segunda-feira, 11 de março de 2013

Falecimento do P. Manuel Henriques da Silva, CM



O Padre Manuel Henriques da Silva nasceu em Campia, Vouzela, em 8 de Março de 1930. Ordenado presbítero em 20 de Março de 1955, na Sé Catedral do Porto, foi destinado às Missões em Moçambique. Aí trabalhou durante 20 anos seguidos, na formação do clero e também na Pastoral de evangelização. Voltando a Portugal, licenciou-se em Humanidades pela Universidade Católica de Braga, em 1985. Esteve na comunidade do Seminário de Pombeiro e, posteriormente, na comunidade de Santa Quitéria, ambas em Felgueiras. Voltou mais duas vezes a Moçambique em serviço e uma terceira de férias. Pelo meio, fez parte das comunidades de Salvaterra de Magos, diocese de Santarém e do Amial (Casa dos Estudantes), no Porto.
No seu regresso definitivo de Moçambique, foi convidado a exercer o seu ministério em terras de Nisa, Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Daí foi para Viseu, colocado pelos Superiores no Monte Salvado, pertencente à Paróquia de Orgens. Em 2008, fez parte de comunidade vicentina de Santiago do Cacém, diocese de Beja, dedicando-se à pastoral local e aos cursos de Cristandade. Passado algum tempo, regressou a Viseu, onde continuou a exercer o ministério sacerdotal e onde a doença o foi consumindo, fazendo com que várias vezes tivesse de ser internado no Hospital de S. Teotónio, em Viseu.
Já muito debilitado, passou os seus últimos dias, no Lar vicentino de Santa Quitéria (Felgueiras). A “irmã morte” chamou-o na véspera do seu aniversário natalício, a 07 de Março de 2013. As exéquias foram celebradas, em Campia-Vouzela, sua terra natal, no dia 8 de Março. Não cantando os parabéns pela vida, cerca de quarenta sacerdotes (vicentinos, combonianos e diocesanos) deram graças a Deus pela vida e sacerdócio do Padre Manuel Henriques da Silva. Presidiu o P. Álvaro Cunha, provincial da Província Portuguesa da Congregação da Missão. O Bispo de Viseu, em visita pastoral, fez-se representar pelo Vigário Geral.
 A actividade regular do P. Manuel Henriques eram as Missões Populares, a primeira actividade do carisma vicentino. Jovial e bem disposto, gostava da literatura e de fazer versos ao correr da pena. Homem simples e já maduro, habituou-se a ser próximo de toda a gente. Perito em rubricas, sabia muito de liturgia. Não se afastava muito das normas canónicas e cultivava a sã piedade com esmerado cuidado. Gostava de escrever. Tinha por costume estar muito atento a tudo e a todos. Escreveu dois livros com o título “Pedaços de vida I e II”, o último dos quais, editado poucos dias antes da sua morte.
P. Agostinho Sousa, CM

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