terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nova Evangelização e Missão hoje




O 7º Encontro de Formação para animadores da comunidade e outros agentes de pastoral paroquial, acontecerá na Vila de Mértola (EB1 de Mértola - Escola Primária que fica no Rossio do Carmo, na zona do Tribunal), no sábado, dia 9 de Fevereiro, das 10h30 às 16h00. “Nova Evangelização e Missão, hoje” será o tema apresentado pelo provincial dos Padres Espiritanos, P. Tony Neves. A sua experiência missionária e as conclusões do último Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da Fé estarão na base da reflexão e dinâmicas que preencherão este dia de encontro, de estudo e de linhas de força para a dinamização missionária da diocese e das suas comunidades.
É promovido pelo Centro Diocesano Missionário, pelas paróquias de Mértola e pelo Arciprestado de Almodôvar. Destina-se aos Animadores e Responsáveis da Missão Popular que aconteceu ou vai acontecer nos 6 Arciprestados da Diocese de Beja, os Animadores da Comunidade (catequistas, leitores, responsáveis de grupos e movimentos, e a todos aqueles que se sentem missionários e disponíveis para a Missão.
A 13ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada no Vaticanode 7 a 28 de Outubro último, onde estiveram presentes D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e D. António Couro, Bispo de Lamego, apresentou ao Povo de Deus, uma mensagem final, com catorze pontos, todos eles muito importantes e que, em tempo de Sínodo diocesano, ajudarão a compreender melhor este tempo forte na vida da Diocese, neste momento cheio de dificuldades e de horizontes sombrios mas também rico de desafios e de esperanças.

“A Fonte da aldeia”
Nesta mensagem, quando se fala da comunidade eclesial e muitos agentes de evangelização, poderemos descobrir que É o trabalho das comunidades eclesiais como tal, onde se tem acesso a todos os meios para encontrar Jesus: a Palavra, os sacramentos, a comunhão fraterna, serviço da caridade, da missão. Nesta perspectiva, o papel da paróquia surge acima de tudo como a presença da Igreja, onde homens e mulheres vivem “a fonte da aldeia”, como João XXIII gostava de chamá-lo, a partir do qual todos podem beber, encontrando nela o frescor da o Evangelho. Ela não pode ser abandonada, mesmo que as mudanças podem exigir que seja feita de pequenas comunidades cristãs ou para criar vínculos de colaboração dentro de contextos maiores pastorais. Exortamos nossas paróquias para se juntar às novas formas de missão exigidas pela nova evangelização para o cuidado pastoral tradicional do povo de Deus.” (nº 8)
No mesmo número, os Bispos agradecem ao inúmero grupo de agentes de pastoral, mas desafia a uma corresponsabilidade e comunhão que se descobre com a formação e disponibilidade interior para se ser enviado, e uma vez enviado, ser testemunha credível: “Ao lado dos sacerdotes, a presença de diáconos é de ser mantida, assim como a acção pastoral dos catequistas e de muitos outros ministros e animadores nos campos da proclamação, da catequese, da vida litúrgica, e do serviço de caridade. Devem ser promovidas também as diversas formas de participação e corresponsabilidade dos fiéis. Nós não podemos agradecer o suficiente aos homens e mulheres leigos, pela sua dedicação nos diversos serviços nas suas comunidades. Pedimos a todos eles, também, para colocar a sua presença e seu serviço na Igreja, na perspectiva da nova evangelização, tendo o cuidado na sua formação humana e cristã, na sua compreensão da fé e na sua sensibilidade a fenómenos culturais contemporâneos. Testemunhar o Evangelho não é privilégio de um ou de poucos. Nós reconhecemos com alegria a presença de muitos homens e mulheres que com as suas vidas se tornam um sinal do Evangelho no meio do mundo”.

OMP e Formação
As Obras Missionárias Pontifícias (OMP) promovem no dia 11 de Fevereiro, em Fátima, na casa de Nossa Senhora das Dores, mais uma reunião com todos os Directores diocesanos das Missões para uma avaliação da Jornada Missionária Nacional (Setembro), da dinamização do Dia Mundial das Missões (Outubro) e do Dia da Infância Missionária (Janeiro). Além da avaliação, haverá tempo para perspectivar acções futuras, entre as quais a possibilidade de uma Peregrinação da Missão, onde todos os institutos missionários e grupos associados, dioceses e paróquias, movimentos e voluntários possam participar.
No dia seguinte, da parte da manhã, no mesmo local e a começar às 09h00 haverá um Encontro de Formação para os directores e para leigos e religiosos/as que, nas dioceses ou nas paróquias dedicam o seu tempo e trabalho à Missão. “A Igreja local e a missão ad gentes” abre este tempo de reflexão e será apresenta D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização. O segundo tema “O papel dos directores diocesanos na animação missionária da diocese e como formar um grupo missionário na diocese e na paróquia” será trabalhado pelo P. Anastásio Gil, Director nacional das Missões, em Espanha. Será celebrada Eucaristia às 12h00 à qual se seguirá o almoço.
Este encontro vem na sequência do que é dito na Carta dos nossos Bispos “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal – Como Eu fiz, fazei vós também”: “Para se dar à animação e cooperação missionária o lugar a que têm direito, torna-se necessário fazer surgir também na Igreja portuguesa Centros Missionários Diocesanos (CMD) e Grupos Missionários Paroquiais (GMP), laboratórios missionários, células paroquiais de evangelização, que, em consonância com as OMP e os Centros de animação missionária dos Institutos Missionários, possam fazer com que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã”. (nº 20)
Neste encontro podem participar os membros dos secretariados das Missões e outras pessoas que, nas paróquias ou movimentos, se dedicam à Missão. Além do Centro Diocesano Missionário, na nossa diocese, há algumas paróquias que já estão a trabalhar na dinamização missionária, como por exemplo, S. Teotónio, Mértola, Santiago do Cacém.
Alguém que queira e possa ir até Fátima e participar neste encontro deverá comunicar para a residência paroquial de Santiago do Cacém (269 822 484). A formação, a todos os níveis é essencial e, no campo da Missão, há muito caminho a percorrer. Por isso, este encontro a nível nacional ou os encontros diocesanos são propostas concretas que devem merecer a nossa atenção e adesão para darmos à Igreja um rosto missionário.
P. Agostinho Sousa/CDMBeja

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Testemunhas da fé em tempo de crise




1. O que se espera da Igreja
É frequente baterem à porta das igrejas, sobretudo das casas paroquiais e também episcopais, não para buscar instrução ou apoio espiritual e moral nas dificuldades, mas para pedir ajuda material. Muitos usam o telefone, a internet e alguns também o correio, para expor os seus problemas económicos e financeiros, em alguns casos exagerando, para suscitar a compaixão. Quando se dispõe de algum tempo e se investiga discretamente, descobrimos, por vezes, alguns profissionais da pedincha e que vivem desafogadamente. Em tempo de verdadeira crise e de muitos casos de pobreza envergonhada, há quem se aproveite, prejudicando aqueles que verdadeiramente precisam de ser ajudados. Por isso os trabalhadores sociais, as instituições e o voluntariado devem desenvolver práticas de proximidade, para que ninguém fique esquecido nas suas verdadeiras necessidades e os escassos meios disponíveis possam ser canalizados para quem precisa.

Continuar a ler - Aqui - 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

25 de Janeiro: Nasce uma Congregação enviada a evangelizar os pobres



A 24 de Abril de 1581 na aldeia de Pouy, Dax - França, nascia Vicente de Paulo. Faleceu a 27 de Setembro de 1660, em Paris, sendo canonizado em 16 de Junho de 1737. Em 1885, o Papa Leão XIII declarou-o patrono de todas as obras de caridade.
Os santos, ainda em vida e, sobretudo depois da sua morte, são para o mundo, ao longo dos séculos, testemunhas da presença de Deus que ama e da Sua acção salvadora. Celebrá-los ou fazer memória de acontecimentos-chave nas suas vidas são preciosas oportunidades para meditar nas maravilhas de um Deus de ternura e de misericórdia por meio de alguém que a Ele se entregou sem reserva através dos compromissos irrevogáveis do sacerdócio.
Para a Congregação da Missão (Padres Vicentinos), celebrar o dia 25 de Janeiro, dia da sua fundação, remete-nos para o sermão histórico de Folleville (25 de Janeiro de 1617) que deu início à obra das Missões e tornou-se o segredo revelado para o início da própria Congregação. A coincidência com a celebração da festa da conversão de S. Paulo, apóstolo dos gentios, é estímulo (“Para mim viver é Cristo!”), desafio (“Ai de mim se eu não evangelizar!”) e compromisso (“O amor de Cristo nos impele!”).

Continuar a ler - Aqui -

domingo, 20 de janeiro de 2013

P. João Sevivas deixou a sua missão entre nós e partiu para a casa do Pai!



O Pe. João dos Reis Sevivas, nasceu em Bustelo, Chaves, a 17 de Junho de 1936. O mais velho dos dez filhos que o Senhor da Vida concedeu a Francisco Sevivas e Maria Rosa dos Reis. Completada a instrução primária (1º ciclo) ingressou, em 1947, no Seminário de São José (Felgueiras), para fazer o 2º e 3º ciclo. Em 1954 foi para o Seminário de Sta. Teresinha, Pombeiro (FLG), onde completou toda a formação filosófica e teológica, concluída em 1961. Entre 1952-1954 frequentou o Seminário Interno (Noviciado), em Limpias (Espanha) e Pombeiro, onde viria a emitir votos perpétuos a 27 de Setembro de 1957. Em Pombeiro, ainda, recebeu as ordens menores e foi ordenado sacerdote a 23 de Julho de 1961.
Ao longo destes mais de 50 anos de sacerdócio exerceu vários serviços missionários na Igreja em Portugal e na PPCM: Professor, Director e Responsável da formação inicial, bem como, Director do Seminário Interno (Noviciado); Superior e Ecónomo, bem como, em dois períodos, Conselheiro Provincial; pároco em Pombeiro, Almodôvar, S. Tomás de Aquino (Lisboa) e Salvaterra de Magos, onde esteve até ao verão de 2011. Por motivos de doença, em Setembro desse ano veio para a Comunidade do Amial (Porto), onde colaborou, quanto a saúde lhe permitiu, nos vários ministérios da comunidade.
Nos últimos meses esteve na Maia, em casa da família, onde foi tratado e estimado, por todos, com um carinho inigualável e onde veio a falecer a 18 de Janeiro 2013. O seu carácter firme (como ele gostava de dizer, com orgulho: “transmontano”), a profunda sensibilidade poética e aceitação humana para com todos, foi verdadeiramente notada e notável. Continuará, por isso, a ser um “mestre” para quantos o estimam.
(Do livrinho do ofício da missa exequial do Padre Sevivas)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2013



O que exige Deus de nós?

A «Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos», de 18 a 25 de Janeiro de 2013, decorre sob o lema «O que exige Deus de nós» (Miqueias 6, 6-8) e a proposta dos temas para as celebrações ecuménicas do oitavário foi elaborada pelos cristãos da Índia.

O Movimento de Estudantes Cristãos da Índia foi convidado a preparar o material para a Semana de Oração pela Unidade de 2013 e eles envolveram nessa tarefa a Federação das Universidades Católicas de Toda a Índia e o Conselho Nacional de Igrejas na Índia. No processo de preparação, ficou decidido que, num contexto de grande injustiça em relação aos dálitas (párias), a busca pela unidade visível não pode estar dissociada do desmantelamento do sistema de castas e do apelo às contribuições para a unidade dos mais pobres entre os pobres.

A estrada do discipulado cristão leva a trilhar o caminho da justiça, da misericórdia e da humildade. A metáfora da «caminhada» foi escolhida para ligar os oito dias de oração porque essa metáfora comunica o dinamismo que caracteriza o discipulado cristão.

Além disso, o tema da décima assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, a realizar-se em Busan, na Coreia, em 2013 é «Deus da vida, conduz-nos à justiça e à paz». Este tema faz ressoar a imagem do Deus Trinitário que acompanha a humanidade e caminha na história humana, e que ao mesmo tempo convida o seu povo a caminhar com ele e com os pobres.

18 de Janeiro - Dia 1Caminhar em diálogo. Reflectimos sobre a importância das práticas de diálogo e conversação, como meio de superar barreiras. Tanto no ecumenismo como nas lutas pela libertação de povos, as aptidões de falar e escutar são reconhecidas como essenciais. Em conversas realmente autênticas podemos vir a reconhecer Cristo mais claramente.

19 de Janeiro - Dia 2Caminhar com o corpo ferido de Cristo. Reconhecendo a solidariedade entre o Cristo crucificado e os «povos feridos» do mundo, procuramos, unidos como cristãos, aprender mais profundamente a viver essa mesma solidariedade.

20 de Janeiro - Dia 3Caminhar para a liberdade. Somos convidados a celebrar os esforços das comunidades oprimidas de todo o mundo, quando elas protestam contra o que escraviza os seres humanos. Como cristãos comprometidos, aprendemos que a remoção de tudo o que separa as pessoas umas das outras é uma parte essencial da plenitude da vida.

21 de Janeiro - Dia 4Caminhar como filhos da terra. A consciência do nosso lugar na criação de Deus leva-nos à união, na medida em que vamos percebendo a interdependência de uns com os outros e com a terra. Contemplando os urgentes apelos de cuidado com o meio ambiente e com a necessidade de adequada partilha e justiça no uso dos frutos da terra, os cristãos são chamados a dar efectivo testemunho, no espírito do ano do Jubileu.

22 de Janeiro - Dia 5Caminhar como amigos de Jesus. Vamos reflectir sobre as imagens bíblicas de amizade e amor humanos como modelos do amor de Deus por todos os seres humanos. Compreender nossa condição de amigos de Deus tem consequências nos relacionamentos dentro da comunidade cristã, onde são incoerentes todas as barreiras que geram exclusão.

23 de Janeiro - Dia 6Caminhar além das barreiras. Caminhar com Deus significa ir além das barreiras que dividem a humanidade. As leituras bíblicas deste dia contemplam várias maneiras pelas quais as barreiras humanas são superadas, culminando no ensinamento de São Paulo: «Já não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só em Jesus Cristo» (Gálatas 3, 28).

Dia 24 de Janeiro - Dia 7Caminhar em solidariedade. Caminhar humildemente com Deus significa caminhar em solidariedade com todos os que trabalham pela justiça e pela paz. Caminhar em solidariedade traz consequências não apenas para os crentes individualmente, mas para a própria natureza e missão da comunidade cristã inteira.

Dia 25 de Janeiro - Dia 8Caminhar em celebração. Os textos bíblicos neste dia falam da celebração como um sinal de esperança em Deus e na sua justiça. A celebração da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é sinal de esperança de que a nossa unidade será conseguida no tempo e pelos meios que pertencem a Deus.

O que Deus requer de nós hoje é que andemos no caminho da justiça, da compaixão e da humildade. Esse caminho de discipulado envolve trilhar o caminho estreito do Reino de Deus e não as estradas dos impérios de hoje. Andar por esse caminho de rectidão inclui as dificuldades da luta, o isolamento que acompanha protestos e o risco associado ao ato de resistir aos “poderes e dominadores”. (Efésios 6,12)

Isso acontece especialmente quando os que gritam por justiça são tratados como desordeiros e destruidores da paz. Nesse contexto precisamos compreender que a paz e a unidade são completas somente quando se alicerçam na justiça.

In Revista Além Mar

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ano da Fé e Missão



Formação e transmissão da fé



Em Moura, no Centro Paroquial, no passado sábado, dia 12, com a presença de D. António Vitalino, alguns sacerdotes e religiosas e mais de duas dezenas de animadores de várias idades e proveniências, aconteceu o 6º Encontro de Formação para Animadores da Comunidade, promovido pelo Centro Diocesano Missionário. O tema “Ano da Fé e Missão”, teve por base de reflexão a Carta apostólica “Porta da Fé” e foi tratado pelo Vigário Geral, P. António Domingos Pereira.
À hora marcada, a Irmã Beatriz, carmelita missionária, fez um tempo de oração-meditação, que levou à interiorização e ao encontro com Deus. Este “encontro com Deus” serviu de mote para toda a reflexão do dia, quer na exposição, quer no trabalho de grupos e plenário.

Continuar a ler - Aqui - 

Diálogo de surdos




1. Necessidade do diálogo e da comunicação


A pessoa humana é um ser em relação. O relacionamento exprime-se de muitos modos. O principal desses modos é a comunicação dialogante, que implica atenção, escuta, resposta, interrogação, etc. Ninguém nasce ensinado e todos aprendemos, uns mais que outros, se sabemos usar bem as nossas capacidades.
Estas evidências parecem muito esquecidas na nossa sociedade, a todos os níveis, também no eclesial e religioso, e por isso é bom repeti-las e aceitar, com humildade, a nossa ignorância prática. Poderia aduzir aqui muitos exemplos, mas deixo isso à consideração de cada um, pois encontraremos em nós próprios muitas deficiências práticas. No entanto há alguns que saltam à vista e nos dizem diretamente respeito, pois os implicados até foram eleitos por nós e são pagos com os nossos impostos. Ouçamos os nossos governantes, os nossos deputados, os políticos, os gestores e administradores, etc. Afinal estamos numa espiral de emprobrecimento ou num círculo vicioso? Temos perspetivas de sair da austeridade ou estamos cada vez mais pobres e dependentes de ajuda? A igualdade constitucional que significa? Porque é que num país pobre, que não produz o valor do que consome, é possível pagar as dívidas sem consumir menos e sem maior equidade nas remunerações? Porque é que uns se julgam mal remunerados com vencimentos vinte ou mais vezes superiores à grande maioria dos portugueses, que tem de sobreviver com o salário mínimo, sem ajudas de custo, ou com a reforma mínima e se afirma que não pode haver aumentos para ninguém? Porque é que uns recebem reformas depois de 8 anos, ou menos, de desempenho de uma função e outros só depois dos 65 anos?

Continuar a ler - Aqui

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Bom ou mau ano?




1. Votos de bom e feliz ano novo
Há dias teve início um novo ano civil, uma sequência de 365 dias distribuídos por quatro estações, muito diferentes entre si, com grande influência nas atitudes e hábitos de vida. A despedida do ano velho e a entrada no novo foi celebrada com grande euforia e festejos dispendiosos, por causa da crise económica um pouco mais comedidos que em anos anteriores, por vezes até com gestos supersticiosos, pretendendo com isso afastar alguns males. Durante vinte e quatro horas, o tempo que demora a rotação do nosso planeta, os noticiários foram divulgando essas passagens nas várias latitudes. Tudo muito parecido: música, fogo de artifício, passas, espumantes, beijos e abraços e desejo de bom e feliz ano, a que alguns acrescentavam com saúde, paz, dinheiro, amor.
 Continuar a ler - AQUI - 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Animação Missionária




“Crianças ajudam crianças”
O lema da Obra da Infância Missionária é “Crianças ajudam crianças”. Tem quase 170 anos (9 de Maio de 1843) e pretende mobilizar as crianças e adolescentes para a dimensão missionária da Igreja, através da oração e da partilha. As Obras Missionárias Pontifícias, em Portugal, assumiram um desafio de relançar nas dioceses esta forma de ir ao encontro dos mais novos para incutir neles a força da missão. Com o slogan “Com as crianças da Ásia procuramos Jesus” foi distribuído pelas catequeses diverso material, de modo particular o presépio, com uma caminhada de advento e o mealheiro para a partilha, cujo produto ajudará as crianças na Índia a terem uma escola onde possam aprender a ler e a escrever como convém; e nas Filipinas, as crianças e adolescentes de um orfanato a poderem ter refeições durante um ano. Na nossa Diocese, esta iniciativa foi lançada, no dia diocesano, pelo Centro Diocesano Missionário e pelo Departamento Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência.

Continuar a ler - AQUI - 

domingo, 6 de janeiro de 2013

EPIFANIA DO SENHOR






A ESTRELA DA ESPERANÇA



1 - Era uma vez milhões e milhões de estrelas, espalhadas pelo céu.

Havia estrelas de todas as cores: brancas, amarelas, prateadas, cor-de-rosa, vermelhas, azuis…

Um dia foram à procura de Deus, Senhor de todo o universo, e disseram-lhe: «Senhor, gostaríamos de viver na terra, no meio dos homens».

 «Seja como quereis», respondeu Deus. «Podeis descer à terra. Conservar-vos-ei pequeninas, como sois vistas pelos homens».



2 - Conta-se que, naquela noite, houve uma deslumbrante chuva de estrelas.

Acoitaram-se umas nas montanhas, enquanto outras se instalaram no meio dos brinquedos das crianças.

Certo é que a terra ficou maravilhosamente iluminada.



3. Algum tempo depois, porém, as estrelas resolveram abandonar a terra, e voltaram para o céu. A terra ficou outra vez escura e triste.

«Por que voltastes?», perguntou Deus.

Então as estrelas responderam: «Senhor, não aguentámos permanecer nomeio de tanta miséria, violência, guerra, fome, doença, morte».

Ao que Deus terá retorquido: «Tendes razão, estais melhor aqui no céu, em que tudo é sossego e perfeição, ao contrário da terra em que tudo é transitório e mortal».



4. Depois de todas as estrelas se terem apresentado e de ter conferido o seu número, Deus anotou: «Mas falta aqui uma estrela; ter-se-á perdido no caminho?»

Ao que um anjo, que estava por perto, respondeu: «Houve uma estrela que resolveu ficar na terra, porque pensa que o seu lugar é exactamente no meio da imperfeição, onde as coisas não correm bem».

«Mas que estrela é essa?», perguntou novamente Deus.

E o anjo respondeu: «por coincidência, Senhor, era a única estrela daquela cor».

«Qual é a cor dessa estrela?», insistiu Deus.

O anjo respondeu: «Essa estrela é verde, da cor da esperança».



5. Olharam então para a terra, mas a estrela verde, da esperança, já não estava só.

A terra estava outra vez iluminada, com luzes em todas as janelas, porque ardia uma estrela no coração de cada ser humano.

A esperança, diz a tradição hebraica, é o único sentimento que o ser humano possui, e Deus não, porque, conhecendo o futuro, Deus já não espera.

A esperança é própria do ser humano, que é imperfeito, que erra e que não sabe como será o dia de amanhã.



6. Peçamos ao Deus-Menino para que brilhe cada vez mais a estrela da esperança que arde em nós e na nossa casa. E a nossa terra pode ser mais céu.

Sonho um mundo assim. E parece-me que só as crianças nos podem ensinar esta lição maravilhosa.



+ António Couto

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

DA MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI PARA O XLVI DIA MUNDIAL DA PAZ




1 DE JANEIRO DE 2013

BEM-AVENTURADOS OS OBREIROS DA PAZ

Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.
(…)
As inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.

Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt. 5, 9).

Vaticano, 8 de Dezembro de 2012
BENEDICTUS PP XVI