terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ano Vocacional Vicentino



A Província Portuguesa da Congregação da Missão (Missionários Vicentinos ou Padres da Missão), fez uma opção extensiva a todas as suas actividades e programações: fazer de 2014 um Ano Vocacional Vicentino.
Paróquias, Missões Populares, trabalhos com capelanias e com os Ramos da Família Vicentinas estão convocados para esta opção.
O responsável pelo sector da Pastoral Vocacional apresenta as razões desta opção e aponta caminhos de reflexão e acção para a vivência plena e empenhada de todos.


Porquê um ANO VOCACIONAL VICENTINO?

- Porque não se pode falar em Igreja sem se pensar em Vocações.
Na verdade, Igreja e Vocações constituem um binómio de interdependência recíproca essencial: não podem subsistir uma sem a outra. A vocação é uma realidade constitutiva do ser ecclesia – lugar de encontro dos «chAMADOS» ou Assembleia dos «conVOCADOS».

- Porque temos de aproveitar os “novos ventos” que animam a Igreja universal.
O Papa Francisco convoca-nos a uma nova “saída” missionária: “hoje todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. […] Sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20).

- Porque nós, enquanto Província da Congregação da Missão, definimos a Pastoral das Vocações como urgência e exigência de fidelidade ao carisma.
Face à realidade de membros (só em 2013 partiram para a casa do Pai 4 confrades) e de candidatos (um único no Seminário Interno) a Assembleia Provincial 2012 concluía que a Pastoral das Vocações tem de ser uma urgência que nos deve mobilizar a todos sem excepção sob pena de não estarmos a ser fiéis ao carisma que nos anima: ao jeito de Vicente de Paulo, seguir Jesus Cristo, missionário do Pai e evangelizador dos pobres.

- Porque sentimos que na Igreja desta velha Europa falta ardor apostólico e missionário.
“Em muitos lugares, há escassez de vocações ao sacerdócio e vida consagrada. Frequentemente isso fica a dever-se à falta de ardor apostólico contagioso nas comunidades, pelo que estas não entusiasmam nem fascinam. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas (EG 107).

- Porque desejamos edificar comunidades cristãs que sejam verdadeiras escolas vocacionais:
Lugar que chama e onde se faz a experiência feliz de ser chamado para toda a vida; lugar onde quem se sente chamado não faz caminho sozinho mas é amado e acompanhado; espaços de liberdade onde no anúncio da fé, se consolida, progressivamente, uma clara proposta vocacional, dirigida a todos em cada fase da sua vida. Na Igreja de Deus, quem é chamado deve, por sua vez, ser alguém que chama.

- Porque queremos favorecer a aprendizagem da escolha.
Queremos ser sujeitos “pro-vocantes”, sem medo de ser contra-cultura e propor o aspecto dramático da fé – Cristo entregou-se por nosso amor -, como opção crente feita de escolhas quotidianas.

- Porque somos homens que acreditam no poder e na força transformadora da oração.
A oração é fundamental para uma genuína animação vocacional, mas não como alibi que nos dispensa de pensar no outro, ou até de assumir as próprias responsabilidades. A oração vocacional é-o verdadeiramente não só quando multiplica horas de oração para pedir a graça de vocações missionárias, mas na medida em que predispõe as pessoas a assumir uma atitude correcta nesse sentido, ou seja, a atitude de responsabilidade unida ao empenhamento pessoal.

Neste mundo em mutação todos somos chamados a mudar [CONVERTER] tendo em conta as novas exigências e perspectivas, tal como as novas formas de se auto-conceber e de exercer o ministério missionário. A Pastoral Vocacional propõe que as comunidades possam acolher no seu próprio ser e modo de agir a dimensão vocacional. De tal forma que, a nosso ver, aqui tens sete boas razões para te empenhares ainda mais na vivência e celebração deste ANO VOCACIONAL VICENTINO.

P. Fernando Soares, CM

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