclamado pelo Papa emérito Bento XVI, que começou a 11 de Outubro de 2012, vai encerrar a 24 de novembro de 2013, solenidade de Cristo Rei e último domingo do ano litúrgico. Também o faremos a nível diocesano na Sé de Beja, numa solene celebração com três instituições para os ministérios e duas ordenações de diáconos, o Luís Taborda, de Grândola e o frei João Gonçalves, brasileiro em missão entre nós.
Ao terminar este ano temos de nos perguntar, se valeu a pena celebrar um ano sobre a fé. A nível civil e eclesial celebram-se muitos dias e anos dedicados aos mais variados assuntos e temas, para realçar a sua importância e não para depois disso banir da memória e da nossa vida o tema comemorado, muito menos tratando-se da fé, uma das três virtudes teologais, ou seja um dos hábitos fundamentais da vida cristã, a par da esperança e da caridade. Sem a fé, explicitada no credo ou símbolo dos apóstolos, não é possível ser cristão.
Mas afinal que nos traz a fé? O fascínio pela ciência e pela razão pode levar-nos a pensar que a fé impede o progresso e o desenvolvimento das capacidades do ser humano e apelidar de atrasadas as pessoas animadas pela fé em Deus. Mas a fé esclarecida e iluminada pela pessoa e pelo evangelho de Jesus Cristo tem o efeito contrário a essa suposição. A razão aberta à fé faz-nos ver a realidade muito mais rica, complexa e bela do que a simples explicação científica. A fé não nos deixa parar na simples constatação dos resultados obtidos pela ciência. Abre a nossa própria razão e pessoa à plenitude de sentido, à vida eterna que todos desejamos e que só Deus pode conceder. A fé cristã empolga as nossas vidas e deixa-nos vislumbrar a sua realização plena. Alimenta e fortalece a nossa esperança e faz-nos atuar a partir e em vista dessa plenitude de sentido pelo amor.
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