terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Animação Missionária



Caminhada de Advento – Arvorzinha de Natal

Chegou o Advento, entramos na caminhada para o Natal. A liturgia desafia-nos a dar à nossa vida um sentido novo, a preparar caminhos, a partir ao encontro do Senhor, criando um em nós um lugar para Ele. Deixar-se contagiar pela esperança, viver da alegria da chegada, acolher com alma renovada, eis a proposta deste caminho a percorrer por todos para vivermos em plenitude, o Natal do Senhor.
Às crianças da catequese foi feita uma proposta: encher a Arvorzinha de Natal de atitudes e acções que geram uma vivência nova para acolher Jesus. A cada dia corresponde uma atitude, uma acção, um gesto. Fraternidade, alegria, aceitação, oração, disponibilidade, humildade, esperança, são algumas das muitas propostas para viver cada dia do Advento e que leva a viver um verdadeiro Natal de Jesus.
Tal percurso tem um ponto de chegada: a Solenidade da Epifania, dia da manifestação do Senhor a todos os povos e dia da Infância Missionária.
Além da Arvorzinha de Natal, com a caminhada a fazer, há um pequeno mealheiro em cartão, onde as crianças podem colocar algumas das suas renúncias ou ofertas para serem recolhidos na celebração da Epifania do Senhor e deste modo, todos juntos fazermos a nossa partilha para responder em concreto aos 4 projectos abraçados pela Infância Missionária, para o ano de 2014.
Em todas as paróquias se deve propor e viver esta caminhada para que, quer no Natal, quer na Festa da Epifania, as crianças descubram o caminho que leva a Jesus e como devemos estar disponíveis para o acolher, acolhendo os outros.
Este ano, a nível diocesano e por sugestão do Departamento da catequese da Infância e Adolescência, a celebração da Epifania do Senhor, com as crianças, será na Igreja do Carmo-Beja, às 10h30. As paróquias da cidade e dos arredores, deverão procurar participar nesta Eucaristia presidida pelo nosso Bispo, D. António Vitalino.


Crianças ajudam crianças
A Infância Missionária foi fundada pelo bispo Charles de Forbin-Janson e tem como slogan: “Crianças ajudam crianças”. Ela está presente em 140 países. Tantos países como rostos de uma mesma realidade.
A alma da Infância Missionária é de abrir a crianças do mundo, permitindo-lhe rezar e poderem partilhar um pouco do seu dinheiro para financiar projectos de solidariedade, de educação, de saúde, de catequese ao serviço exclusivo das crianças. Não se trata de uma obra de beneficência no sentido clássico do termo, mas um pouco à imagem dos actos dos Apóstolos (Act 4, 32-35), o viver uma verdadeira solidariedade entre crianças de todo o planeta.
A criança não é considerada somente um objecto de educação, que é preciso modelar à nossa imagem. Ela é sobretudo um membro de direito da comunidade cristã. É por isso que a Infância Missionária olha a criança com seriedade, ajuda-a a alargar o seu coração, o seu espírito, a sua oração, às verdadeiras dimensões da Igreja, que é universal.
A missão está no coração da vida cristã com a oração e a caridade. Ora a Infância Missionária permite avivar esta dimensão da vida de todo o baptizado. Ela educa à Missão, faz com que as crianças tenham a preocupação pelas dioceses do mundo inteiro.

Objectivos da Infância Missionária
Os principais objectivos desta obra são: Ajudar os educadores – pais, catequistas e professores – a desenvolver na formação cristã das crianças a dimensão missionária universal; suscitar nas crianças – e nos mais velhos – o desejo de partilhar com as outras crianças, através da oração e da ajuda económica a alegria de ser missionários de Jesus; colaborar com outras crianças da Infância Missionária para, entre todos, ajudar aqueles que mais precisam em qualquer parte do mundo.
As Obras Missionárias Pontifícias fizeram uma proposta para 5 anos, que leva as crianças a olhar para os 5 continentes. Começou em 2013, a caminhada em que a Ásia era o continente de Missão. Este ano pastoral, a África é o continente proposto. Para estas 5 propostas há um tema alusivo a cada ano e a cada continente: “Procurar Jesus”, “Encontrar Jesus”, “Seguir Jesus”, “Falar de Jesus” e “Acolher a todos como Jesus”.
Procurar Jesus é a grande tarefa da Missão. Procurar Jesus para estar com Ele, aprender d’Ele a viver o hoje para construir o amanhã. As crianças da Infância Missionária são “missionários” porque ajudam outros com a sua amizade a procurarem juntos Jesus que passou pela vida fazendo o bem.

Projectos apoiados pela Infância Missionária, em 1014
A África é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América) com 30 milhões de quilómetros quadrados. É o segundo continente mais populoso da terra (atrás da Ásia) com cerca de mil milhões de pessoas de pessoas e com 54 países independentes.
Apresenta grande diversidade étnica, cultural, social e política. Dos trinta países mais pobres do mundo (com mais problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa expectativa de vida), 21 são africanos, entre os quais os países que vão ser apoiados pela Obra da Infância Missionária:
- No Chade, com uma população de 10 milhões e 111 mil habitantes, onde há 3 milhões e 437 mil cristãos (34% da população), esta Obra vai apoiar a instalação de 50 bombas de água para 50 escolas com 20 mil crianças;
- Na Guiné- Bissau, país com 735 mil cristãos (5% da população) e uma população de 1 milhão e 470 mil habitantes, o apoio a prestar será na formação cristã de 150 crianças, fazendo a aquisição de material para a catequese (Bíblias, catecismos, etc.);
- No Sudão, onde os cristãos 892 mil (5% da população e onde vivem 44 milhões e 632 mil habitantes o projecto de ajuda está orientado para o apoio nutricional e médico a 984 crianças de 3 Infantários.
Togo, um país com uma população de 5 milhões e 578 habitantes e onde professam a fé cristã 1 milhão e 617 mil pessoas (29% da população) o apoio a dar será a construção de uma escola do 1º ciclo para 275 crianças.
Áreas da saúde (apoio nutricional), da educação (escola), da qualidade de vida (água) e da fé (catequese) são abrangidas por estes 4 projectos.
“Com as crianças de África encontramos Jesus”. Advento, tempo de partir, de caminhar, de abrir o coração. Crianças e adultos, famílias, catequeses e escolas, todos são desafiados a olhar com olhos novos e coração aberto para as pessoas de África e com eles, encontrarmos Jesus, o Salvador da humanidade.

P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

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