terça-feira, 31 de maio de 2016

Coração católico


Porque será que os líderes dos países ricos da Europa têm medo de acolher os refugiados? Por razões económicas, políticas, sociais ou culturais? Penso que é sobretudo porque não têm um coração católico e acham que é perigoso embarcar em idealismos e sentimentalismos que acabarão por nos sobrecarregar com os problemas dos outros quando já não sabemos como lidar com os nossos. Será o Papa Francisco um idealista irresponsável ao fazer-se arauto incansável e defensor ativo da causa dos refugiados? Quem vive a partir do mistério da Cruz gloriosa do Senhor tem um olhar mais extenso, vê para além do imediato e não teme os inevitáveis problemas e sofrimentos porque vive habitado pela certeza de que o Bem e a Verdade, tantas vezes combatidos e espezinhados, são fecundos e acabam por dar frutos bons, mais tarde ou mais cedo.

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domingo, 22 de maio de 2016

Superior Geral da CM e das FC,
 em visita de animação vicentina

O P. Gregory, anima desde 2004, como Superior Geral, os seus irmãos e irmãs da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade, e como Director Geral, a Juventude Mariana Vicentina e a Associação da Medalha Milagrosa. Como 23º sucessor de S. Vicente de Paulo, coordena a Família Vicentina (mais de 200 instituições) que têm a sua matriz ou se inspiram na pessoa ou carisma do Santo da Caridade.

Quase a terminar o tempo do seu mandato (Jun/Jul-2016), na sua missão de visitar, animar e congregar todos aqueles que lhe foram confiados, vai percorrendo os quatro cantos do mundo. Deste modo, numa viagem ao Brasil, quis fazer uma escala técnica em Lisboa para se encontrar com todos aqueles que, em Portugal, vivem o ideal da evangelização e da caridade. Foi uma estadia relâmpago, de 19 de Maio, já noite dentro, a 21 do mesmo mês, antes do almoço. Desta forma, não sendo uma visita oficial, o programa foi simples, localizado nas Casas Provinciais dos Padres da Missão e das Filhas da Caridade.
Depois de descansar, na manhã do dia 20, celebrou as Laudes com a Comunidade da Casa Central, na Estrada da Luz. Ao pequeno almoço, recordou-se que, precisamente neste dia a Província celebra os 299º da sua presença oficial, em Portugal (20/05/1717).
Durante a manhã fez algumas visitas e acolheu os confrades que, entretanto foram rumando até esta comunidade, vindos das Missões Populares que estão a acontecer (P. Álvaro e P. Fernando) e das Comunidades de Salvaterra de Magos e de Santiago do Cacém, para o almoço festivo. Embora o convite fosse lançado a todas os confrades, as distâncias, os trabalhos pastorais e algumas situações pessoais, não permitiram que outros irmãos pudessem juntar-se à volta da mesa. O encontro, a partilha de projectos, as informações sobre iniciativas e trabalhos e, também, as situações dos confrades doentes acompanharam as iguarias que foram servidas. A hora da partida chegou. Com um abraço de “um até sempre”, cada um, rumou ao campo dos seus compromissos.

Pelas 19h00, na Igreja de S. Tomás de Aquino aconteceu um momento de Família. Estando a celebrar o Ano da Colaboração Vicentina, movidos pelo lema: “Juntos em Cristo, nós, os vicentinos, fazemos a diferença”, os vários Ramos existentes em Portugal (Padres da Missão-CM, Filhas da Caridade-FC, Associação Internacional da Caridade-AIC, Sociedade de S. Vicente de Paulo-SSVP, Juventude Mariana Vicentina-JMV, Associação da Medalha Milagrosa-AMM e Colaboradores da Missão Vicentina-CMV) congregaram-se para a Eucaristia, presidida pelo P. Gregory.
Além da Família Vicentina, participaram nesta Celebração pessoas da Comunidade Paroquial e o Coro Jovem da paróquia animou a Assembleia, com o seu canto melodioso e apropriado. As leituras foram proclamadas por elementos dos vários Ramos. O Presidente, além de manifestar a alegria por estar presente entre nós e por ver a Família reunida, com a particularidade de a Assembleia ser constituída por muita gente nova, partilhou a sua reflexão falando da compaixão e misericórdia do Senhor, incutindo palavras de esperança e de perseverança, e apelando à fidelidade aos projectos de Deus e à generosidade em favor do próximo.
No final da Eucaristia, e depois da “foto de família”, nos espaços da paróquia, preparados pela Conferência Vicentina de S. Tomás, aconteceu, de novo, partilha à volta da mesa. O pouco de cada um, tornou possível o milagre da multiplicação, chegando para todos e sobrando para mais alguns. Foi um momento importante, que ajudou ao conhecimento uns dos outros, que criou maior aproximação com o Superior Geral, ajudou a criar laços e tornou ainda mais visível o lema deste ano.

No sábado, dia 21, de manhãzinha, o P. Gregory, dirigiu-se para o Campo Grande, para a Capela de Nossa Senhora das Graças, onde celebrou com as Filhas da Caridade, daquela Comunidade, reforçada com a presença das Irmãs novas da Companhia e de outras vindas da vizinha comunidade de Santa Catarina, e ainda, de Rio de Mouro e de Peniche. Após a confraternização com as Irmãs, ao pequeno almoço, houve tempo para um Encontro em que o Superior Geral fez um balanço da sua actividade junto das Filhas da Caridade ao longo destes 12 anos e partilhou a sua experiência das viagens e contactos que fez nestes últimos tempos. Foi um encontro simples, amigo, fraterno, próximo e feliz. Quem participou, afirmou que foi um momento importante, muito coloquial, muito aberto e universal.
Mesmo sendo uma visita de escala, com poucas horas, com um programa simples, valeu a pena investir na proximidade, na colaboração, no encontro. Todos, desde o Superior Geral aos membros da Família Vicentina, nos vários encontros e celebrações, manifestaram o seu contentamento e regozijo por estes momentos, tornando presente e em destaque a mensagem do Salmo 133: “Oh! Como é bom e agradável que os irmãos vivam em união!”
às 11h30, chegou a hora do adeus. O voo TP11 estava ali perto. Depois dos agradecimentos e despedidas, algumas Irmãs acompanharam o Superior Geral ao Aeroporto “Humberto Delgado”. Aí, uma vez mais, um OBRIGADO, e um até à próxima, até breve, até mais ver… ARRIVEDERCI!
P. Agostinho SousaCM

quarta-feira, 18 de maio de 2016

A Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2016
sublinha importância da evangelização
em contextos de dificuldade

O Papa Francisco saudou a “crescente presença feminina” na ação missionária da Igreja Católica, numa mensagem divulgada no Domingo de Pentecostes, pelo Vaticano.




“Sinal eloquente do amor materno de Deus é uma considerável e crescente presença feminina no mundo missionário, ao lado da presença masculina”, refere, na mensagem para o Dia Mundial das Missões 2016, que se celebra em outubro.

O texto intitulado ‘Igreja missionária, testemunha de misericórdia’ assinala que muitas mulheres, leigas ou consagradas, estão empenhadas em vários campos da missão, desde “o anúncio direto do Evangelho ao serviço sociocaritativo”. “Ao lado da obra evangelizadora e sacramental dos missionários, aparecem as mulheres e as famílias que entendem, de forma muitas vezes mais adequada, os problemas das pessoas e sabem enfrentá-los de modo oportuno e por vezes inédito”, sublinha o Papa.

Francisco elogia, a este respeito, uma acrescida atenção “centrada mais nas pessoas do que nas estruturas” e o “cuidado dos pobres”, a “capacidade de empatia com os mais pequenos, os descartados, os oprimidos”.

A mensagem reflete sobre a importância de apresentar a mensagem cristã a quem não a conhece, “num diálogo respeitoso por cada cultura e convicção religiosa”. “Cada povo e cultura tem direito de receber a mensagem de salvação, que é dom de Deus para todos”, escreve Francisco. O Papa considera que essa intervenção dos missionários é ainda mais necessária em contextos de “injustiças, guerras, crises humanitárias”.


“Os missionários sabem, por experiência, que o Evangelho do perdão e da misericórdia pode levar alegria e reconciliação, justiça e paz”, explica. A mensagem liga o Dia Mundial das Missões de 2016 à celebração do Jubileu da Misericórdia, convidando os católicos a “levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus a toda a família humana “.

O Dia Mundial das Missões cumpre este ano o seu 90.º aniversário e o Papa Francisco recorda que as dioceses católicas são chamadas a destinar as ofertas que se recolhem nessa data às “comunidades cristãs necessitadas de ajuda”.

Cidade do Vaticano, 15 mai 2016 (Ecclesia)

sábado, 14 de maio de 2016

SOLENIDADE DO PENTECOSTES

“Espírito Santo, protagonista da evangelização”

Logo que o Espírito desceu sobre os Apóstolos, no dia de Pentecostes, "puseram-se a falar noutras línguas, segundo o Espírito lhes concedia expressarem-se" (Act 2,4). Assim, pode dizer-se que a Igreja, no próprio momento em que nasce, recebe, como dom do Espírito, a capacidade de anunciar as "maravilhas de Deus" (Act 2, 11): é o dom de evangelizar.

Este facto implica e revela uma lei fundamental da história da salvação: não se pode nem evangelizar, nem profetizar, numa palavra, não se pode falar do Senhor e em nome do Senhor, sem a graça e a força do Espírito Santo. Servindo-nos de uma analogia biológica, poderíamos dizer que, assim como a palavra humana se difunde pelo sopro humano, assim também a Palavra de Deus se transmite pelo sopro de Deus, do seu ruah ou pneuma, que é o Espírito Santo.


Este vínculo entre o Espírito de Deus e a palavra divina já se pode perceber na experiência dos antigos profetas. Em Jesus, o vínculo Espírito-Palavra atinge o auge. Com efeito, Ele é a própria palavra feita carne "por obra do Espírito Santo". Começa a pregar por "força do Espírito" (Lc 4,14). Em Nazaré na sua pregação inaugural, aplica a si próprio a passagem de Isaías: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar aos pobres a boa nova" (Lc 4,18). Como sublinha o quarto evangelho, a missão de Jesus, "aquele a quem Deus enviou" e "fala as palavras de Deus", é fruto do dom do Espírito que recebeu "sem medida" (Jo 3,34). Ao aparecer aos seus no Cenáculo, na tarde da Páscoa, Jesus realiza o gesto tão expressivo de soprar sobre eles, dizendo "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20,22)

Sob esse sopro desenvolve-se a vida da Igreja. "O Espírito Santo é na verdade o protagonista de toda a missão eclesial" (Carta Encíclica Redemptoris Missio, 21). A Igreja anuncia o Evangelho graças à sua presença e à sua força salvífica. Ao dirigir-se aos cristãos de Tessalónica, S Paulo afirma: "Foi-vos anunciado o Evangelho não só com palavras mas também com poder e com o Espírito Santo" (1Tes 1,5). S. Pedro define os apóstolos como "os que pregam o Evangelho, no Espírito Santo" (1Ped 1,2).
 
Mas o que significa "evangelizar no Espírito Santo"? Resumidamente pode dizer-se que significa evangelizar com a força, com a novidade e na unidade do Espírito Santo. Evangelizar com o Espírito Santo, quer dizer: estar revestidos da força que se manifestou, de um modo supremo, na actividade evangélica de Jesus. O Evangelho diz-nos que os que o ouviam, se espantavam, porque "ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas" (Mc 1,22).


Catequese do Papa S. João Paulo II

domingo, 8 de maio de 2016


Santa Luísa de Marillac

- 09 de Maio –

Fundadora, com São Vicente de Paulo, da Companhia das Filhas da Caridade. Nasceu em Agosto de 1591. A Sua festa celebrou-se até ao último ano a 15 de Março de 1660, dia da sua morte.

Há algum tempo atrás, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos pediu para se rever o calendário litúrgico da Congregação. Como a festa de Santa Luísa de Marillac sempre acontecia na Quaresma, sugeriu-se rever a data. Assim, acordou-se passar para o dia 9 de maio, aniversário da beatificação de Santa Luísa. Também foi pedido que a sua festa integrasse  o calendário universal da Igreja. Isto por agora não foi ainda tido em conta.

Foi canonizada a 11 de Março de 1934. Sua Santidade o Papa João XXIII proclamou-a Patrona das Obras de Justiça Social a 15 de Março de 1960.

Jovem de fé e de grandes aspirações:
Luísa foi uma jovem de grande sensibilidade, marcada por experiências profundas, e dolorosas, desde o seu nascimento. Foi educada como pensionista, primeiro num sumptuoso convento e depois numa modesta pensão de bairro. Não conheceu a mãe. Durante os seus anos de formação aproveitou ao máximo para cultivar os seus talentos artísticos e suas qualidades de uma sensível feminilidade: pintura, composição, lavores, trabalhos domésticos...

Foi uma jovem que se sentiu fortemente atraída para Deus. A sua família, de nobre linhagem, é também gente de fé e caridade. Inclinada à entrega total na vida religiosa, não pode realizar as suas aspirações por causa de sua débil saúde, mas sabe descobrir através da oração e da consulta com o seu Confessor, que Deus tem outros desígnios sobre ela.

Esposa e mãe exemplar:
Luísa chegou ao matrimónio convencida de que esse era o caminho que Deus queria para ela. Depois de um ano de casada experimenta a alegria de ter um filho, o pequeno Miguel António, que enche de alegria o lar.
Aqui no seu lar, Luísa dá largas às suas qualidades femininas: 

- Ternura e capacidade de sacrifício. Ama ternamente o seu filho, e cuida com grande delicadeza a seu marido, que não tem muita saúde.
- Paciência e bondade. Sabe descobrir o lado bom das saídas de carácter do seu marido, e manter a calma ante o seu filho inquieto por temperamento.
 - Responsabilidade e procura. Preocupa - se com a boa educação do seu filho: consulta, busca, luta.
 - Caridade. Dedica tempo para visitar e a atender os Pobres, socorrendo-os nas suas próprias casas quando o trabalho doméstico do seu lar o permite.

Mulher de fé, mulher de procura, soube novamente encontrar na oração e na direcção do seu confessor, a interpretação correcta dos sofrimentos que a afligiam.

 

Luísa ficou viúva aos trinta e quatro anos. Foi uma alma provada pela dor e iluminada pela luz do alto. No meio dos seus compromissos no lar, no âmbito social e com os Pobres, Luísa não esquece aquela forte aspiração que teve na sua juventude de se entregar totalmente a Deus.

Isto lhe trouxe no decorrer do tempo, uma época de crise espiritual e de temores. Esta crise se despoletou por ocasião de uma grave enfermidade de seu esposo, e por conflitos na vida de seu filho…
Acreditava que tudo isto lhe sucedia como um castigo de Deus por não ter sido religiosa. Foi uma época difícil para Luísa, uma tremenda noite escura.

O mesmo Espírito Santo actuou sobre ela de maneira especial, como o fez um dia sobre os apóstolos enchendo-os da sua luz e da sua fortaleza. Foi para ela uma experiência de total libertação que a levou a assumir com coragem renovada as realidades do seu quotidiano no lar e na assistência aos pobres.

Mulher cheia de dinamismo e criatividade
Sem descuidar a atenção devida ao seu filho, procura entregar-se com uma maior doação às necessidades dos pobres. O contacto com S. Vicente de Paulo, o padre dos pobres, leva-a a descobrir novos horizontes de caridade e de serviço.

 

A sua vida abre-se de todo à acção caritativa e social actuando como:
- Incansável serva dos pobres
- Visitadora experimentada das confrarias da caridade
- Fundadora com S. Vicente, da Companhia das Filhas da Caridade
- Formadora de catequistas
- Mãe de crianças abandonadas

Os Homens santos não morrem, permanecem vivos nas suas obras e naqueles que seguem o seu espírito. Assim sucede com Luísa de Marillac. O seu nome e a sua inspiração estão presentes em cada uma das acções que se realizam através da Companhia das Filhas da Caridade.


(in site das Filhas da Caridade)

terça-feira, 3 de maio de 2016

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO
PARA O 50º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
 

«Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo»
[8 de Maio de 2016]
Queridos irmãos e irmãs!
O Ano Santo da Misericórdia convida-nos a reflectir sobre a relação entre a comunicação e a misericórdia. Com efeito a Igreja unida a Cristo, encarnação viva de Deus Misericordioso, é chamada a viver a misericórdia como traço característico de todo o seu ser e agir. Aquilo que dizemos e o modo como o dizemos, cada palavra e cada gesto deveria poder expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos. O amor, por sua natureza, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando. E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade, pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus.
Como filhos de Deus, somos chamados a comunicar com todos, sem exclusão. Particularmente próprio da linguagem e das acções da Igreja é transmitir misericórdia, para tocar o coração das pessoas e sustentá-las no caminho rumo à plenitude daquela vida que Jesus Cristo, enviado pelo Pai, veio trazer a todos. Trata-se de acolher em nós mesmos e irradiar ao nosso redor o calor materno da Igreja, para que Jesus seja conhecido e amado; aquele calor que dá substância às palavras da fé e acende, na pregação e no testemunho, a «centelha» que os vivifica.

A comunicação tem o poder de criar pontes.

A comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade. Como é bom ver pessoas esforçando-se por escolher cuidadosamente palavras e gestos para superar as incompreensões, curar a memória ferida e construir paz e harmonia. As palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos. E isto acontece tanto no ambiente físico como no digital. Assim, palavras e acções hão-de ser tais que nos ajudem a sair dos círculos viciosos de condenações e vinganças que mantêm prisioneiros os indivíduos e as nações, expressando-se através de mensagens de ódio. Ao contrário, a palavra do cristão visa fazer crescer a comunhão e, mesmo quando deve com firmeza condenar o mal, procura não romper jamais o relacionamento e a comunicação.
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