Peregrinação da Diocese de Beja a Fátima
«Com Maria seremos Igreja viva»
O bispo de Beja recordou o exemplo dos pastorinhos de Fátima face aos “tempos de crise e de desemprego”, recordando que os videntes partilharam com “amor e alegria a oração” e “mesmo as pobres merendas”.
“Nestes tempos de crise e de desemprego, precisamos de nos converter à partilha, à solidariedade por amor ao próximo. Deixar a ganância e a cobiça do alheio e denunciar, mais pelo testemunho que por palavras, quem vive na corrupção e no esbanjamento, esquecendo o bem comum e a partilha fraterna com os pobres”, disse D. António Vitalino, na 14.ª Peregrinação da Diocese de Beja a Fátima.
Na homilia deste domingo, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano observou que as pessoas são “administradores dos bens e não senhores absolutos” e pediu aos fiéis no Santuário da Cova da Iria que não esperem que “outros cumpram” as “verdades fundamentais da vida humana e cristã”.
“Dêmos nós o exemplo, mesmo que simples e humilde como o fizeram os pastorinhos de Fátima, conscientes de que a sabedoria de Deus se manifesta nas crianças, para confusão dos soberbos e avarentos”, desenvolveu o prelado na iniciativa de encerramento do ano pastoral 2015-2016 da Diocese de Beja.
D. António Vitalino pediu ainda que não haja medo, nem tristeza mas como Jacinta partilhem e sejam “solidários, acima de tudo”, que sejam livres para “amar sobretudo aqueles que o mundo rejeita e humilha”.
A 14.ª peregrinação de Beja ao Santuário de Fátima teve como tema ‘Com Maria seremos Igreja viva’, nos dias 25 e 26 junho.
“Não tenhais medo, apesar da corrupção e imoralidade que nos circunda. Confiemos no Imaculado Coração de Maria…, pois nunca se ouviu dizer que fosse por ela desamparado quem a ela recorreu”, sublinhou o bispo da diocese alentejana.
D. António Vitalino destacou que quem vive a sua liberdade “num sentido egoísta” se torna “escravo de si mesmo e cai no vazio da solidão, do sem sentido da vida, na autodestruição”, porque “só no amor consiste a perfeição da existência”.
O responsável quis “confiar à proteção de Nossa Senhora de Fátima” as conclusões do sínodo da Diocese de Beja, que terminou a 4 de junho.
No final da homilia, o bispo de Beja, confiou à Senhora de Fátima os irmãos doentes e aflitos, as vítimas da crise económica e ecológica, os desempregados e os refugiados.
Fátima, 28 Jun 2016 (Ecclesia)