XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
“A Vocação e a missão da família na Igreja e no Mundo”
O Santo Padre presidiu, na tarde de sábado, dia 3, na Praça São Pedro, no Vaticano, à Vigília de Oração pela Família, promovida pela Conferência Episcopal Italiana, em preparação prévia da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Desta vez sobre “A Vocação e a missão da família na Igreja e no Mundo”.
No domingo teve lugar a Eucaristia de Abertura do Sínodo, na Basílica de São Pedro. No dia 5, segunda-feira, às 9 horas, iniciaram-se os trabalhos, com a primeira Congregação Geral, tendo o Santo Padre cumprimentado a todos à entrada da Aula Sinodal. Grande diversidade de participantes, diversidade de continentes, diversidade de Igrejas – incluindo Igrejas orientais e latinas –, diversidade de experiências. Todos unidos pela mesma fé e missão, apesar da diversidade de experiências. Todos à escuta de Deus e abertos uns aos outros e às realidades, expectativas e desafios da família.
Antes do início dos trabalhos, rezou-se a oração intermédia com reflexão feita pelo Cardeal Maradiaga, das Honduras. André Vint-Trois, de Paris, Cardeal Delegado, deu as boas vindas e o Santo Padre fez um breve discurso, onde recordou que o Sínodo não é um congresso ou um parlatório, não é um parlamento nem um senado. “O Sínodo é uma expressão eclesial, isto é, a Igreja que caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus. O Sínodo move-se necessariamente no seio da Igreja e dentro do santo povo de Deus, do qual nós fazemos parte na qualidade de pastores, ou seja, de servidores. Além disso, o Sínodo é um espaço protegido onde a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo. No Sínodo, o Espírito fala através da língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que sempre surpreende, pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos inteligentes; pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não vice-versa; pelo Deus que deixa as 99 ovelhas para procurar a única ovelha perdida; pelo Deus que é sempre maior do que nossas lógicas e dos nossos cálculos.”
Seguidamente, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo, fez uma apresentação elaborada pelo Secretariado, onde também deu conta da caminhada sinodal. O Cardeal Péter Erdó, Arcebispo de Esztergom-Budapest, Relator Geral, apresentou um relatório de introdução aos trabalhos, acentuando alguns aspetos do Instrumento de trabalho.
O casal Gertrudiz Clara Rubio de Galindo e Andrés Salvador Galindo López, Secretários executivos da Comissão Episcopal para a Família da Conferência Episcopal do México e Secretários da CELAM, deram o seu testemunho na aula sinodal.
De tarde, começaram as comunicações dos Padres Sinodais (Cardeais e Bispos), tendo como base algum dos números da primeira parte do Instrumento de Trabalho. Cito apenas os países dos que intervieram, pois de alguns desses países falaram mais do que um Padre Sinodal: Honduras, Argentina, Estados Unidos, Itália, República Democrática do Congo, Chile, Bélgica, Panamá, Canadá, Nova Zelândia, Irlanda do Norte, Austrália, Filipinas, Eslováquia, Líbano, Brasil, Chade, Alemanha, Tanzânia, Índia, Vaticano.
A última hora da reunião da Assembleia, foi dedicada a intervenções livres: Itália, Líbano, Israel, Vaticano, Alemanha, Bélgica, Síria, Bielorrússia, Iraque, França, Canadá e Venezuela.
Terça-feira, dia 6, teve lugar a III Congregação Geral, iniciada com a oração da hora intermédia presidida pelo Santo Padre e a reflexão feita pelo Cardeal George Alencherry, da Índia. Seguiram-se as comunicações na Aula Sinodal, ainda referentes à primeira parte do Instrumento de Trabalho: Nigéria, Brasil, Bielorrússia, Ucrânia, Gana, República do Congo, Itália, Canadá, Hungria, Burundi, Bélgica, Libéria, Vietnam, Estados Unidos, Vaticano, França, Nicarágua, Inglaterra e Pais de Gales, Burkina Faso, República Dominicana, Venezuela, Uganda, Etiópia, Gabão, Alemanha.
A parte de tarde foi já dedicada aos círculos menores, grupos formados por afinidades linguísticas, onde se dialogou, de uma forma mais livre, sobre a primeira parte do Instrumento de Trabalho. O mesmo acontecerá, quarta e quinta-feira, de manhã e de tarde. Na sexta-feira e sábado, continuarão as Congregações Gerais, das 9 às 19 horas, com comunicações dos Padres Sinodais, agora sobre a segunda parte do Instrumento de Trabalho. E sempre com a presença do Santo Padre, “cum Petro et sub Petro”.
D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco
e Presidente da Comissão Episcopal do Laicado
(*) Simples relato da sequência dos trabalhos sinodais,
que decorrem inclusive aos sábados e sempre das 9 às 19 horas.