Vocação e Missão
Vocação e missão são inseparáveis. O chamamento traz uma missão concreta e exige uma resposta. Quem é chamado e responde, assume levar por diante o compromisso, com fidelidade e entrega.
Na “Revitalização da Missão” em Alvalade, deu-se relevo às vocações de consagração a Deus: vida sacerdotal, vida religiosa e consagração laical. A paróquia de Alvalade tem sido abençoada filhos seus que vivem vocações de Consagração: Padre Hugo, pároco de Castro Verde, P. Daniel, pároco de Cuba, P. Atalívio, pároco em Castro Marim/Giões, na diocese do Algarve, Irmão Paulo, dos Irmãozinhos de S. Francisco-Beja, Irmã Rosa, franciscana e Maria Inácia, leiga consagrada.
No dia dedicado à Igreja, a comunidade paroquial, quis agradecer a Deus este dom e reuniu-se em celebração litúrgica, presidida pelo Bispo diocesano e cantou a maravilha da vocação e missão dos seus filhos. Por razões de saúde, o P. Atalívio e a Irmã Rosa não puderam estar presentes. Todos os demais se associaram a esta celebração. Durante a tarde, D. António Vitalino visitou as famílias dos sacerdotes e irmãos, num gesto de agradecimento e de presença.
A Eucaristia, solene por natureza, contou com o testemunho de cada um dos vocacionados e foi enriquecida com a presença de muitos familiares e amigos, não só de Alvalade como também das paróquias ao cuidado pastoral do P. Sales. Seguiu-se um jantar-convívio na Casa do Povo, em ambiente de festa e de louvor.
Cuidar da vocação
Foi um momento digno, muito importante e desafiante. Em tempo de Missão ou fora dele é necessário valorizar a vocação e missão dos filhos de cada terra e lugar. Cuidar da vocação, além de rezar e de fazer a proposta, é salutar, criar momentos como este, em Alvalade. São momentos de acção de graças, de estímulo, de testemunho concreto.
Oriundos das paróquias da nossa diocese há sacerdotes diocesanos, de congregações ou ordens, bem como religiosos e religiosas e leigos consagrados.
Será que são todos conhecidos, sabemos o carisma ou missão que exercem, rezamos por eles? Vamos pensar em estimular e acompanhar as vocações, agradecendo a Deus este dom e acarinhando e fazendo-nos presença junto dos que deram o seu sim e vivem a missão na evangelização, no serviço e na caridade.
Evangelização e Família
Na Missão Popular há um dia dedicado à família. É um momento de louvor e de bênção, de presença e de reflexão. Nem sempre é fácil mobilizar e reunir os casais, pais e filhos, para esta celebração. Vai-se conseguindo que alguns participem. A ida às casas da família, seja para a refeição seja para a visita, também ajudam a uma proximidade e a um abrir espaço para este acontecimento.
Num ou noutro caso, as assembleias familiares também conseguem criar laços de vizinhança que, por sua vez, levam a uma participação de mais alguns casais. São pequenos passos que ajudam a levar às famílias uma palavra, uma resposta, uma inquietação. Mas é preciso fazer muito mais.
Em Alvalade, mas não só para esta paróquia, foi promovido um Encontro de Formação direcionado para a Família. Mesmo coincidindo com o Fórum diocesano sobre a Educação, a participação nesta acção ficou muito aquém do que se podia esperar.
É preciso fazer mais e melhor. Como fazer e o que fazer, eis a questão. Mas, cruzar os braços não é atitude evangélica. Ir ao encontro, abrir portas, fazer-se presente, talvez ajude a ganhar a família e a fazer dela mais família e mais igreja.
Comunidades de reflexão
Com maior ou menor dificuldade, na Missão, tem-se apostado nas Assembleias familiares. As resistências, por vezes, são grandes: a falta de animadores, a falta de disponibilidade (horários diversos, camadas etárias diferentes), a pequenez dos espaços, são algumas das dificuldades, mas nem sempre são as maiores. Mesmo assim, vai-se conseguindo lutar contra a corrente.
Em Ermidas-Sado, neste tempo de revitalização da Missão, funcionaram 4 Assembleias. Em Alvalade, foram 5 as Comunidades que retomaram o caminho, começado na Missão de 2009. Os temas “Onde está o teu coração” e “Cristãos comprometidos na comunidade” ajudaram a uma reflexão profunda e a um testemunho que vai continuar, em próximas reuniões, com o tratamento dos temas do Sínodo Diocesano.
A este propósito e neste contexto, e em dia em que se celebrava o 2º aniversário da páscoa de D. Manuel Falcão, foi recordada a frase que este proferiu num Encontro de Assembleias, em Alvalade: “Não podemos concordar em rastejar quando sentimos o impacto de voar”.
Nestas 2 comunidades, o “tempo de Revitalização” com as suas dinâmicas, presença e intensidade de propostas, envolveu as pessoas e as instituições (centros de dia e escolas), lançou desafios e proporcionou vivências muito intensas. Valeu a aposta. Que Deus seja louvado!
P. Agostinho Sousa,
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