segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Diálogo de surdos




1. Necessidade do diálogo e da comunicação


A pessoa humana é um ser em relação. O relacionamento exprime-se de muitos modos. O principal desses modos é a comunicação dialogante, que implica atenção, escuta, resposta, interrogação, etc. Ninguém nasce ensinado e todos aprendemos, uns mais que outros, se sabemos usar bem as nossas capacidades.
Estas evidências parecem muito esquecidas na nossa sociedade, a todos os níveis, também no eclesial e religioso, e por isso é bom repeti-las e aceitar, com humildade, a nossa ignorância prática. Poderia aduzir aqui muitos exemplos, mas deixo isso à consideração de cada um, pois encontraremos em nós próprios muitas deficiências práticas. No entanto há alguns que saltam à vista e nos dizem diretamente respeito, pois os implicados até foram eleitos por nós e são pagos com os nossos impostos. Ouçamos os nossos governantes, os nossos deputados, os políticos, os gestores e administradores, etc. Afinal estamos numa espiral de emprobrecimento ou num círculo vicioso? Temos perspetivas de sair da austeridade ou estamos cada vez mais pobres e dependentes de ajuda? A igualdade constitucional que significa? Porque é que num país pobre, que não produz o valor do que consome, é possível pagar as dívidas sem consumir menos e sem maior equidade nas remunerações? Porque é que uns se julgam mal remunerados com vencimentos vinte ou mais vezes superiores à grande maioria dos portugueses, que tem de sobreviver com o salário mínimo, sem ajudas de custo, ou com a reforma mínima e se afirma que não pode haver aumentos para ninguém? Porque é que uns recebem reformas depois de 8 anos, ou menos, de desempenho de uma função e outros só depois dos 65 anos?

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