terça-feira, 31 de março de 2015

Mensagem de Páscoa dos Bispos de Beja

Anunciemos a Páscoa do Senhor!

Caros diocesanos e amigos:

Da parte do Senhor que nos colocou no meio de vós e à vossa frente como pastores queremos convidar-vos a celebrar e a viver uma Páscoa autêntica.


Desculpai se começamos esta mensagem com algumas perguntas: chegamos à Páscoa trazidos por um percurso quaresmal de conversão a Cristo ou é a Páscoa que vem ao nosso encontro trazida pelo calendário? E como nos encontra ela? Instalados na nossa zona de conforto e precavidos contra qualquer surpresa, ou como pobres que esperam vigilantes a passagem do Senhor para recebermos a Vida abundante que, como filhos de Deus temos a receber em herança?

Sem Páscoa não há futuro.

Continuar a ler - AQUI

terça-feira, 24 de março de 2015

DIA DOS MISSIONÁRIOS MÁRTIRES - 24 MARÇO


Criado em 1993, por iniciativa do Movimento Juvenil Missionário das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) da Itália, e tendo escolhido como data o aniversário do assassinato de dom Oscar Arnulfo Romero, arcebispo de San Salvador (24 de março de 1980), o Dia de Oração e Jejum em memória dos Missionários Mártires chega este ano à sua 23ª edição na perspectiva da iminente beatificação de Dom Romero, que terá lugar no dia 23 de Maio.
A iniciativa tem como objetivo lembrar, com oração e jejum, todos os missionários que foram mortos no mundo e todos os agentes pastorais que derramaram o seu sangue por causa do Evangelho. Hoje, a iniciativa estende-se a muitas dioceses, realidades juvenis e missionárias, e institutos religiosos dos vários continentes.




“Escolheram ficar ao lado dos pobres e pequenos”
"Muitos missionários deram as suas vidas simplesmente porque, como Cristo, escolheram ficar ao lado dos pobres e pequenos, porque viveram as bem-aventuranças como mensageiros da paz e da justiça para os povos que o Senhor lhes confiou servir - escreve o padre Michele Autuoro, diretor nacional de Missio, no subsídio para este dia. Portanto, dia de memória, mas também de intercessão pelo dom da paz e de uma fraternidade verdadeira no respeito de todos... ".
Em 2014 foram mortos violentamente 17 sacerdotes, 1 religioso, 6 religiosas, um seminarista e um leigo. De acordo com as estatísticas da igreja, na América, 14 agentes de pastoral foram mortos (12 sacerdotes, um religioso e um seminarista); na África foram mortos sete agentes de pastoral (2 sacerdotes e 5 religiosos); na Ásia foram mortos dois agentes de pastoral (um sacerdote e um religioso); na Oceania foram mortos dois agentes de pastoral (1 sacerdote e um leigo); na Europa foi morto um padre. Nos últimos 34 anos foram assassinados em todo o mundo 1062 agentes católicos, 242 dos quais durante o genocídio de 1994 no Ruanda, em África.

"No sinal da cruz"



Comentando o tema escolhido para este dia, "No sinal da cruz", Alessandro Zappalá, secretário nacional de Missio Giovani, afirma: "Se há uma coisa que une todos os cristãos espalhados nos cinco continentes é a cruz. Um instrumento de tortura e morte que durante séculos aterrorizou todos os povos, até que, naquela cruz foi crucificado o Filho de Deus, Jesus... Daquele momento em diante, a cruz tornou-se um símbolo de salvação para todos, porque Jesus, morrendo, redimiu todas as nossas culpas e todos os nossos pecados".
Todos os doentes podem oferecer o seu sofrimento para apoiar as obras dos que trabalham em todos os cantos da terra para anunciar e testemunhar o Evangelho.


Fonte: Agência Fides e Foto: DR

terça-feira, 10 de março de 2015

Revitalização da Missão


Longe de tudo, perto de Deus
As paróquias de Sabóia e de Santa Clara a Velha estão situadas no que se chama “Alentejo profundo”, perdidas na serra e distantes dos centros urbanos do litoral ou da capital do distrito. São muitos quilómetros, estradas pouco cuidadas, acessos difíceis. Mora lá gente, a maior parte, com muita idade, mas com uma sabedoria e uma vivência de quem lutou e de quem preservou o legado dos seus antepassados.



Em Março do ano passado, estas paróquias e as comunidades de Luzianes e de Pereiras-Gare viveram a Missão Popular. Foi um momento alto da vida para aquelas pessoas e para as suas instituições e associações (Lar, Escolas, Centro de Dia). Com a presença dos Missionários e, sobretudo, com o trabalho continuado e empenhado das Missionárias do Espírito Santo (Irmãs Emília, Ascensão e Gorete) que colaboram com o P. Júlio Lemos, algo de novo tem acontecido por aquelas terras e no coração daquelas gentes. As comunidades familiares continuam a reunir, os doentes, velhinhos e sózinhos são visitados regularmente, às famílias, por ocasião das festas natalícias, chegou, de viva voz, uma mensagem de alegria e de fraternidade. Muito se tem feito por aqueles lados!

Retiro Popular
Para celebrar o aniversário da Missão, logo no início da Quaresma, fez-se uma semana de retiro popular, animado pelo P. Agostinho. Houve momentos de oração, de reflexão, de celebração dos sacramentos (Eucaristia, Reconciliação e Unção dos Doentes). De novo, com a companhia de vários voluntários, fez-se a visita a muitos doentes, alguns deles com muita idade (100 anos ou muito próximo de os fazer!), mas também com muitas lições de vida e lindas orações e testemunhos. Dá gosto ouvi-los! Faz bem escutá-los, pois rezam as orações que aprenderam, com alma e coração. Também foi interessante o encontro das pessoas de idade e das crianças, em Santa Clara a Velha e em Luzianes. O diálogo e as perguntas-respostas animaram um pedaço da tarde.



Para além das “coisas da Missão”, em Sabóia, nasceu um Grupo a quem foi dado o nome de “Grupo Sorriso”. Também aqui, toda a população está a ser mobilizada para a reparação do telhado da Igreja e para o restauro da imagem da Padroeira, Nossa Senhora da Assunção.
Nestas terras, percebe-se que há um antes da Missão e um depois da Missão. A presença e proximidade das Irmãs têm feito muitos “milagres”. Para este povo, a Missão foi tempo forte, tempo de graça, tempo de Deus. Renovar ou revitalizar a Missão, fazer um retiro popular, anima, ajuda a ganhar novo fôlego, faz sentir a caminhada feita e abre horizontes para ir em frente, para superar barreiras. Mesmo longe de tudo, parece que o céu se aproxima e Deus se torna mais próximo. Bendito seja Deus!

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja