sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ANO NOVO, ANO DE BÊNÇÃO E DE PAZ, SOB O OLHAR DE MARIA, MÃE DE DEUS


No início deste novo ano de 2012, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas:

- Celebra-se a Solenidade de Santa Maria, MÃE DE DEUS: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu "sim" ao projecto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
- Celebra-se também, o DIA MUNDIAL DA PAZ: em 1968, o Papa Paulo VI propôs que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. Hoje é o 45º DIA MUNDIAL DA PAZ, dedicado ao tema: "Educar os jovens para a justiça e para a paz".
- Celebra-se ainda o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama e que todos os dias nos oferece a sua bênção e a vida em plenitude.


Assumindo a fórmula de Bênção usada no Templo de Jerusalém para abençoar a comunidade, no final das celebrações litúrgicas, antes de o Povo regressar a suas casas, façamos nossa esta oração:

"O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor faça brilhar sobre nós a Sua face e se compadeça de nós!
O Senhor volte para nós o Seu rosto e nos dê a Paz".

A Bênção de Deus é sempre uma garantia da Sua presença e uma fonte de paz!



45º DIA MUNDIAL DA PAZ: "Educar os jovens para a justiça e para a paz".
Durante as festas de Natal, ouvimos com frequência a palavra "Paz". Maria é apresentada como Aquela que gerou o "Príncipe da Paz". A Igreja lembra-nos desde o primeiro dia do ano, que a paz anunciada pelos anjos em Belém, é possível... PAZ no coração, na família, na vizinhança, na comunidade, no trabalho...

O Papa, na sua mensagem, aborda uma questão urgente:
"Escutar e valorizar as novas gerações na realização do bem comum e na afirmação de uma ordem social justa e pacífica, na qual possam ser plenamente manifestados e realizados os direitos e liberdades fundamentais do ser humano". (Bento XVI)

Mais um ano... que começa...
* Que o novo ano seja para todos, m ano cheio de Paz e Prosperidade, com todas as bênçãos de Deus!...
* Que, como os Pastores e os Magos, sejamos missionários intrépidos e destemidos d’ Aquele que acampou no meio de nós e é Luz, Verdade, Caminho e Vida para toda a humanidade!

Feliz Ano!

P. Agostinho

sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL HOJE – NATAL 2011



- Dizem-me que já não existe Natal,
   porque os subsídios são escassos
   e as contas bancárias andam pelo negativo
   Mas eu sei que é possível armar um presépio,
   quando apenas se tem o que se veste,
   como aconteceu com Francisco de Assis
   e como acontece com tanta gente
 que se veste de brancura…

- Dizem-me que o Natal é um mito
   para entreter crianças e poetas,
   uma espécie de nave para astronautas sem carga.
   Mas eu sei que o Natal é fogueira na noite fria:
   esse fogo que se faz amor e ternura;
   essa labareda que orienta os perdidos na noite;
   essa luz que se desdobra em clarão e candeia
   - lâmpada altiva ou humilde lamparina…

- Dizem-me que o Natal é mentira,
 porque esse Jesus
 é piedosa memória dos primeiros cristãos
 ou uma bela invenção de Paulo…
- Mas eu sei, digam o que disserem,
   que Jesus está vivo e é uma Paixão;
   e uma paixão não pode durar dois mil anos!..
- Mas eu sei, mesmo quando é noite,
   que Jesus está vivo
   e é o “Guardião de nossas vidas”,
   à espera que desponte a Alvorada...

- Mas eu sei, mesmo quando não é Natal,
   que Jesus nasceu para todos
   e é o Salvador universal…
- Mas eu sei e, hoje, porque é Natal,
   que o “Menino de Belém” está aí,
   como “Rei e Senhor do Universo”:
   Uma Eternidade que se faz Criança;
   Uma Palavra que se faz “carne”;
   Um Deus que se veste de peregrino…

E, à volta,
   há anjos que cantam “Glória”;
   há pastores que tocam o Essencial;
   há um José que aprofunda o Mistério;
   e uma Virgem vestida de silêncio e alegria…

E eu, nesta sinfonia,
     apenas sei dizer: “Glória e Paz!...”

                              P. Manuel Nóbrega, CM

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


NATAL DO AMOR E DA JUSTIÇA




Nesta época do ano somos mais propensos à saudade e sentimos a ausência de certas pessoas mais próximas e de valores significativos da nossa dignidade humana. Isto quer dizer que o Natal, tanto para quem acredita que a criança cujo nascimento recordamos, Jesus Cristo, é Deus conosco, mas também para quem é indiferente ou agnóstico, faz parte do nosso património coletivo e, direta ou indiretamente, desperta em nós algo que tem muito a ver com o seu verdadeiro sentido.

O amor tem sempre uma dimensão transcendente

Em primeiro lugar, todos temos necessidade de ser amados e amar, com tudo o que isso implica. Mas também sentimos os limites e fragilidades do amor que depende apenas da liberdade de cada pessoa. O amor tem sempre uma dimensão transcendente, a que podemos chamar de divina. Os cristãos afirmam que o amor vem de Deus e foi derramado nos nossos corações. Se da nossa parte é frágil e, por vezes, infiel, da parte da sua origem é infinito e fiel. Esta fidelidade do amor de Deus torna-se visível no nascimento de Jesus Cristo, na sua vida e no dom da sua vida. Esta certeza e comunhão com ele dá consistência às nossas relações profundas no mundo em que estamos inseridos, sendo a família a primeira concretização desse amor fiel. Por isso o Natal tem muito a ver com família, não apenas a família de Nazaré, mas também a nossa. Quem vê a sua família destroçada, a sofrer com problemas de saúde, de entendimento ou de subsistência, anseia por uma realidade diferente.

Dar a cada um o que lhe compete

Natal tem a ver com a família, com o amor, mas também com a justiça e a reparação das injustiças. Não se trata apenas da justiça dos tribunais, que funcionam mal, são dispendiosos e pouco acessíveis aos pobres, que por vezes prescindem de reclamar que lhes seja feita justiça. Mas é sobretudo no sentido de dar a cada um o que lhe compete e da reparação dos males irremediáveis, que as cadeias não conseguem fazer, que a humanidade geme e anseia pela justiça e pela paz entre os povos, as famílias, os grupos e as pessoas. Também neste sentido o Natal vem colmatar este desejo profundo do ser humano. Jesus vem curar as nossas feridas e reconciliar quem o acolhe com Deus, os seus semelhantes e a natureza. É desta justiça e harmonia entre todos os seres que fala a Sagrada Escritura, com imagens muito fortes no profeta Isaías, cuja leitura nos acompanhou durante o tempo de Advento, as quatro semanas antes do Natal.

Mais solidários uns para com os outros

É este Natal do amor a partir da família e da justiça que desejo para todos os diocesanos e amigos, sobretudo para aqueles que mais sentem a sua falta. Espero que a celebração deste Natal de 2011, olhando para o Menino Jesus, a manifestação do amor fiel e salvador de Deus para com a humanidade, fortaleça os crentes no amor, na concórdia e na comunhão familiar, nos torne mais solidários uns para com os outros, torna a nossa justiça mais célere e verdadeira, para evitar o pleonasmo de dizer justa, e dê um forte impulso à nossa esperança, para vencermos os medos, o desânimo e a crise. 



 Deus não nos livra das dificuldades, mas dá-nos força e sabedoria para as superarmos

Da minha parte acredito que iremos sair vencedores, tornando-nos mais unidos, solidários, corajosos e justos ao longo de 2012, que muitos vaticinam de mais difícil que 2011. Como dizia um jovem no encerramento dum convívio fraterno em Beja, Deus não nos livra das dificuldades, mas dá-nos força e sabedoria para as superarmos. É isso que eu acredito e peço para todos. Ao partilhar esta fé e convicção desejo a todos um Natal cheio de amor e carinho e um novo ano repleto da sabedoria, coragem e fidelidade semelhante à de Jesus, que para nós nasceu pobre, viveu fazendo o bem a todos sem acepção de pessoas e doando a sua vida para salvação de todos, para que, assim como ele fez, façamos nós também.

† António Vitalino, Bispo de Beja


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Encontro para Animadores da Comunidade,



Em Santiago de Cacém, a 21 de Janeiro

No próximo dia 21 de Janeiro, das 10h00 às 17h00, no Salão Paroquial de Santiago de Cacém, vai acontecer um Encontro de Animadores da Comunidade, aberto a toda a Diocese de Beja, e a todos aqueles que são chamados a animar um grupo ou uma comunidade.
É um encontro dinamizado pelo Secretariado Diocesano das Missões e contará com a presença do P. Carlos César Mendes, CM, e de D. António Vitalino. Em muitas terras da nossa Diocese, há mais tempo ou recentemente aconteceram Missões Populares. Desse momento extraordinário, nasceram as Assembleias Familiares, com animadores e participantes, e que ao longo dos anos foram dinamizando estes grupos de partilha, de reflexão e oração.
Para estes animadores e para todos os outros que, nas suas comunidades têm o serviço de animar e orientar os grupos e assembleias, queremos proporcionar este momento de estudo e experiência para que possam, cada vez melhor, desempenhar bem este ministério.
Após o acolhimento e breve oração, será apresentado o tema “Ser Animador: um serviço para a comunidade”. Todos temos ou fazemos ideia do que é animar. Mas, por vezes, falta-nos a ‘alma’, e esquecemo-nos da missão de moderador, de motor e de comunicador. Estas e outras reflexões ajudar-nos-ão a animar e a servir melhor.
Após o almoço, que é partilhado, haverá trabalho de grupos, que culminará com um plenário e partilha. Pelas 16h00, o Bispo Diocesano, presidirá à Eucaristia, com a qual se encerra este primeiro encontro de Animadores.
O Secretariado Diocesano das Missões e o serviço da Missão Popular Vicentina, com este instrumento de trabalho, pretendem revitalizar as Comunidades da Missão, formar Animadores de Assembleias nos lugares onde o sacerdote não pode estar presente, animar todos aqueles que se sentem missionários e que querem viver este desafio nas comunidades em que estão inseridos.
Agradecemos a sua presença. Animador, com ‘anima’, vive e faz viver! Convide alguém que, mais tarde ou mais cedo, pode exercer este serviço, pois tem disponibilidade e tem características para ser um bom animador. Não desperdice ou ignore esta oportunidade! Vai valer a pena participar! Contamos consigo!
P. Agostinho Sousa, CM



PROGRAMA
10h00 – Acolhimento
10h15 – Oração de louvor
10h30 – Saudação e Apresentação dos participantes
- Palavra do Senhor Bispo
10h45 – Tema: O Animador de Comunidade (P. Carlos César)
11h30 – Intervalo
11h45 – Diálogo e Testemunhos
12h30 – Almoço partilhado
14h00 – Experiência de animação de comunidade
15h00 – Partilha/plenário
15h30 – Preparação da Eucaristia
16h00 – Eucaristia Vespertina
17h00 – Envio

sábado, 3 de dezembro de 2011

DIMENSÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA DIOCESANA DE BEJA


“Ide por todo o mundo e proclamai a Boa Nova a todos os povos” (Mat 28).
“Toda a Igreja é missionária, a obra da evangelização é dever fundamental do Povo de Deus” (AG. 1).
“A Igreja é por sua natureza missionária, porque o mandato de Cristo não é algo de contingente e exterior, mas atinge o próprio coração da Igreja” (RM 62).


Que passos vamos dar?

O Secretariado Diocesano das Missões (SDM), que está a ser constituído e, brevemente, será nomeado, propõe-se “despertar a consciência Missionária” nas terras da diocese de Beja, tendo como base a Palavra de Deus e os documentos da Igreja, nomeadamente a Evangelii Nuntiandi, a Redemptoris Missio e a Carta Para um Rosto Missionário da Igreja, em Portugal.
- Como partir em missão/fazer missão no lugar onde estamos? Como ser missionário na vida quotidiana?
- O que fazer para tornar este nosso mundo um lugar mais solidário e fraterno? Como continuar a missão que Jesus nos entregou?
São questões às quais se pretende dar algumas respostas. Mas para isso, precisamos e contamos com a ajuda de todos e de cada.

Porquê e como?

“Chegou (…) a hora da Diocese (...) se lançar na missão para além das suas fronteiras. É verdade que nós próprios temos ainda necessidade de missionários, mas devemos dar da nossa pobreza” (cf. Puebla, 368).
Portanto, as nossas comunidades eclesiais, apesar de sobrecarregadas com tarefas e muitas vezes contando com escassos recursos, devem “dar da sua pobreza” para a evangelização ‘ad gentes ou para as missões em outras regiões. Uma Igreja local não pode esperar atingir a sua plena maturidade eclesial e, só então, começar a preocupar-se com a Missão para além do seu território. A maturidade eclesial é consequência e não apenas condição de abertura missionária.

Objectivos e dinâmicas

- Enviar missionários/as (leigos) para regiões missionárias “ad intra” e até além das nossas fronteiras, “ad extra” e “ad gentes”.
- Fomentar o “ardor missionário” em todas as paróquias, seminários, grupos e movimentos, despertando a consciência dos sacerdotes, religiosos/as e leigos e o seu compromisso como baptizados.
- Nas paróquias, promover acções concretas de missão que nos façam ir ao encontro dos “afastados”.
Linhas de acção
- Fazer encontros de formação e animação missionária (paróquia/zonas/arciprestados).
- Divulgar a mensagem e testemunhos missionários através de todos os meios de comunicação da Diocese (Notícias de Beja, jornais ou folhas paroquiais, página da Diocese, página do SDM/OMP).
- A partir dos encontros de Animação Missionária, criar Grupos Missionários nas Paróquias GMP (carta dos Bispos, nº 21).
- Participar nas actividades de dimensão missionária, na Diocese, nos Institutos Missionários (ANIMAG, Missões Populares) e nos Encontros de âmbito nacional (Jornadas)

Estratégias e caminhos

- Despertar nos sectores da vida paroquial e diocesana, através de encontros de formação missionária, pessoas para o trabalho de organização e animação dos Grupos Missionários nas Paróquias (GMP)
- Preparar e celebrar a Campanha Missionária do mês de Outubro, através da formação de agentes e da distribuição dos materiais das OMP, bem como celebrar e dar a conhecer os Patronos das Missões.
- Promover, continuar e revitalizar o trabalho das Missões Populares e o intercâmbio missionário entre as paróquias.
- Apoiar e incentivar a Infância Missionária nas paróquias.
- Realizar celebrações de envio missionário.
- Promover e animar férias missionárias na Diocese ou fora dela (jovens)
- Fazer um levantamento dos Institutos, Congregações e Ordens presentes na Diocese e seu carisma
- Fazer um levantamento dos Grupos de Leigos Missionários a trabalhar na Diocese, Instituto a que estão ligados, seus responsáveis e actividades
- Fazer um levantamento de todos os Missionários, nascidos no território da Diocese e em Missão noutras paragens
- Criar, na internet, uma página de âmbito missionário
- Promover um encontro anual missionário (Jornada) para toda a Diocese

Um desafio permanente e urgente

Todos sentimos esta urgência do Evangelho, do “Ide…”, do testemunho. É um desafio para toda a Igreja, para a nossa Diocese.
Há paróquias que estão a dar passos para uma consciencialização para esta realidade. Algumas, nomeadamente nos Arciprestados de Santiago do Cacém e de Odemira já trabalham esta dimensão. Outras, preparam-se para o fazer, calendarizando Missões Populares (S. Teotónio, Sabóia e Santa Clara a Velha, Cercal do Alentejo, Boavista dos Pinheiros - Odemira, Santo André).
Ainda, em Santiago do Cacém, no dia 21 de Janeiro, das 10h às 17h, para Animadores das Assembleias Familiares e outros Animadores, realiza-se um encontro de Formação. Também em Almodôvar e Santa Clara a Nova, em 15 de Janeiro, está prevista uma acção de sensibilização missionária.
Crianças e jovens, adultos e anciãos, de todas as idades e nas mais diversas circunstâncias, todos podem ser missionários, dar à sua vida a dimensão missionária. Todos estamos convocados para a Missão!

Santiago do Cacém, 3 de Dezembro, dia litúrgico de S. Francisco Xavier
P. Agostinho Sousa, CM