A LÍNGUA É A NOSSA PÁTRIA
1. Português entre os emigrantes
Dentro de dias vamos celebrar mais um Dia de Portugal, das Comunidades e de Camões. Noutros tempos designava-se simplesmente Dia de Camões, o grande cantor da língua portuguesa. No contacto com os nossos emigrantes em países com idiomas muito diferentes do português compreendo bem o sentido e a força da expressão de outro nosso grande poeta, Fernando Pessoa: a língua é a nossa pátria.
Nos meus contactos com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e com os seus agentes pastorais, padres, diáconos, catequistas e outros colaboradores noto a força da nossa língua para fomentar os laços da família e das comunidades. A transmissão dos afetos, da fé e dos valores familiares e cristãos é mais eficiente quando se faz na língua das origens da família. Embora as novas gerações já frequentem ou frequentaram as escolas dos países onde residem e para a conversação entre elas usem o idioma da escola, no entanto os valores e afetos têm uma expressão que não passa só por palavras nem por formulários, mesmo que sejam orações tradicionais. Quando nos zangamos ou exprimimos sentimentos de amizade, não é apenas a expressão do rosto que fala. Também surgem as palavras correspondentes que ouvimos e aprendemos no colo ou no berço. Daí a importância da aprendizagem da língua da nossa família, para crescermos e fortalecermos a nossa identidade. Quem não faz esta experiência pode acabar por viver inseguro, sem pátria.
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