1. O trabalho e a dignidade da pessoa
Na última nota escrevia que iria apontar algumas sugestões de caminhos para darmos ao nosso povo, que vejo e sinto muito desiludido e desanimado, razões profundas e concretas de esperança. Nessa nota falei de um caminho que pressupõe a fé e a vocação ao serviço na vida e missão da Igreja e que dá aos vocacionados rasgados horizontes de sociabilidade e de realização.
Ao ler um livro de entrevistas ao arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Mário Bergoglio, actual Papa Francisco, deparei com afirmações muito fortes neste sentido. Ao falar dos muitos desempregados que encontrou ao longo da sua vida, afirma tratar-se de gente que não se sente pessoa. Por mais que as suas famílias e os seus amigos os ajudem, querem trabalhar, querem ganhar o Pão com o suor do seu rosto. É que, em última instancia, o trabalho unge de dignidade a pessoa... A dignidade, enquanto tal, só vem pelo trabalho... Um exemplo típico é o do emigrante que chega sem nada, luta, trabalha e com isso “faz a América”.
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