No próximo dia 27 de Abril, em S. João de Negrilhos, acontecerá um novo Encontro de Formação para Animadores da Comunidade. O tema em reflexão é “Todos, tudo e sempre em Missão”. Exactamente a proposta feita por Bento XVI na mensagem do Dia Mundial das Missões do ano findo. Este encontro será orientado pelo Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias, P. António Lopes, SVD.
Não é todos os dias que um Director Nacional se desloca a uma Diocese para reflectir, partilhar preocupações e trabalhos, para escutar e para lançar propostas. Aqui fica o convite e o desafio para que todos, desde os sacerdotes aos religiosos, os grupos de leigos de adultos ou de jovens, os membros de movimentos ou serviços possam participar neste dia de formação.
Numa reunião, em Fevereiro, em Fátima, com os Directores diocesanos das Missões e com a presença de cerca de cinquenta leigos de várias dioceses, o P. António Lopes, apresentou uma reflexão a que deu o título: “A paixão pela Animação Missionária”. Nessa partilha, após enunciar as linhas de força do documento “Ad Gentes”, falou de alguns obstáculos e também de alguns caminhos feitos, de modo particular, do crescimento do voluntariado missionário e de alguns passos dados quer com o Congresso Missionário (2008), quer com a Carta dos Bispos “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”.
O Director Nacional das OMP, após estas constatações lançou um desafio: “Hoje não faltam conferências, cursos de missiologia e festas missionárias: mas quantos, após tais manifestações, decidem oferecer-se a si mesmos?”. E continuava: ‘Não podemos calar o que vimos e ouvimos’ (Act 4,20). “A vocação missionária desafia-nos a avançar para águas mais profundas. Somente quem tiver diante dos olhos a urgência da evangelização, sentir-se-á impelido por uma força interior a convencer e a estimular os outros a colocar-se no caminho da missão. A animação missionária é antes de tudo o anseio do evangelizador de exortar todos os cristãos a viver e a agir em prol desta iniciativa de Deus, Porque temos de ter consciência de que a missão ainda se encontra no seu início”. (RM 32)
E depois de muitas outras reflexões, concluía deste modo: “Hoje para nós é evidente que a Igreja, para ser verdadeira Igreja de Jesus Cristo, deve ser Missionária. ‘Toda a Igreja e cada uma das Igrejas são enviadas para junto dos povos’ (RM 3). ‘A missão universal da Igreja nasce da fé em Jesus Cristo. É somente na fé que se compreende e que se funda a missão” (RM4). Por isso todos os organismos eclesiais, paróquias, obras e movimentos avaliem a sua validade e a sua vitalidade à luz do imperativo missionário. Ninguém trabalha para si mesmo: Somos todos e unicamente missionários do Reino de Deus”.
O Centro Missionário Diocesano faz um apelo para que todos participem neste e nos outros encontros de formação. A partilha e troca de ideias e experiências, as propostas e desafios lançados, ajudarão a crescer no conhecimento: enriquecem-nos para melhor podermos servir.
P. Agostinho Sousa/CDM/Beja