Mensagem Quaresmal dos Bispos de Beja
A caminho da Páscoa
A Quaresma é o tempo de preparação para celebrarmos a Páscoa, que é o centro da fé cristã e da história da humanidade. Tempo oportuno para refontalizar e revigorar a nossa vida espiritual, a Quaresma chama-nos à conversão e ao seguimento dos passos de Jesus na sua paixão, morte e ressurreição.
Percurso até à Páscoa
Vamos entrar na Quaresma, tempo de preparação para celebrarmos a Páscoa que é o centro da fé cristã e da história da humanidade. Tempo oportuno para refontalizar e revigorar a nossa vida espiritual, a Quaresma chama-nos à conversão e ao seguimento dos passos de Jesus na sua paixão, morte e ressurreição. A Páscoa é a fonte da vida da Igreja e da iniciação cristã pela qual fomos enxertados em Cristo. Como ensina S. Paulo (cf. Rom 6,3-4), ao sermos batizados morremos e ressuscitamos com Ele para vivermos a sua mesma vida de Filho de Deus dia após dia, até que Ele seja tudo em nós e possamos dizer: jánão sou Eu que vivo, mas Cristo que vive em mim (Gal 2, 20). Celebramos a Páscoa para nos unirmos ao Senhor aceitando ser crucificados com Ele para também com Ele sermos glorificados e manifestarmos assim ao mundo o Seu amor e lhe comunicarmos a Sua vida divina.
Cresceram ao longo dos séculos muitas e belas expressões da vivência da Páscoa na liturgia, na arte, na música do nosso povo. Todos nós conhecemos este refrão tantas vezes repetido, de uma melodia alentejana: Além vai Jesus, que lhe queres tu? Quero ir com Ele, que Ele leva a Cruz.
A Cruz revela-nos a medida do amor de Deus por nós e denuncia também o pecado, nosso e da humanidade, pecado que nos lança por caminhos de maldade, de injustiça, de egoísmo, de indiferença em relação ao sofrimento do próximo. A globalização da indiferença é precisamente aquilo que o Papa acentua na sua mensagem quaresmal deste ano, e convida-nos a convertermo-nos para não cairmos na indiferença para com Deus e o próximo, fechando-se cada qual em si mesmo. A Igreja é comunhão fraterna e porta de entrada para a vida no amor. Não fiquemos indiferentes a tanta indiferença, mesmo que para isso tenhamos de sofrer e de completar no nosso corpo o que falta à paixão de Cristo (Col 1,24), como escreveu S. Paulo.
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