sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Recomeçar ou começar de novo?

1. Início de novo ano pastoral

O mês de setembro é, no hemisfério norte, o período do ano em que tudo recomeça, após um tempo de férias ou de ritmo mais vagaroso. Mas será um recomeço ou um começar de novo? Escola, emprego, vida familiar, desporto, etc. Para muitos é um novo começo, sobretudo para quem inicia um novo curso ou mudou de residência ou de emprego. Mas para outros é voltar ao habitual. Há anos em que tudo parece arrastar-se, uma rotina continuada. Quando assim acontece, trata-se de um recomeço, cuja continuação não terá um bom final, pois neste caso não crescemos como pessoas, não nos enriquecemos e empobrecemos o nosso meio. Nem sequer a produtividade no trabalho aumentará.


Se isto acontece na missão eclesial, no início do que chamamos novo ano pastoral, então retrocedemos e arrastamos nessa morte lenta as nossas comunidades. É um envelhecimento precoce e morte certa. Na vida e missão da Igreja é necessário ardor, entusiasmo, alegria, nova linguagem nas relações com Deus, com as comunidades e o meio ambiente. Os responsáveis das comunidades, a começar pelos bispos, os presbíteros, os diáconos, os consagrados e consagradas, os coordenadores de movimentos e serviços precisam de olear bem os músculos e os carris, para puxarem aqueles que perderam o ritmo no tempo de férias.

Este ano, muito clero de Portugal juntou-se em Fátima nos finais de Agosto, a participar num Simpósio, que desenvolveu o tema do Padre, como irmão e pastor,que me fez lembrar a famosa frase do sermão 46 de Santo Agostinho sobre os pastores, que aparece no Ofício de Leituras destas semanas: convosco sou cristão e para vós sou bispo.

Depois, nos primeiros dias de Setembro, os bispos portugueses foram todos a Roma em visita ad limina, para avaliarem colegialmente entre si, com o Papa e seus colaboradores a missão que lhes está confiada. Foi um encontro muito variado, com momentos fortes de oração e celebração em locais significativos de Roma, sobretudo nas quatro basílicas maiores e na igreja de Santo António dos Portugueses. Houve um diálogo com pessoas de grande experiência e visão mundial e com responsabilidade na vida da Igreja. Por isso regressámos bem oleados para ajudar a nossa Igreja em Portugal a renovar-se e ganhar novo ritmo.

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